confused boy. [ᴄʜᴀɴʙᴀᴇᴋ]

7.9

As coisas estavam começando a ficar quentes com aquele jogo, e muitas coisas estavam sendo reveladas por conta daquele joguinho inocente. Graças ao jogo, descobri que o Minseok já havia sido expulso de um bar; que o Yifan e o Park já haviam corrido pelados na rua; que o Zitao já teria usado algemas em alguma ocasião; e que o Luhan já havia ficado com alguém dez anos mais velho do que ele; fora as outras coisas não tão importantes.

Por fim, decidimos encerrar a brincadeira antes que alguém se sentisse constrangido de alguma forma, pois eram coisas muito íntimas, e que muito possivelmente piorariam conforme as rodadas. Para ser sincero, acho que eu havia tomado mais de quinze shots de vodka e tequila, resultando assim em uma possível tontura toda vez que eu me levantava.

Decidi, então, ficar sentado no sofá ao lado do Park, descansando a minha cabeça no seu ombro enquanto ele acariciava meus fios dourados que insistiam em saírem do lugar.

A sala estava uma completa bagunça; copos e canudos atirados pelo chão; bebida derramada no tapete; fora a cozinha, que eu ainda não havia visto depois que o Kyung e o Jongin saíram de lá.

— Vou levar esses copos para a cozinha, bebê — murmurei próximo ao ouvido do Park, deixando um chupão no seu pescoço e uma mordida para que ficasse a marca. — Não quero que ninguém se machuque e acabe se cortando.

— Pede ajuda ao Luhan, amor. — Chanyeol me encorajou, deixando um beijinho na minha bochecha com aqueles lábios carnudos que eu já havia beijado muito nesta noite. — Assim você pergunta se ele tá curtindo a festa, ou se ele se sentiu desconfortável em algum momento.

— Boa ideia, Yeol. — Dei um beijo rápido no grandão e inclinei meu corpo para frente, conseguindo ficar mais próximo do chinês que estava sentado no chão com um copo de caipirinha de morango. — Luhan — o chamei, e ele virou rapidamente o rosto em direção do meu — me ajuda a levar esses copos que estão no chão para a cozinha?

O chinês rapidamente concordou. Me levantei e comecei a juntar os copos com a ajuda do Luhan, que visualmente não estava muito bem por conta da bebida, mas parecia consciente do que estava fazendo.

Após juntar todos os copos, o guiei até a cozinha e abri a porta, me surpreendendo pelo fato de ela ainda estar inteira; sinal de que o Jongin e Kyung no máximo se beijaram aqui dentro.

Levei os copos até a pia e vi o chinês fazer o mesmo, lotando assim a pia. Perguntei se ele queria uma garrafa d'água e ele murmurou que sim, então fiquei de costas para ele e abri a geladeira. Peguei uma garrafa d'água para mim e outra para ele, mas antes que eu me virasse, senti as mãos dele nos meus ombros.

— Obrigado por ter me convidado, Baek. — O escutei dizer atrás de mim, e então me virei para ele, vendo seu corpo muito próximo do meu, e o seu olhar vidrado no meu. — Eu fiquei muito feliz. Ninguém nunca me convidou para algo assim.

— Os garotos gostaram bastante do novo Luhan, sabia? — Dou um pequeno sorriso, vendo o olhar dele descer um pouquinho para a minha boca.

— Eles são legais, principalmente o Minseok. Ele foi muito legal comigo, não estava esperando ele me tratar tão bem depois de tudo que já aconteceu. — Ele deu uma risadinha nasalada e balançou a cabeça duas vezes, sem tirar os olhos dos meus e as mãos dos meus ombros. — Acho que ainda vamos conversar bastante fora aqui.

— Fico feliz que você esteja se dando bem com o pessoal. O Min é uma pessoa incrível, acho que vocês vão se dar bem. — Sorrio, e novamente, os olhos dele vão em direção à minha boca. Isso estava me deixando desconfortável, mas eu precisava ver se iria avançar. — Vamos voltar, okay? Os garotos devem estar esperando.

Luhan me analisou e assentiu, após dar um longo suspiro. Antes de sair pela porta, escutei ele chamar o meu nome, e quando me virei para ele, vi seu rosto em uma coloração avermelhada.

— Baek, porquê você não me afastou enquanto conversávamos? — questionou, me fazendo unir as sobrancelhas. — Alguém podia ter chegado e sei lá, pensado alguma besteira por conta da nossa proximidade.

O analisei por alguns segundos; seu rosto avermelhado contrastava com a sua pele clara e fios castanhos; ele engolia em seco, e sua voz tinha um misto de nervosismo e ansiedade, o que deixava tão claro quanto o barulho da sua respiração acelerada.

— Eu não te afastei porquê o Chanyeol confia em mim, e eu confio em você — respondi, fazendo-o levantar a cabeça para me encarar com olhos maiores do que o normal. — Eu confio em você, Luhan. Confio que você não quer me prejudicar com o Chanyeol. Confio que você só precisa de uma chance para se mostrar alguém melhor. Por isso que eu não te afastei, pois não vi necessidade.

Dito isso, o chinês ficou boquiaberto em silêncio por muito tempo; nenhuma palavra saía da sua boca enquanto ele me encarava com um semblante de arrependimento. Me surpreendi quando vi uma lágrima escorrer pela sua bochecha, e só então ele repetiu "eu confio em você", como se estivesse querendo dizer para si mesmo.

Pela primeira vez, me questionei se ele já havia escutado um "eu confio em você" de alguém, e que isso talvez tivesse significado muito para ele.

vocês ainda acham que o luhan quer aprontar alguma? digam aqui rs

leitores novos, que são tímidos para interagir através dos comentários, sejam bem-vindos!! espero que estejam gostando

considerem deixar seus votos nos capítulos caso gostem da fanfic, obrigada <3