0.9

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Assim que chegamos em seu quarto, o grandão trancou a porta e fechou as cortinas, porque por algum motivo, ele odiava que qualquer raio de sol adentrasse em seu quarto, e odiava não trancar a porta. Mas, por algum motivo, ele ter trancado a porta me deixou mais tenso do que o normal.

— Hey, Chan. Eu estava entediado hoje na aula e, acho que sei como posso te ajudar com aquele lance de você talvez gostar de garotos. — Me sentei em sua cama de casal e o acompanhei com o olhar, vendo ele apoiar o corpo na soleira da janela e ficar olhando para o lado de fora por detrás da cortina azul. — Chanyeol, está me escutando?

— Oi? Sim, estou. — Ele desperta, piscando algumas vezes para retomar a consciência de seus possíveis pensamentos distantes. Continuo acompanhando qualquer movimento que ele fosse ter, até ele ir até sua porta e cruzar os braços, apoiando seu corpo na madeira branca. — Eu odeio não me sentir confiante o bastante. É uma droga.

— Como assim? — Arqueio uma sobrancelha e apoio meu corpo pelas minhas mãos que estavam encostadas no colchão atrás do meu tronco. — Com o que você não se sente confiante, Yeollie?

— Com a minha aparência, Baek — ele murmura, cabisbaixo. — Sei lá, acho que tem algo de errado comigo.

Caminho até sua direção e paro na sua frente, levantando sua cabeça pelo queixo com o meu indicador e polegar. Seus enormes olhos estavam diferentes de todas as vezes que eu havia os visto; pareciam confusos, desesperados por respostas para livrar sua cabeça de todas as perguntas que ele tinha sobre sua orientação sexual.

Deslizo a minha mão até a sua bochecha, fazendo um carinho na sua pele incrivelmente macia, e ele deu um sorriso de canto que seria capaz de me fazer tremer as pernas se fôssemos mais novos e se eu não tivesse sentimentos pelo Oh.

confused boy. [ᴄʜᴀɴʙᴀᴇᴋ]Onde histórias criam vida. Descubra agora