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Sem entender aquela reação estranha que o Kyungsoo havia tomado, vi ele ir até os garotos e ficar de costas para o Jongin, que acabara de chegar sozinho. Dei de ombros e fui até a porta para recepcionar o moreno que estava nitidamente envergonhado com aquela situação. Às vezes, nem eu mesmo entendia o Kyung.

— Que bom que você veio, Jongin. Desculpa pelo Kyung, eu realmente não entendo ele. — Dou um breve abraço no moreno, que rapidamente retribuiu antes de quebrarmos o abraço e eu o arrastar até a cozinha, onde não havia ninguém. Lancei um olhar para o Park, para que ele entendesse que era sobre a operação kaisoo.

Ao chegarmos na cozinha, apoiei meu corpo na bancada central e vi o moreno que sempre tinha um sorriso enorme no rosto, desta vez com um semblante chateado, e não era por menos. Senti pena dele ao vê-lo daquela forma.

— Você conversou com ele? O que você disse? O que ele disse? — Jongin pergunta, com um pingo de esperança na sua voz.

Cocei a nuca e me questionei sobre toda aquela situação; eu deveria falar na lata que o Kyung não gostava dele? Mas, como uma pessoa pode não gostar da outra sem ao menos conhecê-la?

— Bom, é complicado — comecei a falar em um tom alto, por conta da música. — Eu disse para ele que você estaria aqui hoje, e perguntei o que ele achava de você. Ele disse na hora que não gostava de você, e que não era para eu insistir em algo tão absurdo assim.

— Entendo. — Ele sorriu amarelo e desencostou o corpo da bancada que tinha em frente da minha, se apoiando novamente, mas desta vez, na mesma bancada que eu, ficando do meu lado. Jongin estava nitidamente arrasado. — Ele não falou mais nada? Tem certeza?

— Não. O Kyung nunca foi de se abrir muito com a gente, então é bem difícil saber o que ele está sentindo. — Torci a boca para o lado e inclinei meu rosto em direção do moreno, vendo-o com um beiço enorme. — Vocês já chegaram a conversar algum dia?

Jongin engoliu em seco e coçou a nuca, e então eu percebi que tinha algo que eu não sabia sobre os dois. Existia algo entre os dois que nem mesmo Kyungsoo havia me contado.

— Eu já namorei o Kyung há mais de três anos atrás, só que virtualmente, mas nosso namoro não deu certo por conta da distância — ele confessou, me fazendo dobrar o tamanho dos olhos. Levei minha mão até a boca e fiquei o encarando em estado de choque. — Só que agora que eu estou aqui, ele aparentemente não quer saber de mim. Acho que ele não gosta mais de mim.

— Espera, eu ainda estou processando tudo isso que acabei de ouvir. — Faço uma pequena pausa e respiro fundo, soltando o ar dos pulmões. — Ele nunca nos falou nada... ele nunca nos fala nada, na verdade.

— Eu só queria poder conversar com ele, sabe? Não acho que os sentimentos dele por mim tenham mudado, principalmente agora que eu estou aqui em Seoul por ele. Eu pedi transferência da minha faculdade apenas para ficar perto dele, Baekhyun. — O moreno estava cabisbaixo, e isso quebrou por dentro.

Eu precisava fazer alguma coisa.

Desencosto meu corpo da bancada e vou até a porta da cozinha, conseguindo ter uma visão ampla da sala e dos garotos, que conversavam de forma animada. Não tinha nenhum sinal do Luhan, até o exato momento, mas eu sabia que ele viria, pois ele havia confirmado.

Avancei até a sala em passos apressados e juntei o Kyung pelo braço, pois ele precisava ao menos escutar o que o Jongin tinha para falar. Não era justo o garoto se mudar para ficar perto do ex namorado e o ex sequer querer conversar com ele. Eu estava um pouco irritado pelo fato do Kyungsoo nunca ter falado do Jongin para nós, mas naquele momento, a única coisa que eu queria era que eles conversassem.

— O que você tá fazendo, Baekhyun?! — ele questionou em um tom alto o bastante para que eu escutasse, mas resolvi o ignorar. — Aonde você tá me levando?! — O ignorei novamente, ainda o puxando pelo braço até o empurrar para dentro da cozinha, onde o moreno estava. As bochechas do Kyung mudam de coloração no mesmo instante em que avistou os olhos gentis do Jongin. — O que significa isso?! Posso saber?

Kyungsoo girou o corpo na minha direção, ficando de costas para o Jongin, e eu nada disse; deixei para que o mais alto tomasse o controle da situação. As mãos do Jongin rapidamente pousaram nos ombros do Kyung, que fechou os olhos no mesmo instante em que sentiu as mãos tocarem seu corpo.

— Precisamos conversar, corujinha — Jongin diz em um tom gentil, fazendo o menor apertar seus lábios em formato de coração e soltar um suspiro, antes de assentir com a cabeça.

Dei um sorriso cúmplice para o Jongin, antes de sair da cozinha e ir até onde meus amigos estavam. Kyungsoo e Jongin precisavam conversar sozinhos.

aposto que por essa vocês não esperavam rsss

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aposto que por essa vocês não esperavam rsss

verão ou inverno?

confused boy. [ᴄʜᴀɴʙᴀᴇᴋ]Onde histórias criam vida. Descubra agora