Vejo a minha loira se despedi de mim e entrar em sua casa. No mesmo instante sinto sua falta.
___Mandou bem hoje, hein?___gritou para mim Drake da janela.
Eu sorri.
___Você nem imagina...
___Não vai me contar,nada?___gritou ele da janela.
___Deixa de ser pervertido! Você não tem revistas pornôs para passar seu enorme tempo livre?
___Não me insulte! É claro que tenho revistas pornôs, mas previro ouvir um relato real.
___Fique esperando eu gritar para toda a rua o que aconteceu, cabeção!___ sorrio e giro a chave na ignição, começando a dar a ré quando vejo a jaqueta de Lia no banco ao lado. Desligo o motor e saio com a jaqueta na mão agradecendo aos deuses por esse pretexto para ver minha linda mais uma vez.
Drake grita alguma coisa pervertida e eu viro mostrando-lhe o dedo médio.
Depois bato na porta. A Sra.Connor abre a porta.
___Oi... Lia esqueceu a jaqueta dela no carro e...
Ela estende a mão para pegá-la dizendo:
___Obrigada, deixa que eu entrego e...
Eu não entreguei a jaqueta a ela.
___Hã... Na verdade... Será que eu...hum...podia entregar para ela? O Drake não deixou eu me despedi direito dela...
A Sra.Connor sorriu.
___Claro!
Entrei e fui para as escadas, enquanto subia os degraus ouvi a Sra.Connor gritar para o seu marido:"está vendo isso? Quando foi a última vez que me mostrou que se importa comigo? Por que não aprende alguma coisa com Sebastian?!" eu sorrio e os deixo me dirigindo ao quarto de Lia.
A porta está entreaberta.
Escuto vozes. Paro sobre a porta e escuto:
***Consegue notar que não sou o mesmo?***É Andrew!O que ele está fazendo no quarto de Lia?
***Consegue...consegue ver o quanto o que estou sentindo é grande?***
O que ele está dizendo? A sua voz está trêmula.... Lia! Eu coloco meus olhos sobre a abertura e o vejo se inclinar sobre a minha Lia, o mais estranho era que ela o olhava com pesar, seus olhos carregavam um brilho de emoção. Ela parecia estar vendo ele pela primeira vez. Estava prestes a fechar os olhos para não ver eles se beijando,mas quando Andrew estava a centímetros dos lábios de Lia ela o empurrou e eu sorri. Carregado de esperanças.***Você não pode simplesmente usar o que eu senti por você agora! Você não pode querer que eu deixe quem eu amo!*** como...? Lia, a minha Lia, gostou de Andrew? Como...? Eu desisti de tentar achar uma teoria quando Lia começou a chorar.
*** Você não pode ser agora quem você devia ter sido antes e querer que eu o aceite!***
Antes...ela o amou antes, quando eram pequenos... Me sentia um intruso, como se não fizesse parte daquilo. Andrew estava chorando e algo dentro de mim dizia que eles sentiam os mesmos sentimentos... O que estava acontecendo entre os dois parecia...verdadeiro... Andrew a olhou de modo que achei que só eu olhava e entre soluços e lágrimas, gritou para Lia:
***Não, eu não posso. Está certa.Não é justo com você ! Então só me perdoe! De verdade....***
Ele se jogou no colo de Lia, que o abraçou. Ele queria o perdão de Lia?
Tudo ficou claro.
Lia o amou quando era criança e Andrew desprezou seus sentimentos e fez as travessuras que a machucaram... Eu sentia raiva, ódio! Mas não era por está vendo eles juntos, era porque eles juntos parecia ...certo. E, no fundo eu sentia que ele estava sendo sincero e...que Lia estava se entregando...que seu sentimento estava voltando...senti gotas caírem nos meus braços. Eu estava chorando.
Eu queria entrar e quebrar esse idiota ali mesmo! Mas estava vendo Lia chorando e abraçando ele... A expressão em seu rosto de que tinha recuperado algo importante.De que estava plena. Completa.
Andrew tirou a cabeça de seu colo e avançou para seu rosto. A beijou.
Meu coração ruía. Meu pulso estava cerrado, tão cerrado que senti as unhas furando a pele. Eu queria avançar...
Observei Lia. Ela estava parada, sem nenhum movimento.
Eu só precisava que ela se afastasse e não retribuisse. Se ela fizesse isso, eu não teria a perdido.
Seus braços estavam parados, quando comecei a formar um sorriso, achando que ela escolheria a mim, ela fechou os olhos, pôs as mãos sobre o corpo de Andrew e o beijou.
A jaqueta caiu da minha mão, junto com minhas lágrimas e minha vida.
Mordi os lábios, sentindo o líquido quente e salgado em minha língua. O sangue. Eu prendia o grito, a fúria e chorei em silêncio. Olhando a cena que se borrou com as lágrimas. Senti o minhas pernas fraquejarem...
Virei e corri de volta para baixo, não suportando a dor no meu peito que me causava falta de ar.
___Sebastian? ___falou a Sra.Connor___Está tudo bem?Sebastian?
Eu abri a porta e corri para o carro. Pus as mãos trêmulas no volante, apertando-o com toda minha força e saindo dali a toda velocidade.
O vento forte fazia as lágrimas escorrerem para minhas orelhas. E essa dor foi a segunda maior da minha vida. Estava se assemelhando à dor que senti quando perdir minha mãe. Engolia em seco, sentindo o nó que queimava minha garganta e trazia mais lágrimas.
As luzes passavam como borrões... E eu só queria morrer."Eu também te amo! Tanto quanto o número de estrelas no céu"
Gente, chegou a vez de Sebastian!!!! O mesmo protocolo de antes: ele vai narrar e, às vezes, kate, por ser a principal (e porque ela PODE)vai narrar também. É isso pessoas! Espero que continuem comigo! Obrigado a todos por tudo!
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Quase Adultos
Fiksi Remaja"É claro, ninguém pôde prever que os conflitos entre os dois grupos pudesse se tornar perigos reais, mas assim que as mortes começaram, já estavam presos demais na armadilha que criaram" BEM-VINDO A TURMA! Quando kate e seus amigos foram transferido...