Sapo assassino

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Narrador

A noite cobria a cidade com um manto negro, silenciando as ruas e escondendo os segredos nas sombras. Ana, uma jovem estudante universitária do curso de Ciências Naturais, caminhava apressadamente de volta para casa após um longo dia de estudos. O campus, já vazia, era apenas um vulto escuro atrás dela. O único som que quebrava o silêncio era o ritmo acelerado de seus passos contra o concreto frio.

De repente, um vulto se desprendeu da escuridão. Um homem, vestido de preto da cabeça aos pés, com uma máscara que imitava a pele de um sapo, perseguia Ana. O terror tomou conta dela e seus instintos gritavam para que ela corresse. Ela disparou pelas ruas desertas no entorno do campus, o coração batendo frenético no peito, enquanto o perseguidor se aproximava cada vez mais.

Em uma viela escura, sem saída, Ana foi finalmente alcançada. O homem a agarrou pela cintura com força bruta, e antes que ela pudesse gritar, ele cobriu seu nariz com um pano úmido de clorofórmio, ela se debateu com força. Um cheiro invadiu suas narinas, e a última coisa que ela se lembrou foi do mundo se escurecendo ao seu redor.

Quando Ana acordou, estava em um lugar úmido e empoeirado com vidros com formol com sapos e répteis. Uma luz fraca entrava pelas rachaduras de um velho casarão abandonado. Ela estava nua, deitada no chão frio, e seus pulsos estavam amarrados. O homem mascarado estava agachado ao seu lado, segurando um pequeno sapo verde em suas mãos. Ele levanta a máscara revelando o seu rosto.

- Você... ela está supresa com rosto atrás da máscara.

Com um sorriso sinistro, ele se aproximou de Ana. O sapo guinchou em sua mão, e ele cuidadosamente com a seringa com veneno da glândula parótida do animal. Em seguida, com um gesto cruel, ele aplicou o veneno no pescoço dela. Ele brinca com animal na sua frente.

- Ele é tão lindinho, seu veneno também é maravilhoso depois que começa agir. Hahahaha

Ana se contorceu de dor, enquanto o veneno percorria seu corpo. Alucinações vívidas tomaram conta de sua mente, distorcendo a realidade e transformando o mundo em um pesadelo. Ela viu monstros e criaturas grotescas, ouviu vozes que a chamavam do abismo. A tortura durou horas, até que finalmente, exausta e delirante, antes de perder a consciência, o assassino a estrupa. Ele sabia o momento exato da reação do veneno no organismo da vítima. Depois de algum tempo de sofrimento seu coração para de bater. Ele sente prazer em vivenciar a vida sumindo dos olhos dela.

Na manhã seguinte, um homem que corria pela orla do Lago Paranoá se deparou com um corpo nu e pálido jazendo na grama com uma flor de Dália entre os seios. Era Ana, morta. A polícia foi chamada e o caso rapidamente se tornou viral na cidade. A investigação estava apenas começando.

O mistério da morte de Ana e a crueldade do crime chamou atenção de todos, será que o assassino iria atacar novamente.

Jujuba e suas aventuras Onde histórias criam vida. Descubra agora