— Você parece um cachorro de rua olhando as guloseimas de uma padaria. — Anahí disse quando parou ao lado de Christopher, o assustando.
Mais a frente, estava Dulce, acomodada em uma das cadeiras confortáveis da sala do hospital que ela havia pago para ser reservada a quem estivesse ali por Jade. Ela mexia no celular e seus dedos corriam rapidamente pela tela.
Anahí observou Christopher, ele só estava ali, parado, observando tudo dela, desde a face cansada, aos cabelos presos de mal jeito. Os olhos dele brilhavam tanto, que Annie estaria mentindo se não dissesse que aquilo não lhe doeu. A ideia de ser próxima a ele era boa, mas a ideia de ser mais que isso, era muito melhor. Porém, o que ela poderia fazer sobre isso? Ele não a amava, e ela sabia disso quando casou, achou que conseguiria, cogitou fazer com que ele se apaixonasse por ela. Mas nunca houve sequer uma chance, e ela estava contente com a forma que ele se esforçava para ser o marido ideal, até ela aparacer.
Dulce mesmo sem querer reivindicou a Christopher de toda e qualquer forma. Ele até foi adúltero ao casamento, pois bem Christopher Uckermann cometeu adulterio. Que tipo de sentimento era aquele? Que força era aquela? Por um momento, Anahí desejou que ele a olhasse daquela maneira, a desejasse daquela maneiras.
Nesta amanhã, antes de sair de casa, observou os papéis do divórcio mais uma vez, pensou em assina-los antes da cirurgia. Mas seu interior gritava em fúria, confirmando que ela não estava pronta.
— Ela não falou comigo. — Ele contou. — Parece que damos um passo para frente e dois para trás. — Suspirou.
Ela é uma louca, Annie pensou em responder. Mas ofender Dulce não ajudaria me nada naquela situação. E ela não queria incentiva-lo a ir até a mesma, mas também não podia demonstrar desinteresse, amigos ajudavam amigos, não é verdade?
— Acho que ela está confusa, e com medo. — Opinou, também encarando a morena que agora encarava qualquer canto da sala.
— Você não conhece a Dulce. Ela não se cala, ela simplesmente explode.
— E você conhece? — O questionou, levando os olhos a ele. — Eu não estou certa de que o faria. Veja bem, vocês estiveram juntos na adolescência, as pessoas mudam.
— Você não a conhece.
— Não, mas sou mulher e sei exatamente o que ela está sentindo agora. — Disse categoricamente com a voz carregada de certeza.
— E de repente você virou minha conselheira amorosa? Você tem certeza que está bem com isso tudo?
— Eu nem sei porque estou fazendo isso. — Ela suspirou dando passo pra frente.
— Isso o quê? Annie onde você vai? — Chamou por ela quando a viu se aproximar de Dulce.
***
— Você é ridícula, sabia? — Pronunciou quando tomou o assento a frente de Dulce.
— Como é? — Olhou para os lados buscando qualquer outra pessoa a quem a mulher estivesse se referindo. Não encontrou, o que significava que era dirigido somente a ela.
— O que você ouviu. Quando eu adentrei esse hospital afirmando que doaria um órgão para a filha de vocês, eu estava decidida a ter o meu marido de volta.
— Eu não duvidei um só segundo disso. — Alfinetou.
— Eu disse que estava.
— E mudou assim tão rápido? Eu estou nessa a muito tempo, Anahí. Não caio em seu jogo.
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Frutos Por Trás Da Fama
FanfictionO que se pode dizer de uma mãe que abandona os filhos? Fria, cruel, egocêntrica? Sim, esses são todos os adjetivos que você pode dar a Dulce María. Ao descobrir a gravidez aos dezesseis anos, Dulce vê-se desnorteada e somente o aborto lhe parecia...