— Papai! — Luna saiu do carro — Ela está bem? — Perguntou preocupada
— É o que vamos ver — Encarou Dulce.
— Eu estou bem, só que... Aí! — Gemeu de dor quando seu cotovelo ferido entrou em contato com a roupa que usava.
—Machucou? — Ajoelhou-se a frente dela.
Ambos se encararam, os olhos brilhando, os corações disparados, o amor correndo nas veias.
— Ô Luna, vamos ali tomar um sorvete? — Ian Cutucou a menina.
— Mas e o...
— Vem logo menina — Arrastou a menina para a sorveteria do outro lado da rua.
— Acho que tenho um kit de primeiros socorros no carro — Ele Sussurrou.
— Claro que você tem — Debochou.
— Consegue levantar-se? — Ignorou a irônia dela.
— Não com os cotovelos sangrando desse jeito. — Rolou os olhos
Ele ajudou a levantar-se, temendo o toque em sua pele. Ela arrepiou-se e ele sentiu.
A porta do carro foi aberta e ela sentou-se, enquanto ele pegava o tal kit.
— Parece que o destino não quer que nós afastemos — Ela murmurou.
— Ou o destino quer vingar minhas dores passadas de forma mais agressiva — Ele respondeu automaticamente. Abrindo a pequena caixa.
— Ou querendo nos juntar — Sussurrou.
Ele ouviu, mas preferiu ignorar. Com cuidado pegou no braço dela. Estava tremendo, mas nem no inferno iria demonstrar. Ela gemeu de dor e ele Preocupou-se ainda mais. Sua pele tão linda e tão sensível estava machucada. Deus, como sentiu-se culpado.
Olhou para o corte e estava um pouco fundo, sangrava muito e a roupa dela já estava completamente banhada no líquido vermelho.
— Isso está um pouco fundo. Não quer ir ao hospital? — Ele perguntou sem encará-la.
— Será que dá para olhar para mim quando fala comigo? — Ela Suspirou.
— Eu não posso — Retirou álcool e algodão da maleta — Isso vai arder um pouco — Ele aplicou a solução no ferimento do cotovelo direito e ela encolheu-se. — Você continua bancando a forte. Certas coisas nunca mudam — Não pôde evitar a lembrança de quando jovens.
— Bem, parece que você está aqui de novo para cuidar dos meus machucados.
— Uma pena que não posso cuidar das minhas feridas deixadas por você. — Enfaixou o cotovelo direito quando limpou todo o sangue. E ocupou-se do esquerdo.
— Não foi por querer Christopher — Ela Mordeu o lábio com força quando o álcool tocou a outra ferida.
— Sem querer? Abandonou a mim e aos nossos filhos sem querer!? — Ele aplicou álcool com raiva.
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Frutos Por Trás Da Fama
FanfictionO que se pode dizer de uma mãe que abandona os filhos? Fria, cruel, egocêntrica? Sim, esses são todos os adjetivos que você pode dar a Dulce María. Ao descobrir a gravidez aos dezesseis anos, Dulce vê-se desnorteada e somente o aborto lhe parecia...