Capítulo 42

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 NOTA:


As frases sublinhas é como se fossem ditas em português. Bjs e boa leitura.


-És virgem?

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Ele pergunta e eu arregalo os olhos.

-É por isso que foges ao meu toque?- ele pergunta magoado com a minha reação.

-Não.- Apresso-me a dizer e suspiro olhando para as minhas pernas.

-Olha para mim.- ele diz e eu olho para ele- Eu não te vou julgar, tu sabes disso. Não precisas de ter vergonha se fores, tu sabes eu nós não fazemos nada que não queiras ou que não te sintas à vontade. Acima de tudo, eu respeito-te enquanto pessoa e enquanto mulher.- ele diz e eu queria sorrir-lhe, mas não consigo, sinto-me demasiado mal comigo mesma.

-Eu não sou virgem.- murmuro.

-Então porque é que foges-

-Vou à casa de banho.- interrompo-o e ele suspira.

Levanto-me e caminho até à casa de banho. Fecho a porta e paro em frente ao espelho que se entra na parede. Apoio as minhas mãos na bancada onde está o lavatório e observo a minha figura no espelho.

-Controla-te.- murmuro quase inaudivelmente e olho para o teto fechando os olhos de seguida.

E se ele se fartar de esperar? E se ele se fartar de mim? Ou se ele perde o interesse? Nunca me iria perdoar se o perdesse por causa das minhas inseguranças...

Abano a cabeça livrando-me destes pensamentos e respiro fundo. Volto a abrir os olhos e vejo uma lágrima solitária a escorrer-me pela cara. Limpo-a rapidamente e ganho coragem para sair da casa de banho.

Volto a caminhar até à cama e sinto o olhar do Harry em mim. Sento-me ao seu lado e ele puxa-me para os seus braços fazendo-me ficar ao seu colo.

Aperto-o mais contra mim e enterro a minha cabeça no seu peito.

-Desculpa...- murmuro baixo.

-Não faz mal. Quando quiseres falar eu vou estar aqui, ok?- ele diz num tom reconfortante e eu assinto.

-Não me deixes por favor...-murmuro quase inaudivelmente. Ele não responde, mas aperta-me mais contra si e apoia a sua cabeça por cima da minha dando-me a entender que ouviu aquilo que eu disse.

-:-:-

Quando acordei já passava das onze da manhã, por isso, decidi ir visitar a minha mãe apenas depois de almoço. O Harry insistiu em fazer o almoço e eu acabei por aceitar. Ele está neste momento a acabar de o fazer e eu estou a acabar de pôr a mesa.

Vou à cozinha buscar os guardanapos e vejo-o a desligar o fogão. Ele deixa-me passar e vem atrás de mim até à sala de jantar.

-Esparguete à bolonhesa.- digo sentando-me em frente ao Harry.

-Eu sei que a tua comida preferida é lasanha. Mas como eu não sei cozinhar isso, fiz a comida mais parecida que conheço.- ele diz e eu sorrio-lhe começando a comer.

Assim que acabamos de almoçar arrumamos tudo na cozinha e saímos de casa. Chamamos um táxi e pedimos que ele nos leve até ao hospital onde a minha mãe está.

O carro está em silêncio e o volume do rádio está tão baixo que tenho que fazer um esforço enorme para perceber que música é que está a dar. Olho pela janela e vou observando as várias pessoas que se encontram na rua. Sinto uma mão quente e maior que a minha a pousar-se sobre a minha mão e sorrio olhando para o Harry. Ele aproxima-se de mim e dá-me um beijo na cabeça. Volto a olhar para a rua e vejo uma senhora a ser passeada pelo cão.

Secrets H.S.   #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora