36- Pertencemos um ao outro

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— Christopher você está me entediando — revirou os olhos. Ela sentia que fazia anos que eles estavam naquele jogo de gato e rato.

— Me diga o que ela foi fazer na Portirroni. Henrique mencionou um acordo.

— Ele provavelmente ouviu enquanto falávamos sobre uma possível parceria nas redes sociais. — Mentiu.

— Vamos Annie, não me faça perder a cabeça.

— Precisei me certificar de que ela não destruísse nosso casamento.

— De que forma? — A mulher manteve-se calada.

Ele sabia que algo envolvendo seus filhos havia acontecido. Henrique estava por um fio, encarava a madrasta enojado e sequer estava implicando com ela, como de costume. Além de quê parecia que preferia ver o próprio Lúcifer em sua frente, do que a Dulce.

— Ouça Anahí, eu já te disse uma vez, mas parece que você não está me entendendo. se a história da maternidade da Dulce vazar, se você expor meus filhos dessa forma. Eu vou destruir você, eu vou acabar com a droga desse casamento e você se arrependerá eternamente.

— Isso é uma ameaça? — Perguntou incapaz de acreditar que as coisas chegaram naquele ponto.

— Considere um aviso. Agora me diga, o que você fez?

— Você não precisa saber.

Ele ia protestar mas o toque do telefone impediu que o fizesse. Iria ignorar a chamada, mas desistiu quando o rosto de Luna brilhou na tela.

— Essa conversa ainda não terminou — Murmurou antes de atender.

Anahí aproveitou a deixa para sair do escritório. Faria Christopher esquecer essa história em outro momento. Agora precisava manter distância dele.

*~ Um pouco antes ~*

Jade sentou-se na cama com cautela
E ficou satisfeita quando percebeu que a dor de cabeça da noite passada havia sumido, junto com a febre, já que seu corpo estava suado.

Contudo, a dor infernal na região do rim continuava insistentemente e não importava o número de comprimidos que ela havia tomado. O enjoou ainda estava lá, mas ela não importou-se. Já havia notado pra fora o pouco que havia consumido no jantar durante toda a madrugada. Vomitar ela não iria.

Caminhou calmamente até o banheiro, temendo que a tontura lhe levasse ao chão. Felizmente, ela concluiu o percurso com sucesso.

Tomou um banho frio na esperança de que isso a fizesse sentir-se melhor. Não fez muita diferença, mas ela estava renovada. A palidez em sua pele persistia e após arrumar-se e pentear os cabelos, ela começou a apertar as bochechas, buscando um pouco de cor, para não alarmar ninguém dá casa.

O que diabos você estava fazendo que demorou tanto? Já estava esquecendo a etiqueta e iria tomar café sozinha — Luna protestou quando ela entrou na sala de jantar.

A mesa estava disposta com diversas iguarias. E o estômago de Jade deu piruetas perante aquilo. "Oh céus, isso não vai dar certo" Pensou quando o enjoou aumentou ao cheiro dá comida.

— Onde estão Blanca e Fernando? — Perguntou buscando pelos avós.

— Pediram mil desculpas, mas tiveram que resolver uma emergência. Eu não entendi bem — Deus de ombros enquanto se servia. — Você não vai comer? — Encarou a irmã.

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