87- Eu Venci

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— Dulce vai me matar. Dulce vai me matar. Dulce vai me matar! — Belinda repetia enquanto parava o carro no sinal.

— Você já disse isso. — Murmurou Christopher ao seu lado.

— É porque ela vai me matar MESMO. — Salientou.

— Ela não vai te matar, se ela não souber. Além do mais, você não vai fazer nada, só me levar até o local que aquele crápula está detido.

— É exatamente por isso que ela vai me matar. — Afirmou. Por que você não contou a ela que sua memória voltou, que você está bem e cheio de ódio daquele vagabundo? Tenho certeza que ela adoraria fazer essa visita com você. — Suspirou. Saí daí arrombado! — Gritou para o carro da frente que permanecia parado embora o sinal estivesse verde.

— Não quero, nunca mais, que a minha mulher se aproxime daquele imbecil. — Indagou com ódio na voz. — E pelo amor de Deus, tenha bom senso ao dirigir.

— Acho lindo todo esse papo de proteção e tudo mais. Mas, quem vai me proteger!? Porque quando ela souber, ela vai me matar! — Repetiu E meu carro, minhas regras. — Mostrou a língua pra ele.

— Eu só quero fazer as coisas do meu jeito, ok? E eu sei como dobrar a Dulce. Ela vai entender.

— Eu acho que você ainda tá sofrendo com falta de memória. Ninguém dobra a Dulce. — Afirmou com veemência.

— Eu acho que você se esqueceu de com quem está falando. — Fez uma pausa dramática. Prazer, Christopher Uckermann, o amor da vida dela.

— Ela ainda vai me matar.

Christopher revirou os olhos.

— Fica tranquila. Eu vou no seu velório. — Piscou. Em agradecimento pela carona. — Saltou do carro quando ela estacionou próximo ao prédio no qual Ian estava detido aguardando julgamento.

— Ridículo. — Revirou os olhos. Se cuida.

— Quem tem que se cuidar é aquele canalha.

— Você sabe que não é só chegar lá que eles vão te dar acesso direto ao Ian, né? Talvez, você nem consiga. — Olhou para ele, na esperança de que ele desistisse.

— E novamente você esquece de com quem está falando. Eu tenho meus contatos. — Sorriu convencido. Agora vai, os abutres já estão se reunindo. — Apontou para um paparazzi tentando inutilmente se disfarçar.

— Ok, até mais. E se a Dulce perguntar, você nunca me viu.

— Belinda? Quem é Belinda? Cabelos loiros ou desbotados? Eis a questão. — Brincou.

— Idiota. — Arrancou com o carro antes que ele pudesse se afastar.

— VOCÊ PODIA TER ME MACHUCADO! — Gritou.

— SERIA MUITA SORTE. — Gritou de volta enquanto sumia do estacionamento.

***

Christopher respirou fundo encarando as grandes portas de ferro. Atrás delas estava o homem que em algum momento ele considerou um de seus melhores amigos, quase irmão. O homem que ele confiava cegamente e que ardilosamente planejou sua morte.

Ele acenou positivamente para o guarda que abriu as portas e ele entrou, ouvindo a grande placa de metal fechar as suas costas.

— Sempre bom te ver, amigo. — A voz de Ian saiu arrastada de um canto da sala.

Frutos Por Trás Da FamaOnde histórias criam vida. Descubra agora