103º Capítulo

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capítulo bônus: Rachel.

Eu sabia que não era meu nome nas paredes, mas só por imaginar que pudesse ser, começo a entrar em estado caótico. Some isso com a raiva por ver isso contra a rainha kate, mais com a sensação de incredulidade que me fazia gelar e mais a fobia que acabei de descobrir que tenho de multidões rindo ao meu redor, e você tem como resultado uma Rachel com mãos suadas e um coração acelerado.

Era quase como uma super ansiedade, fazendo meu corpo se tornar sensível ao exterior, causando um estado frenético que antecede um ataque de pânico, porque estava nervosa e apavorada com o que havia acontecido com ela. Me senti na pele dela. Sentia o misto de pena por ela e raiva dos veteranos e obviamente eu estava bugando com essas duas sensações ao mesmo tempo.

__Ai, eu vou beber agua, pessoal, não aguento ficar aqui_ digo levantando da cadeira na sala ao lado de fora do escritório do diretor. Nós estávamos sentados ali e kate tinha entrado, ela estava muito calma e podemos escutar o início da conversa, onde ela dizia que não iria fazer queixa ou deixar a escola, só queria que aquilo fosse lavado das paredes e armários assim que pudesse. Assim que pudesse ela disse, e não agora mesmo! que era o que ia dizer, logo depois de conseguir cessar o, obviamente, choro compulsivo que estaria tendo no lugar dela.

De qualquer forma, o diretor trancou a porta logo depois disso e eles estavam conversando lá dentro, mas eu não podia ficar sentada como os outros então aqui estava. Eles apenas assentiram para mim depois do que falei e sair com as pernas meio fraquejadas de nervosismo em direção ao refeitório.

Estava satisfeita por estar no horário das aulas agora e não ter ninguém no refeitório pra fazer eu me sentir estranha, então meu celular toca. Olho pra tela e vejo o número desconhecido. Franzo a testa tentando calcular a probabilidade de aquilo ser uma armadilha dos veteranos, mas logo em seguida reviro os olhos mentalmente pra mim mesma por estar tão ceticamente paranoica, e atendo.

__Rachel? __ diz a voz do outro lado e reconheço. É o gato platinado.

__Gato platinado? É você? Quer dizer, como tem meu número?

__Sou eu, eu consegui seu número com um dos seus colegas do clube do jornalismo__ ele disse e tem certo humor no seu tom quando diz sou eu provavelmente achando engraçado concordar em ser o gato platinado, mas seu tom morre na próxima fala:__ Eu te mandei mensagens avisando sobre o que eles fizeram! Falei pra não deixar a kate vir ver.

__Eu não li__ respondo me sentindo péssima em saber que podia ter evitado. Tiro o celular do ouvido e vejo as notificações das mensagens na parte superior da tela

__Tudo bem, não tinha como saber sem ter lido__ tranquiliza ele__ mas enfim, então o que ela vai fazer?

__Ela só está na diretoria, nós sabemos que foi Troy, mas não temos como provar, então ela só está pedindo pra apagarem as mensagens dos corredores.

__Mas eu tenho! __ ele diz do outro lado__ eu gravei Troy e minha irmã fazendo as mensagens, quando eu vi quis matar eles, mas percebi que não tinha como cancelar o que tinham começado então aproveitei pra filmar eles fazendo. Eu tenho o que a kate precisa.

__Mas...e sua irmã?

__Eu não vou ficar do lado dela, não com isso. Vem para as arquibancadas, eu vou te passar os vídeos.

E desligou. Olhei pra tela do celular, mas a emoção de ter as provas era maior do que minha indignação por ter sido desligada na cara dura. Sorri e corri pra fora dos corredores, indo para o campo.

+++

Vejo seu cabelo brilhando ao sol da tarde e sorrio me aproximando com emoção e euforia, sentindo a alegria de correr no campo vazio com o vendo chacoalhando meu blusão e a de poder salvar o dia.

Quase AdultosOnde histórias criam vida. Descubra agora