A Fiel

20

LN

Mulher folgada é foda. A mina acha que pode vim no meu morro, entrar na boca e bater na minha cara na frente dos trafica tudo. Ela tá achando que é quem? A abençoada por Deus ? Ainda vem pra defender a amiguinha, vai entender. Nem com a outra eu tenho contato mais e vê se eu to caçando mais desgraça pra minha vida! Quando comecei a ficar com a outra lá, nem nome verdadeiro eu dei só pra não sair fofoca, na primeira noite já saquei o interesse da mesma aí vem a outra querendo pagar pro meu lado que eu "iludi" a amiga dela.

No medo ela nem contou pra Larissa, mas pelo que conheço disso aí vai começar a rodear achando que vai fazer chantagem aqui, deixa querer pagar que eu esqueço da onde ela veio e faço ela amanhecer com a boca cheia de formiga! Parece que nem te nada pra fazer, rapaz....Adora cuidar da vida dos outros mas comigo não é assim até porque nunca dei moral.

Tava no maior desembolo com a maluca quando meu rádio apitou. Olhei para o lado e me afastei indo em direção a ele.

LN - Solta a voz!

Guilherme - GT tá aqui atrás da irmã, pode deixar subir ?

LN : Libera. - Disse tranquilo.

Guilherme : Jae!

Olhei para Larissa que encarou assustada e se aproximou.

LN : Vou lá resolver essa parada e já volto. - Ela nega.

Larissa : Vocês vão brigar. - Sussurrou. - Deixa para conversarem amanhã, não é melhor?

LN : E tu acha que eu vou me esconder ? Eu não. Vou bota a cara e vou ver qual que é. - Ela suspira. - Tu não se mete, se alguma coisa acontecer com a minha cria...

Larissa : Vou me meter como? Ala, tá vendo. Você ainda tá chapado, da pra ver pelo seus olhos. - Rir da preocupação da mesma.

LN : Fica suave, logo to aqui. - Caminhei em direção a porta e olhei Larissa que me encarava. Olhei para a mesma e suspirei pensando que aquilo era realmente o certo a fazer. Tirei a chave da fechadura na cautela e já sai fechando a porta com força e trancado a mesma. Nem tirei a chave dali não só me encostei na porta ouvindo os gritos da mesma me mandando abrir. Já sai descendo as escadas e assim que eu olhei na sala Carol não estava mais ali, encarei Lucão que virou a cara e voltou a conversar com Rafaela que me olhava assustada. Nem dei moral, já sai de casa e peguei minha moto que tava na rua e já desci no grau.

Avistei Gt conversando com alguém que estava dentro do carro dele e ali já vi que era a safada. Léo me olhou e balançou a cabeça rindo sabendo que eu não ia abaixar.

Gt : Tu tá louco? Olha o que tu fez com a minha irmã. - Começou assim que eu desci da moto.

LN : Se não quer ver ela morta manda ela respeita a cara dos outros. - Ele pega a arma da cintura e aponta pra mim. Arqueio a sobrancelha e dou um sorriso. - Tá achando que é quem ?

Gt : Não me testa, LN. Tu não sabe com quem tá mexendo. - Vejo meus homens que estavam presentes todos apontarem a arma para o mesmo.

LN : Abaixa. - Disse para os meus homens que rapidamente obedeceram.

Gt : Agora tu arrumou guerra!

LN : Tu que sabe, se quiser atirar o problema é teu. To na sua mira é só apertar o gatilho. - Digo abrindo os braços.

Gt : Desgraçado. - Disse jogando a arma no chão e vindo pra cima de mim. E antes que eu reagisse o mesmo me acertou com um na barriga. - Isso é pela minha Irmã. - Disse dando mais socos no mesmo local, o mesmo me jogou no chão e veio pra cima me dando alguns no rosto enquanto eu não reagia. - Não vai brigar desgraçado? Eu vou te matar. - Comecei a rir deixando o mesmo mais nervoso.

Mt ; Para aí, Gt. Tu vai matar o cara. - Disse tentando separar. Eu nem reagi só pra ver o nível de ódio do cara. Foi quando ouvi a voz de Larissa gritando, eu só vi o vulto aproximando e Gt empurrando com toda força. - Porra, Gt tu machucou a mina.

Foi um bagulho doido quando eu ouvi mt falando eu já consegui passar Gt pra baixo e começar a socar o mesmo, enquanto ele tentava ficar na defensiva, Senti meu corpo ficando lento e logo percebi que era o efeito das drogas, Peguei minha arma da cintura e segurei o cano enquanto batia no mesmo com o cabo. Senti mãos me puxando para trás enquanto eu relutava, Gt só estava de olhos abertos enquanto respirava com dificuldades.

LN : Se tu quer guerra, tu conseguiu seu merda! - Digo tentando voltar pra cima do mesmo.

Larissa : JÁ CHEGA! - Gritou chamando minha atenção.

Guilherme: Tua mulher não pode ficar nervosa, LN. Fica tranquilo cara.

Vi Carol saindo do carro com dificuldades e indo até ele.

Léo : Os dois irmãos quebrados. - Olhei para o mesmo sério e Bufei.

LN : Tu vai caçar teu rumo, tu tá achando que que aqui é o que ? Circo ?

Léo : Vem descontar a raiva em mim não! Fiz nada.

LN : Pica o pé, que eu já to sem paciência. - O mesmo rir e vai em direção a moto saindo dali aparecendo.

Passei a mão no rosto sentindo meu nariz arder, e eu não era assim. Na verdade nem usava muita droga só vendia, to virando um baita de um viciado e teria que parar com isso. Não era certo um dono de morro acabar na merda ou morrer de overdose.

Lucão: Vem, Gt. Vou levar tu lá. - Disse ajudando o mesmo a se levantar do chão. - Aí, Guilherme leva o carro dele.

Guilherme : Vai ajudar ele depois de tudo?

Lucão : Se liga! To evitando a merda. É foda ver quem chamava um ao outro de irmão nessa putaria. - Disse olhando pra mim. Virei o rosto e encarei Larissa que tomava um copo de água da vizinha enquanto Mt conversava com ela. Me afastei dos caras e me sentei no meio-fio levantando a cabeça e vendo Carol me encarar com ódio entrando no carro. Revirei os olhos e logo chamei o Mt.

LN : Cadê a minha coroa ?

Mt : Ficou em casa, pedi pros vapores não deixá-la sair.

LN : Fez certo. O fornecedor das drogas ainda tá com o lance ? - Ele assente. - Então confirma, porque o bagulho é do bom!

Mt : Tem certeza? Isso só fez tu ficar mais agressivo. - Olho para Gt de olhos fechados no carro e confirmo.

LN : Mas é assim que é bom!