- Saiam daqui antes que eu chame os seguranças, ou pior os jogue da janela - Arrancou o porta retrato com uma foto dos filhos, da mão da mulher.
- Nós só queremos cinco minutos Uckermann, somente cinco minutos. - Ele pediu.
- Pois não lhes tenho, nem cinco segundos. Vão embora, sumam. - Christopher murmurou frio.
- Que belo homem você se tornou.
- Da última vez que nos vimos Blanca, eu era somente um idiota apaixonado por sua filha. Agora eu sou um pai que ama os filhos e não quer vê-los sofrer. Por isso, vão embora daqui.
- Nós queremos nos aproximar, estar com eles.
- Pra você Fernando, eles eram abominações, pequenos monstros que eu pus na sua filha. Para acabar com a vida dela. E por fim, vocês e ela, fugiram, simplesmente os abandonaram.
- Foi um erro. Faz sete anos que tentamos convecê-la a te procurar. A se aproximar deles. Mas você sabe como é a Dulce - Blanca suspirou, encarando agora o grande quadro na parede.
Era a mesma foto do porta retrato, ampliada. Os netos sorriam de forma inocente. Seus olhos, todos eles iguais aos de sua filha, brilhavam demonstrando felicidade. Ela queria ver aqueles sorrisos e aqueles olhos de perto.
- Eu estive com uma delas no Brasil - Limpou a lágrima solitária que escapou de seus olhos. - São lindos - Voltou-se para a mirada incrédula de Christopher - Eu sei que deve ter sido muito difícil para você, tão jovem com tamanha responsabilidade. E não existe justificativa para o fizemos. Mas eu via a Dulce chorar, sofrer, odiar-se. Eu não devia tê-la incentivado. Mas para uma mãe, ver a filha passar por tudo aquilo, era frustrante.
- Você não resolveu o problema, você adiou. Prova disso é que estão aqui.
- Veja bem meu rapaz. Você pode, deve e tem todo o direito de proteger seus filhos. Mas nós somos avós e também temos esse direito. - Fernando interviu.
- Veja bem Fernando. Eu fui abandonado pela vadia que eu amava - Não sentiu-se arrependido pelo palavriado, quando viu o espanto do casal a sua frente - Ela não só me deixou, como deixou três seres inocentes que precisavam dela, que dependiam dela. Ela não tinha o direito de deixá-los. E a partir do momento que vocês fizeram isso, todos os direitos que tinham sobre eles se tornaram um monte de merda. Eles não querem vocês por perto. E nunca vão querer.
- Nos dê uma chance, por favor. - Blanca pediu.
- Uma chance pra quê? Para vocês deixá-los logo depois? Para magoá-los? Para botá-los frente a frente com ela e ela desprezá-los? - Riu sem vontade - Não sei se você sabe Blanca, mas você deve saber muito bem Fernando. Para um pai, é muito frustrante vê um filho sofrer. - Repetiu a frase da mulher - Imaginem ver três filhos sofrer. Sem chance, se retirem.
- Nós não vamos desistir. - Fernando persistiu. Já que Blanca estava abalada demais parante tudo aquilo. Ele puxou do bolso um cartão - Nos ligue se mudar de ideia, até lá, estaremos por perto.
Christopher olhou o cartão com ódio, com vontade de fazê-los engolir. Mas tudo que fez foi caminhar até a porta.
- Passar bem, Senhor e Senhora Saviñón - Pronunciou irônico.
- Até breve Christopher - Ambos saíram.
Christopher bateu a porta atrás deles e puxou uma grande quantidade de ar para sí, liberando logo em seguida. Caminhou até a mesa e largou-se na cadeira atrás dela.
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Frutos Por Trás Da Fama
FanfictionO que se pode dizer de uma mãe que abandona os filhos? Fria, cruel, egocêntrica? Sim, esses são todos os adjetivos que você pode dar a Dulce María. Ao descobrir a gravidez aos dezesseis anos, Dulce vê-se desnorteada e somente o aborto lhe parecia...