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Encarei os enormes olhos do grandão que estavam em cima de mim, esperando uma resposta. Eu estava tão nervoso que não consegui responder, apenas criei um momento de coragem e fiquei na ponta dos pés coloquei meu braço envolta do seu pescoço e aproximei nossos lábios, tendo as mãos dele na minha nuca, segurando os meus fios.

Nossas línguas se encontraram pela segunda vez, e foi exatamente como na primeira vez; cada parte do meu corpo se arrepiou, era como se nossas línguas estivessem conectadas; eu sentia falta dela, faziam longos dias desde que nós havíamos nos beijado em seu quarto.

Uma de suas mãos deslizou até a minha cintura, enquanto a outra continuava na minha nuca puxando o meu cabelo. Assim que senti as digitais dele entrarem em contato com as minhas costas, enrosquei meus dedos nos seus fios, sentindo como eles eram incrivelmente macios, mas logo precisamos nos afastar por culpa da maldita falta de ar.

Com a respiração ofegante, abaixei a cabeça e fiquei encarando a ponta dos meus pés cobertos apenas por um par de meias coloridas que iam até até perto do meu joelho. Eu conseguia sentir o olhar do grandão queimando em cima de mim.

Coloco as mãos em seu peito, o afastando um pouco de mim. Chanyeol estava com o seu corpo tão próximo ao meu que eu consegui sentir sua respiração quente contra o meu rosto, bagunçando meus fios. Ele pareceu confuso, talvez até mais do que eu.

— Chanyeol... e-eu acho que você merece saber de uma vez por todas — digo por fim, depois de um longo silêncio entre a gente.

— Saber o quê? — Vejo ele arquear as sobrancelhas. Ele estava com a respiração ofegante, tanto quanto a minha.

Engulo em seco, tentando controlar o nervosismo agudo que tomava conta do meu corpo. Por quê caralhos era tão difícil ser sincero?

— Você foi o meu primeiro amor, Chanyeol, logo que a gente se conheceu... Mas conforme o tempo foi passando, eu vi que você não demonstrava nem uma pontinha de interesse em mim, e então eu resolvi começar a te ver só como amigo... pelo menos até os últimos dias — confesso, sentindo minhas bochechas queimarem de vergonha.

Escuto a respiração do grandão ficar mais acelerada, e aos poucos o rosto e orelhas dele começaram a ficar em uma coloração incrivelmente vermelha. Eu já estava acostumado em vê-lo com vergonha, mas dessa vez era diferente... eu estava com tanta vergonha quanto ele.

Chanyeol se afasta de mim e vai até a janela, apoiando seu corpo no batente. Suas mãos estavam atrás da sua cabeça, e ele manteve seus olhos fechados durante alguns segundos, antes que me encarar.

— E-eu não sabia disso... — Escuto ele dizer.

— Claro que você não sabia disso Chanyeol. Como saberia? Eu nunca te falei nada. — Dou uma risada nasalada, balando a cabeça duas vezes. — Eu preciso ir pra casa, minha mãe deve estar chegando... e acho que você precisa pensar no que eu te disse e no que aconteceu aqui. — Caminho em sua direção e fico na ponta dos pés, deixando um selar rápido na sua bochecha. — Se cuida, bebê.

Aperto meus lábios com força e giro meu corpo em direção da porta, saindo pelo enorme corredor de paredes brancas. Antes que eu conseguisse colocar o pé no segundo degrau, o grandão segura a minha mão, me impedindo de descer. Seus dedos entrelaçaram os meus, e antes que eu pudesse virar o meu corpo em direção ao dele, Chanyeol havia puxado o meu braço, como se não quisesse eu fosse embora.

 Seus dedos entrelaçaram os meus, e antes que eu pudesse virar o meu corpo em direção ao dele, Chanyeol havia puxado o meu braço, como se não quisesse eu fosse embora

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ok já podem surtar com os segundos de coragem que o baek tomou rs

só digo que os meus capítulos favoritos estão chegando, fiquem atentos

confused boy. [ᴄʜᴀɴʙᴀᴇᴋ]Onde histórias criam vida. Descubra agora