Frutos Por Trás Da Fama

29- Boa Noite Mãe

— Você só pode estar tirando sarro da nossa cara — Luna suspirou olhando pro teto, como se estivesse questionando Deus. Diante da cena de seus pais.

— Será que a Narrí tá sentindo? — Henrique perguntou.

— O quê? — Jade encarou o irmão.

— O chifre nascendo — Henry deu de ombros.

— Você está bem? — Christopher perguntou.

— Não com você me olhando desse jeito — Ela engoliu em seco e ele percebeu que ainda a segurava.

Logo a ajudou a se recompor e tratou de afastar-se.

— Dul, o que faz aqui? — Blanca perguntou nervosa.

— Eu moro aqui — Disse óbvia. — O que eles fazem aqui? — Apontou para os filhos.

— Er, eu, bem...

— Eles irão, passar o fim de semana conosco. — Fernando entrou em casa, segurando algumas sacolas.

— Ahãn, tá. E eu perdi os prêmios Nickelodeon — Ela murmurou em sarcasmo, largando a bolsa sobre o aparato.

— Finalmente perceberam que você não canta? — Alfinetou, Luna.

— Vem cá — Encarou a Christopher — Essa menina é sempre assim? — Mirou a filha incrédula — Que coisinha, mais atrevida.

— Olha aqui ôh despacho, coisinha é a-

— Luna! — Christopher a interrompeu — Não Dulce, ela não é sempre assim. Na verdade, sim, ela é. Mas isso não lhe diz respeito.

Ela o encarou boquiaberta.

— Eu realmente estou atrasado — Atravessou a porta.

— Pai! — Jade o chamou — Vai deixar-nos aqui? Com... Ela? — Encarou Dulce com desdém.

—Ela pós vocês no mundo. Diante do trabalho que teve — Relembrou as horas difíceis de parto e a cesariana de emergência — Não, ela não mataria vocês — Jogando um beijo pros filhos, ele se foi.

— Isso não é uma boa lembrança — Dulce fez careta.

— Nada que envolva você é uma boa lembrança. — Cuspiu Luna.

— Menina eu vou tatuar minha mão na sua...

— Ei, Ei, Ei Dulce! Ficou louca? Aqui na minha casa você não vai agredir a ninguém! — Fernando a repreendeu — Você não tem que desfazer as malas? Anda, suba. — A encarou irritado.

Rolando os olhos a mulher desapareceu corredor à dentro.

— Algo mais a questionar? — Questionou Blanca

— O que tem pro almoço? — Perguntou Belinda, arrancando boas risadas dos presentes.

***

Jade revirava-se na cama. As pontadas voltaram, doíam como um inferno. Dormir ela não conseguiria.

Dando-se por vencida, levantou-se e com o auxílio da lanterna de seu celular, buscou por seus comprimidos na mochila.

Saiu do quarto na ponta dos pés, com receio de acordar Luna. Mirou as direções do corredor e tentou lembrar-se em qual direção ficava as escadas que davam ao térreo.