Operação Valete

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Rodolfo Dias

O peso da omissão me consumia enquanto observava Juliana acenando para mim na frente do apartamento de Henrique. Havia decidido protegê-la do perigo, mas a culpa por esconder a verdade sobre a operação Valete me corroía por dentro.

Com o apoio do meu pai,agente federal experiente, e do meu sogro, delegado federal renomado, planejamos a operação com o Delegado Felipe Nunes para capturar Vilmar Santoro e seu filho Dom Carmesim, os responsáveis pelos assassinatos do Lago Paranoá e pelo ataque à Juliana.

A operação, denominada Valete, seria complexa e exigia discrição absoluta. Sabíamos que Vilmar era deputado federal, um poderoso e perigoso, e que qualquer descuido poderia colocar em risco a vida de todos os envolvidos.

Depois de deixar vou direto para local onde está sendo organizado a operação, a tensão era palpável. Agentes federais se reuniram na casa de Juliana, disfarçados com toucas ninjas e em viaturas descaracterizadas aguardavam para a ação. O restante da família de Juliana tinha ido à igreja.

Fernando, com sua usual calma, questionou se Juliana havia desconfiado de algo. Confirmei que não, que ela estava tranquila no apartamento de seu irmão Henrique.

Com tudo pronto, saímos do condomínio em direção ao clube Valete. As viaturas estão em alta velocidade, o vento no rosto era confirmação de que estávamos no caminho certo para justiça.

Felipe Nunes, delegado experiente, assumiu o comando da operação. Sob sua liderança, os agentes invadiram a mansão dos Santoro. Do lado de fora, como bombeiro, acompanhava a ação de forma observativa, meu coração batendo forte a cada movimento.

Gritos e tiros ecoaram pela mansão durante a operação. Horas depois, os agentes emergiram com Íris e Laura Santoro, e Dom Carmesim, presos. No interior do clube Valete, foram encontradas drogas e documentos que comprovaram sonegação de impostos.

A equipe do delegado Nunes assumiu o controle da cena, enquanto eu, meu pai e meu sogro retornamos para a casa dos Fontes. A sensação de dever cumprido era evidente, meu sogro estava com sensação de cumprido a promessa que fez a Olívia, que prenderia o homem que machucou Juliana. Durante esse tempo de recuperação da sua filha, Fernando começou uma investigação paralela onde conseguiram descobrir o envolvimento de Dom Carmesim nos assassinatos da lago Paranoá, o erro dele foi deixar DNA nas unhas das vítimas, onde PF comparou no sistema o material genético, dando positivo com um caso de estrupo coletivo que Dom tinha sido condenado ainda de menor, ele ficou preso em uma Instituição socioeducativo, quando cumpriu a pena, acreditou que sua ficha está limpa, mas seus dados genéticos ficaram em banco de dados de criminosos sexuais.

Dom era mordomo do clube, sabia que Delegado cívil responsável pelo caso era cliente assíduo do clube, então ameaçou para acobertar e esconder essas provas, mas minha sogra com ajuda do Sombrio descobriu do esquema de corrupção, sendo assim, meu sogro conseguiu organizar tudo com Felipe, que sempre desejou prender Vilmar Santoro, mas não tinha provas suficiente, agora tudo estava resolvido.

Ao chegarmos, encontramos a família reunida para o almoço dominical. Minha mãe e irmã ajudavam minha sogra Olivia a preparar a refeição para celebrar meu namoro com Jujuba. Logo, Laura e Henrique, irmãos mais velhos, chegaram com seus cônjuges.

A angústia dominou meu coração, quando não vejo minha namorada, então questionei sobre o paradeiro dela. Henrique, com a mesma expressão de desconhecimento, disse que ela iria fazer a mesma pergunta.

Informei que a havia deixado mais cedo na frente do seu prédio, pois iriam conversar sobre Luana Santoro. Henrique confirmou que ela não havia aparecido. Desesperado, tentei ligar para seu celular, mas estava desligado. Todos estão apreensivos, pois Juliana nunca mentiu sobre nada.

Fernando, com seu faro investigativo, dirigiu-se ao escritório e constatou o pior: a arma que ele guardava no cofre havia desaparecido, assim como seu colete à prova de balas. A certeza de que Juliana havia descoberto algo além do clube Valete me atingiu como um soco no estômago.

A operação Valete havia sido bem-sucedida, mas um novo mistério, ainda mais perigoso, se apresentava diante de nós. O que Juliana havia descoberto? E onde ela estaria? As perguntas martelavam minha mente enquanto a escuridão da noite caía sobre a cidade. Imediatamente meu pai e meu sogro, ligam para Tio Pedro que estava de plantão, para rastrear o telefone dela. Em poucos minutos, ele envia por mensagem a localização do celular, que estava desligado em cima da cama dela. Toda a família estava desesperada com o desaparecimento de Juliana.

- Onde você está, Jujuba. Não posso perder você.

Jujuba e suas aventuras Onde histórias criam vida. Descubra agora