23- Idênticas

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- Narrí por que você perdoou o papai? - Jade perguntou sem tirar os olhos do celular.

Estavam a caminho do restaurante onde encontrariam Fernando e Blanca. Os nervos estavam a flor da pele, embora nenhum dos três quisessem demonstrar.

Christopher dirigia sério e Anahí ao seu lado apenas mirava os enteados pelo espelho.

- É mesmo. A essa hora era para você estar arrumando as malas. - Luna murmurou

- Eu não já falei que isso não é da conta de vocês !? - Repreendeu os filhos.

- Mas nós só queremos o bem da nossa madrasta, linda. Não é Narrí? - Jade sorriu sem vontade.

- O seu amor é notável Luna. - Anahí virou-se no banco.

- Sou a Jade - Rolou os olhos.

Estavam cientes que ela sabia diferenciá-las. Mas sempre provocava.

- Que seja - Bufou - O que tivemos foi uma briguinha boba.

- Briguinha boba? Ele confessou que ama outra mulher - Henrique pela primeira vez indagou.

Anahí passou uma carranca pra ele.

- Henrique! - Christopher o encarou feio, quando parou no sinal - Querem encontrar os avós de vocês ? Tudo bem, eu permito, porque é uma coisa que só vocês podem decidir. Mas o meu casamento com a Anahí e os meus sentimentos para com ela só diz respeito a nós dois. Então isso serve para todos três. Respeitem a Anahí e livrem-se de ficarem de castigo. - O Sinal abriu e ele retomou a direção.

- Exato, me respeitem. E livrem-se do internato. - Christopher a encarou - Brincadeirinha, bebê! - Sorriu.

- Eita, segura o rolo compressor aí moço. Só quis puxar assunto - Jade encolheu-se no banco

Os outros dois manteram-se calados. E assim seguiram caminho.

***

- E é aqui - Estacionou.

- Não vai conosco? - Luna desesperou-se.

- Luna, há coisas que vocês precisam fazer sozinhos. - Suspirou esfregando as mãos no rosto. Todos sabiam que ele estava nervoso.

Acontece que quando permitiu aquele encontro, Christopher sabia que estava entrando em um caminho sem volta. A partir do momento que seus filhos entrassem naquele restaurante, toda aquela barreira de proteção que ele criou contra ela cederia. E teriam que tomar cuidado, para não magoarsem com as palavras de Dulce. Uma hora ou outras eles iriam enfrentá-la.

- Então é só chegar lá e dizer o nome deles? - Henrique destravou o cinto.

Christopher assentiu.

- Pai - Jade o chamou - Obrigada - Piscou - Tchau Narrí - Até beijou a bochecha da madrasta antes de descer do carro.

Anahí rolou os olhos e limpou a bochecha, com o resquício de um sorriso nos lábios.

- Luna, sem grosserias - Christopher pediu. Já ciente do lado explosivo da filha.

- Grossa? Eu? Magina menino! Sou um poço de calmaria - Sorriu irônica - Fica tranquilo pai. Eu sou a menina Uckermann educada. Vou até fazer cosplay da Jade - Saltou do carro.

- Cuide das suas irmãs - Christopher pediu a Henrique e ele assentiu - Qualquer coisa, no mínimo de desconforto que sentir perto deles. Me ligue e eu virei imediatamente.

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