26-Ainda amo você

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— Papai! — Luna saiu do carro — Ela está bem? — Perguntou preocupada

— É o que vamos ver — Encarou Dulce.

— Eu estou bem, só que... Aí! — Gemeu de dor quando seu cotovelo ferido entrou em contato com a roupa que usava.

—Machucou? — Ajoelhou-se a frente dela.

Ambos se encararam, os olhos brilhando, os corações disparados, o amor correndo nas veias.

— Ô Luna, vamos ali tomar um sorvete? — Ian Cutucou a menina.

— Mas e o...

— Vem logo menina — Arrastou a menina para a sorveteria do outro lado da rua.

— Acho que tenho um kit de primeiros socorros no carro — Ele Sussurrou.

— Claro que você tem — Debochou.

— Consegue levantar-se? — Ignorou a irônia dela.

— Não com os cotovelos sangrando desse jeito. — Rolou os olhos

Ele ajudou a levantar-se, temendo o toque em sua pele. Ela arrepiou-se e ele sentiu.

A porta do carro foi aberta e ela sentou-se, enquanto ele pegava o tal kit.

— Parece que o destino não quer que nós afastemos — Ela murmurou.

— Ou o destino quer vingar minhas dores passadas de forma mais agressiva — Ele respondeu automaticamente. Abrindo a pequena caixa.

— Ou querendo nos juntar — Sussurrou.

Ele ouviu, mas preferiu ignorar.  Com cuidado pegou no braço dela. Estava tremendo, mas nem no inferno iria demonstrar. Ela gemeu de dor e ele Preocupou-se ainda mais. Sua pele tão linda e tão sensível estava machucada. Deus, como sentiu-se culpado.

Olhou para o corte e estava um pouco fundo, sangrava muito e a roupa dela já estava completamente banhada no líquido vermelho.

— Isso está um pouco fundo. Não quer ir ao hospital? — Ele perguntou sem encará-la.

— Será que dá para olhar para mim quando fala comigo? — Ela Suspirou.

— Eu não posso — Retirou álcool e algodão da maleta — Isso vai arder um pouco — Ele aplicou a solução no ferimento do cotovelo direito e ela encolheu-se. — Você continua bancando a forte. Certas coisas nunca mudam — Não pôde evitar a lembrança de quando jovens.

— Bem, parece que você está aqui de novo para cuidar dos meus machucados.

— Uma pena que não posso cuidar das minhas feridas deixadas por você. — Enfaixou o cotovelo direito quando limpou todo o sangue. E ocupou-se do esquerdo.

— Não foi por querer Christopher — Ela Mordeu o lábio com força quando o álcool tocou a outra ferida.

— Sem querer? Abandonou a mim e aos nossos filhos sem querer!? — Ele aplicou álcool com raiva.

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