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Felizmente era domingo, e estávamos de volta para a nossa cidade natal. Saímos de Busan tão cedo que eu nem conseguia raciocinar direito o que estava acontecendo; sempre que me acordam cedo, levo um tempo pra conseguir processar as informações do mundo, fora o mau humor por querer dormir cinco minutinhos a mais.

A única coisa que eu lembrava, era que vim dormindo no ombro do Yeol o caminho inteiro, e ele só me acordou quando estávamos de volta em casa. Se eu não tivesse acordado na hora, provavelmente teria sido carregado no colo por ele.

Estávamos de mãos dadas, conversando sobre coisas tão aleatórias, que nem percebemos o horário; ao adentrar em casa, dei de cara com a minha mãe tomando café da manhã antes de ir trabalhar. Assim que nos viu, percebi o olhar dela descer e terminar onde minha mão estava entrelaçada com a do Park, logo vendo-a com um sorriso malicioso que era maior do que o rosto dela.

— Bom dia, mãe. Não imaginei que estivesse aqui quando chegássemos. — Cocei a nuca em sinal de nervosismo, e logo ela levantou e parou na nossa frente, deixando sua xícara de café em cima da mesa.

— Bom dia, meninos. Acho que essa ida até Busan fez bem para vocês. Aposto que estão cheios de novidades — ela diz em um tom malicioso, fazendo não só eu, mas também o Yeollie ficar com o rosto em um tom vermelho.

Direcionei meu olhar para o Park, que tinha um sorriso envergonhado no rosto e orelhas vermelhas. Ele soltou a minha mão e passou o braço em volta da minha cintura, me puxando para mais próximo de si, e deixou um beijo na minha testa. Minha mãe parecia que estava assistindo algum dorama, pois só faltava gritar e soltar fogos de artifício.

— Nós iríamos te contar quando chegássemos em casa, Sra. Byun. — Ele fez uma breve reverência como pedido de desculpas, e como estava abraçado comigo, automaticamente fiz também. — Eu realmente amo o seu filho, e quero muito fazê-lo feliz.

Corei monstruosamente, direcionando meu olhar dessa vez para a minha mãe, que de forma surpreendente estava com os olhos marejados. Ela nunca chorava, nunca mesmo, e isso fez com que eu sentisse uma vontade absurda de chorar junto com ela assim que vi a primeira lágrima escorrer pela sua bochecha.

Minha mãe murmurou um "finalmente" e abriu os braços, nos abraçando fortemente logo em seguida. Ela não sabia tão bem sobre os meus sentimentos pelo Park, mas como as mães geralmente sabem de tudo, mesmo que a gente não tenha falado nada, logo ela suspeitava que eu sentia algo diferente pelo grandão, desde pequeno.

Mães e ninjas são palavras diferentes, mas aparentemente, significavam a mesma coisa.

— Por que não me falaram antes? Eu poderia ter passado na padaria e comprado algo para tomarmos um café da manhã juntos em família. — Ela quebrou o abraço e limpou os resquícios de lágrimas do seu rosto, logo colocando um sorriso enorme. — Confio em você, Chanyeol. Por favor, cuide bem do meu menino. Ele não sabe nem fazer um arroz, quem dirá se cuidar sozinho — disse em um tom brincalhão, dando um tapinha no meu ombro.

— MÃE! — Arregalei os olhos, já conseguindo escutar as risadas do Park.

— Baekhyun vai precisar casar com alguém que saiba cozinhar, senão vai morrer de fome. — Ela ri, se divertindo em tirar uma com a minha cara. Seu olhar se revezava entre olhar para mim e para o grandão, até que ela sorri inocente para ele. — Chanyeol, você sabe cozinhar?

— Mãe! Você precisa ir, já está tarde. — Peguei a bolsa dela e fui empurrando ela até o lado de fora, antes que ela pudesse me deixar com mais vergonha ainda.

Se eu deixasse, ela contaria todos os meus podres, porque mães adoram fazer isso; nos deixar constrangidos na frente dos outros.

Uma vez que estávamos sozinhos, puxei o Yeol pela mão até o meu quarto para que eu pudesse conversar com ele sobre aquilo. Confesso que eu tinha medo da forma que ele iria reagir, pois ele também não gostava tanto assim do Luhan. Espero que ele entenda.

a mãe do bbh é a representação da minha, que espera ter visita pra ficar contando os meus podres

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a mãe do bbh é a representação da minha, que espera ter visita pra ficar contando os meus podres

confused boy. [ᴄʜᴀɴʙᴀᴇᴋ]Onde histórias criam vida. Descubra agora