confused boy. [ᴄʜᴀɴʙᴀᴇᴋ]

2.7

— N-não... Ele não é meu namorado! E mesmo se fosse, não é da sua conta. Cuida da sua vida! — digo irritado, porém com o rosto queimando de vergonha por ter algumas pessoas assistindo aquilo.

— Deixa ele, Baek. Não vale a pena. — Chanyeol coloca seu braço em volta do meu pescoço e me puxa para perto, colando nossos corpos. — Dá o fora daqui, Sehun. Por acaso está com o seu orgulho ferido porque o Baek não quis ficar com você? Percebeu que ele não era mais um daqueles idiotas que ficaria se rastejando na sua volta?

Meu coração estava batendo muito rápido, todos os meus sentimentos pelo Oh estavam sendo pisados cruelmente pelo próprio. Agora, a única coisa que eu conseguia sentir dele era nojo. Sehun era só mais um daqueles garotos que não valia a pena criar qualquer tipo de sentimento.

Até o vômito do meu cachorro valia mais do que ele.

— Desculpe, nós já estamos indo. Não é, Sehun? — Jongin começa a puxar o Oh pelo braço para longe de nós com uma certa relutância, e só assim eu consigo respirar direito pela primeira vez desde que ele colocou os pés dentro do boliche.

Solto todo o ar que tinha dentro dos meus pulmões e acabo me sentindo mais leve, porém constrangido por ter sido idiota o bastante para gostar durante meses de um garoto que não valia nada, mas talvez uma certa pessoa não fosse igual à ele.

Voltei a comer a banana split em silêncio, e só paro de comer quando escuto o grandão pigarrear, querendo chamar a minha atenção. Sua mão estava pousada em cima do meu ombro, fazendo um breve carinho, e seu rosto estava muito próximo do meu, tanto que eu pensei que ele me beijaria a qualquer momento.

— Está tudo bem? Quer ir pra casa? — ele pergunta, visivelmente preocupado com o meu bem-estar. Seus enormes olhos estavam brilhando e suas sobrancelhas estavam unidas, fora os sinais corporais que eu soube reconhecer com os anos, indicando que ele estava nervoso.

— Relaxa, Yeol. Tá tudo bem, não se preocupa comigo. — Solto um suspiro e massageio minhas têmporas, dando um sorrisinho em sinal de que estava tudo bem. — Obrigado por ter me defendido. Eu fui um idiota, devia ter te escutado sobre o Sehun. Desculpa por ter ficado cego por ele.

— Não esquenta com isso. Acho que ficamos um pouco cegos quando gostamos de alguém, e as vezes não vemos o óbvio. A culpa não é sua... sabe? — Park dá um tapinha carinhoso em minhas costas, me fazendo olhar para ele. — A gente pode passar no Subway antes de voltar para casa, o que acha?

— Acho que você sabe bem como me agradar — respondo olhando para os seus lábios gordinhos e entreabertos, dando um sorriso largo ao levantar minimamente os olhos e perceber que estava encarando minha boca. — Por que tá encarando a minha boca, Yeollie? Ela tá suja? — pergunto de forma inocente, vendo ele ficar com as bochechas e orelhas vermelhas.

— N-não... huh, eu só estava prestando atenção no que você estava falando... Vamos voltar a jogar? — Ele piscou duas vezes e se afastou de mim, vendo que eu havia concordado com a cabeça.

Eu achava o Chanyeol com vergonha a coisinha mais fofa do mundo, não posso negar.