76- Desejo

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Quando seu corpo atingiu o colchão, Dulce sabia que estava condenada ao nível mais baixo e nojento do inferno. Mas de outra forma não conseguiria, não iria resistir a isso por mais dois meses. Não quando todo seu corpo gritava a necessidade de tê-lo. Depois de dois anos tudo que ela queria era senti-lo mais uma vez.

Talvez esse desejo avassalador servisse para acalmar seu subconsciente que gritava a todos pulmões como era errado o que estava fazendo agora. Ter Dominic ou Christopher tanto faz ou fez pra ela naquele momento, tudo que lhe importava era os movimentos intercalados entre rápido e de vagar que ele fazia com a língua na sua excitação.

Deus, ela achava que iria morrer de tanto tesão. Haviam acabado de sair do sofá daquele apartamento e ela se sentia apta a quantos orgasmos mais ele tivesse para lhe proporcionar.

— Oh, Deus. — Seu corpo arqueou e foi impossível não revirar os olhos para aquela onda de excitação. Aquele cara sabia o que estava fazendo.

Há tempos não sentia tanto prazer como ali, nos braços dele, mesmo que ele não fizesse a menor ideia de que aquilo já havia acontecido outra vezes, naquele mesmo quarto.

Ela esteve com um ou dois caras durante esse período, mas nunca encontrou neles a paixão que seu Christopher tinha na cama. E mesmo completamente desmemoriado, ele conseguia transmitir tudo, como se nunca tivesse saído dali.

— Nick, se você não parar agora eu vou gozar. — Anunciou prendendo-o entre suas pernas.

Ela não queria parar, não depois de quatro meses tendo que lidar com a tensão sexual pairando sobre eles. Com Christopher/Dominic acreditando numa falsa fidelidade que devia a sua falsa esposa, a quem ela ainda não havia tido a oportunidade de conhecer e matar.

Ele desprendeu-se de seu aperto, fazendo uma trilha de beijos desde sua virilha até o seu pescoço.

— Seu gosto é maravilhoso. — A voz grossa e rouca fez com que uma onda de arrepios fosse enviada através de seu corpo.

— Eu preciso. Por favor. — Implorou esfregando-se no corpo dele. Buscando algum atrito que pudesse aplacar a sua necessidade dele.

— Hum. — Essa provocação veio por parte dele. Antes de prender seus pulsos acima da cabeça a impossibilitando de tocá-lo. — Vou te dar exatamente o que precisa, garota bonita.

Seu corpo estremeceu quando ele lhe invadiu de forma abrupta e sem nenhuma delicadeza. Ela não se importou, não estava esperando por delicadeza de qualquer forma. Queria aquilo, seus corpos se unindo de forma rápida e intensa. Paixão fluindo de ambos junto com o suor e misturando-se aos gemidos.

Isso. Ahhh. Não para — Ela gemeu contorcendo-se em baixo dele. O aperto firme em seu pulso não diminuindo e ela se sentia completamente entrega e exposta aquele homem.

O homem que ela amava e que ainda não se deu conta de que sempre a amou e que agora acreditava está casado com outra mulher e que estava traindo a tal mulher com ela.

Toda essa história maluca fazia com que ela desejasse mais do que estava acontecendo ali e agora, mais dos grunhindos brutais que ele soltava a cada nova estocada. Dulce não fechou os olhos, nem desviou dos dele a medida que ele lhe fodia. Tinha medo de fechá-los e entregar-se de vez para que mais uma vez estivesse na escuridão de seu quarto, cercada por um vazio doloroso e com uma excitação pulsando entre suas pernas.

Não, queria aproveitar o máximo daquilo. O máximo do prazer que corria por suas veias e era exposto por seus lábios enquand o chamava por seu nome falso e sua mente gritava o real.

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