A pior parte de ter celular não é ficar sem crédito, é receber ligações ruins.
A segunda feira chegou tão rápido que mal tive tempo de pensar se deveria ou não ir à escola antes que já tivesse no carro de Sebastian, que dividia a turma com o irmão, Trevor, que levava a metade de nós em seu 4x4. No sábado, todos fomos ver a casa que ele tinha comprado na nossa rua, era uma casa de três andares que ficava duas casas depois da de Jem, era a mais longe em comparação as outras, mas pelo menos era na mesma rua e agora Sebastian fazia parte da vizinhança. No domingo, nossos pais continuaram a nos convencer (e nós a nos deixar sermos convencidos) de que sair do hospital era bom, então passamos o domingo inteiro arrumando a casa nova dos irmãos McMaleys, além de nós que morávamos ali, Rachel, Hinnan, Dave e Andrew também apareceram para ajudar. Foi um domingo divertido, forramos o chão com jornais, compramos as tintas e tudo que precisávamos. Pintamos as paredes e nos pintamos, rimos tanto quando wade escorregou com um balde cheio de tinta azul, e da bagunça que virou depois que rimos dele. Mesmo Lídia pareceu se divertir. Depois da tinta trouxemos os moveis e nós, as meninas, ficamos vendo os garotos sem camisas montando os móveis enquanto exalavam testosterona. Hinnan ficou tão vermelha quando Amanda perguntou o que ela estava achando de Jem ser o único usando camisa enquanto trabalhava, e todos rimos. No fim da tarde, depois que terminamos o trabalho, espalhamos a lona que vieram com os móveis pelo gramado e jogamos água com sabão para brincarmos. Foi um dia ótimo. A sensação de alegria que sentia era tão boa que quase me enganava. Eu me diverti tanto ao ponto de esquecer a situação pela qual estava passando, mas é claro que o destino vez o favor de me lembrar quando recebemos a ligação do hospital dizendo que minha mãe tinha piorado. Da forma que estávamos, ensaboados e não muito vestidos, foi como aparecemos no hospital. O organismo dela começou a rejeitar o tratamento na noite de domingo, e hoje, será a segunda cirurgia...eu implorei para que pudesse ficar durante todo o dia, mas ela insistiu para que eu fosse a aula...a cirurgia começa assim que voltarmos. E assim, Sebastian e Trevor vieram nos buscar no hospital para irmos à escola hoje.
Agora, enquanto o vento sacoleja meus cabelos, eu encaro o retrovisor que mostra o hospital ficando para trás. Sinto a mão de Amanda se apertando em meu ombro, ela deixou de ir junto com Dave na moto, para vir junto comigo no carro.
__vai ficar tudo bem__ ela disse caridosa. Eu sabia que não ia ficar tudo bem, porque o simples fato de minha mãe está no hospital já anula essa possibilidade, mas sei que nessas horas as pessoas que se importam com você não têm algo diferente a dizer. Eles não sabem que depois que se acontece algo assim na família, não existe um segundo em que você esteja bem, mas não posso culpa-la por tentar me ajudar e não posso sobrecarregá-la com problemas que ela não pode entender,e, então, sorrio para ela. Fingindo que aquilo ajudava.
__Como...vai ser quando...encarar ele? __ me perguntou Hinnan sobre Troy, toda nervosa como se quisesse saber minha resposta para comparar com a sua própria. É verdade que vai ser hoje que vamos vê-lo pela primeira vez desde que ele nos feriu e nos trancou no porão da cabana, mas também é verdade que eu não me importo ou pensei sobre isso___ não quando descobri na mesma noite que minha mãe estava doente. Foi então que percebi: o trauma da noite com Troy não me afetou porque quando chegamos no hospital e descobrimos sobre minha mãe, aquele passou a ser meu problema maior, a ponto de não sobrar nenhuma minúscula parte da minha cabeça pra pensar no que ele fez, mas o trauma da cabana é real pra Hinnan. Ela foi humilhada por ele antes, ele destruiu a única amizade que ela tinha e ele havia feito tudo isso comigo e com ela naquela noite na cabana e nunca parei pra pensar no quanto ela devia estar apavorada. Nenhum de nós parou, não quando toda a atenção se voltou pra mim e minha mãe.Peguei as mãos dela e as apertei.
__ Me desculpe...meu deus...
Kate, wade, lia, Sebastian, Amanda e Jem(os que estavam no carro junto comigo), me olharam com interrogação. Olhei pra Hinnan.
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Quase Adultos
Teen Fiction"É claro, ninguém pôde prever que os conflitos entre os dois grupos pudesse se tornar perigos reais, mas assim que as mortes começaram, já estavam presos demais na armadilha que criaram" BEM-VINDO A TURMA! Quando kate e seus amigos foram transferido...