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— Não vai me dar um abraço antes de ir embora? — ele pergunta em um tom divertido, me fazendo sorrir mínimo.

— Claro que sim, grandão. Troca de lugar comigo — digo, trocando de lugar com ele. Subi para o corredor e ele desceu um dos degraus, deixando assim a nossa altura mais parecida. Eu achava a nossa diferença de altura a coisa mais fofa do mundo.

Passei meus braços em volta do seu pescoço e ele passou os dele em volta da minha cintura, enquanto respirava próximo à minha orelha. Sua respiração me deixava arrepiado, e eu não conseguia disfarçar isso. Eu gostava da sensação de ter os braços dele me segurando; eram fortes e muito cuidadosos.

Eu me sentia seguro.

— Antes de você ir embora, eu quero fazer uma coisa — ele murmura próximo ao meu ouvido, e eu engulo em seco.

— O que foi? — pergunto, ainda estando com o meu rosto afundado no seu pescoço.

Sinto as mãos dele afrouxarem o abraço, e então eu fiz o mesmo. Nos afastamos e ele levou sua mão até o meu rosto, me fazendo fechar os olhos por conta das suas digitais quentes que acariciavam minha bochecha com  suavidade.

Sua mão desceu até a minha nuca, e ele aproximou o seu rosto do meu, selando nossos lábios em um selinho que durou cerca de quarto segundos. Seus lábios eram tão delicados quanto suas mãos; Chanyeol sempre foi muito cuidadoso comigo, e esse foi o principal motivo por eu ter me apaixonado por ele.

Nos afastamos e ele deu aquele sorriso desgraçado de lindo para mim, mas eu não consegui retribuir, pois estava nervoso demais para fazer isso.

— Agora você pode ir — ele diz brincalhão, e eu começo a dar alguns socos no seu ombro, antes de ele me segurar pelos pulsos. — O que eu fiz? Aish! Seus socos estão começando a ficar fortes, acho melhor eu tomar cuidado — ele diz em deboche, e eu dou mais um soco no seu ombro.

— Idiota! Você me paga! — murmuro, vendo ele abrir um sorriso enorme e debochado.

— Pago nada, você me ama — ele diz debochado, me fazendo revirar os olhos. — Estou mentindo por acaso?

— Não senhor, você está certo. Eu amo você. Posso ir pra casa agora, senhor? — digo em um tom meloso, fazendo um beiço enorme.

Seus olhos vão diretamente até a minha boca, e eu aproveitei para passar a minha língua entre eles para livra-los do ressecamento, e também provocar um pouquinho.

— Se você me chamar de senhor de novo com essa voz... eu juro que tranco você aqui dentro de casa e não deixo você ir, Baekhyun — ele diz com aquela voz grave que me fazia ficar nervoso.

Arqueei as sobrancelhas antes de quase cair para trás naquela escada, e dei um passo em sua direção, deixando minha boca próximo da sua orelha. Consegui sentir o cheiro do perfume do Chanyeol, aquele que eu tanto gostava quando ele usava.

— Quem sabe outro dia. Agora eu preciso ir, senhor — digo em um tom arrastando. Saí correndo pelas escadas , quase tropeçando, e bati a porta da casa dele antes de atravessar a rua e entrar na minha casa, sem ver a cara que ele havia feito.

confused boy. [ᴄʜᴀɴʙᴀᴇᴋ]Onde histórias criam vida. Descubra agora