Frutos Por Trás Da Fama

32- Você é sujo Uckermann

— Eu sabia, sempre soube que não seria uma boa ideia contratá-la. — Christopher urrou servindo-se de conhaque.

— Cara, você transou com ela. Isso não foi bom? — Ian o encarou.

— Foi maravilhoso. Mas eu sou casado, porra. Eu traí a Annie, quando jurei a ela que nunca me aproximaria daquela mulher.

— Sortudo filho da Puta. Dorme com Anahí Portilla e transa com Dulce María. Me diz aí como chego a essa ponto? Porque sinceramente, tô precisando.

— Ora, cale a boca! — Entornou o resto do líquido garganta abaixo. — Eu não sei o que fazer.

— Você poderia se matar, por exemplo. — Soou a voz feminina.

— Desculpe-me Christopher, ela foi entrando, assim e...— Lana tentou explicar-se.

— Tudo bem Lana. — Ele murmurou, encarando a figura de Belinda. — A que veio?

— Vim pra te dar isso. — Batem com o cheque sobre a mesa. — Pela quebra de contrato da Dulce, em ter ido embora sem terminar as fotos. E mais isso. — Antes que alguém pudesse impedir ela disparou um tapa na face do Uckermann. — Por ter tratado-a como uma prostituta.

— Que porra é essa!? — Christopher exclamou segurando a face.

— Como você teve coragem de falar daquela forma com ela? Seu desclassificado. Mau caráter, você a destruiu.

— Ian, nos deixe. — Pediu.

— Agora que a treta tá gerando? Mas nunca.

— Ian! — Christopher o fulminou com os olhos.

— Tô saindo, tô saindo. — Levantou as mãos em redenção e saiu em seguida.

— Então você está aqui por sua amiga. — Caminhou pela sala em sua maior e melhor pose de CEO.

— Vim para olhar nessa sua cara desinibida, e ver se encontro o cafajeste que a deixou no estado deplorável em que a encontrei.

— Belinda, acredite em mim, você não vai querer se envolver nessa história. Até porque, não lhe diz respeito. — Disse seco.

— Quando isso interfere no trabalho dela, o assunto passa a ser todo e completamente de meu interesse. E mesmo que não interferisse, Dulce é a minha melhor amiga e eu jamais permitiria que o que você fez passasse em branco. Você é sujo Uckermann.

— E quando foi que ela virou a vítima aqui? — Sorriu irônico. — Temo, que não estejamos falando da mesma Dulce.

— Eu entendo que o que ela fez no passado, foi difícil, mas...

— Difícil? Você acha que difícil descreve o que aquela desgraçada fez com a minha vida? — Ele a encarou incrédulo. — Experimente cuidar de três bebês tendo que conciliar com trabalho, sabendo que eles precisão de atenção dobrada. Tente criar três crianças, com energia de sobra, quando tudo que você quer é se afundar em álcool. Tente lidar com três adolescentes traumatizados pelo abandono. Tente ser abandonada pela pessoa que você mais amou na porra da sua vida. E depois me diga se tudo isso se resume a "difícil". — Contou amargurado.

Belinda ponderou sobre aquilo.

— Ainda assim não justifica usar palavras tão duras para com uma mulher.

— Te garanto que o que ela está sentindo. Não é nem metade do que eu senti durante todos esses anos.

— Então por que deitou-se com ela?

— Porque eu sou fraco, porra! Porque eu não resistir ao vê-la tão exposta a mim.

— Cafajeste, hipócrita, nojento.

— Belinda, pegue o seu cheque, e se retire por favor. Já temos material suficiente, não houve quebra de contrato. Eu não quero um centavo vindo dela, eu não quero nada que venha dela.

— Até porque transar com ela você já conseguiu. — Ironizou — Vocês homens são todos iguais, só mudam de endereço.

***

— Já está de saída, senhora? — Lana encarou, a moça a sua frente.

— Lana, me faz um favor? Não diga ao Christopher que estive aqui. — Murmurou.

— Mas, ele não a recebeu?

— Ele estava um pouco ocupado com a empresária de Dulce Maria. — Respondeu fria. — Não quis incomodar, tampouco quero que pense que eu tinha algo grave para lhe relatar. Quando ele estiver em casa conversaremos.

— Se é assim, sua visita será mantida em segredo.

— Obrigada —  Sorriu como pôde e Caminhou para o elevador.

Ele transou com ela, ele deitou-se com aquela maldita, quando lhe havia jurado que nem iria aproximar-se. Mas isso não iria ficar assim, ela não ia deixar.