A Fiel

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LN

Tava voltando cheio das sacolas, namoral. Tava parecendo um burro de carga. Sem contar que os moleques não tem fundo ainda fizeram eu comprar uma porção.

Fernandinho : Você é legal!

LN : To ligado! E se eu tivesse negado esses bagulho tudo?

Lorena : Aí você seria chato. - Disse dando um sorriso.

LN : Bando de mini mercenario. - Olhei para frente e de longe avistei aquele primo da Larissa. Antes de falar qualquer coisa o moleque já saiu correndo junto com Lorena em direção a ele.

Ele deu até um sorriso, mas quando ele me viu logo fechou a cara. Esse maluco não me desce, essa é de lei. Esperei os meninos com as sacolas e logo vi ele se aproximando.

Leandro : Aí, se tu quiser eu levo as sacolas. Eu to de carro. - Nem respondi apenas entreguei. - Tu quer ir lá?

LN : Não, to suave. Só manda a Larissa me mandar o papo se ela realmente for sair.

Leandro : Pode crê! - Disse se afastando com as crianças. Acenei pra eles enquanto praticamente berravam me dando tchau.

Já comecei a caçar meu rumo, fui subindo quando vi uma bagunça na praça. Já passei direto mó bagunça essa porra.

Emilly :LN. - Quando virei para trás já passei a visão em tudo. Quando eu vi que era na covardia já voltei que nem um bicho, já cheguei foi empurrando.

Na hora que eu vi que a mina tava planejando corta o meu cabelo, há moleque já tava disposto era matar aquelas fuleiras lá tudo.

LN : Que qui tá pegando aqui? Bora soltar ela, fia. - Disse tomando a tesoura da mão da outra lá.

XXX : Ai, não se mete. - Disse a garota que estava com a tesoura na mão.

LN : Se tu quer um corte novo, não levanta a voz pra mim. Tá achando que tu é quem? Abaixa a asa. - Logo ela continuou a piar e nada no desembolso.

Larissa me olhou surpresa e eu logo perdi a paciência com as malucas. Já tirei foi a arma da cintura, destravei a mesma e na hora apontei na testa dela. A bicha já arregalou os olhos e começou a chorar. Quando ia atirar Larissa apareceu do nada abaixando a arma.

Larissa : Não faz isso! - Disse me olhando nos olhos. - Daniella, vai embora.

Daniella : Vai proteger essa puta mesmo? - Arqueio a sobrancelha. - Eu só vim fazer o que é atividade aqui! Sentar pro marido dos outros Larissa é talaricagem.

Larissa : Eu não quero o Baiano, Daniella. Vê se entende! - Gritou nervosa. Ela até tentou ir pra cima da menina mas eu logo a segurei.

Daniella : Tava fazendo o que no beco com ele ?

LN : Ihh, já chega. Não quero minha filha vendo essa putaria não. Aí, Larissa. Bora que a Lorena tá te esperando. - A menina me olha sem entender mas logo da um sorriso debochado.

Baiano : BORA, CIRCULANDO. - O povo tudo começou a sair e logo a tal de Daniella passou perto do Baiano e logo ele puxou a mesma e disse algo que rapidinho o bicho quieto. Antes que ele começasse a encher a porra do saco já sai puxando Larissa.

Larissa : Me solta! A briga já acabou.

LN : Deveria ter deixado ela fazer um João bacana no teu cabelo. Enche a paciência não. - Ela bufa ficando calada.

Larissa : Tá me levando pra onde ?

LN : Pro barraco que eu to ficando. - Ela nem fala mais nada. Já cheguei lá e soltei o braço da mesma.- Cola, aí. - Disse indo pro quarto. Ela já entrou olhando tudo e logo se sentou na cama. - Toma um banho, tu tá acabada.

Larissa : É melhor eu só lavar o rosto.

LN : Tu que sabe, não vou render. - Ela Suspirou e se levantou caminhando até o banheiro.

LN : Aí, tu sabe que a fielzinha lá não vai deixar barato, né. - Gritei quando ouvi ela trancando a porta.

Larissa : Eu sei.

LN : E tu pretende o que ? Orar na cabeça dela ? - Disse rindo. - Tu continua a mesma coisa, sempre evitando briga.

Larissa : Não sou obrigada a baixar no nível desse povo.

LN : Tu não baixa porque apanha, fia. Se não fosse por mim tu ia parecer a Joelma sem cabelo.

Larissa : Cuida da sua vida! - Ouvi o chuveiro sendo ligado e eu deitei na cama pegando o celular. Liguei pro mt que tinha me mandando a mensagem sobre o bagulho que tava rolando com ela.

LN - Solta o verbo. Tá pegando o que?

Mt - Preciso ir embora, pesou lá em casa. Mas antes eu queria ver a Larissa. Tá ligado?

LN - Tem como tu segurar aqui até domingo não? Peço alguém pra agilizar lá na tua casa. Mas se não quiser tu vai!

Mt : Vou olhar aqui! Qualquer coisa passo a visão pro Lucão.

LN : Pode crê! Depois tu cola aqui. A maluca tá aqui.

Mt : É isso mesmo? - Gargalhou. - Usem...- Desliguei antes que ele falasse merda.

Desliguei o celular e logo me virei vendo Larissa saindo de toalha. A mesma me olhou e deu um sorriso fraco.

Larissa : Para, eu não gosto que fiquem me olhando assim. - A mina não tinha mudado nada, meu. Só Tava mais gostosa.

LN : Com vergonha? Já te vi de todo jeito. Fia. - Digo me sentando e encarando a mesma.

Larissa : Da pra virar? - Bufo.

LN : Aí, fia. Eu não to necessitado de sexo não. Tá achando que eu sou um cachorro no sio?

Larissa : Vai saber. - Bufei me levantando. Ouvi alguém bater na porta e já sai fechando a porta. Quando abri logo dei de cara com o Baiano.

Baiano : Cadê a Larissa ? - Disse tentando entrar mas eu garrei o mesmo na porta.

LN : Trocando de roupa. - Digo cruzando os braços.

Baiano : Quero tu fora do meu morro. Todo mundo aqui sabe das regras e uma delas é a mina. - Dei um empurrão no mesmo.

LN : Tá me achando com cara de que ? Quem tá errado na história é tu. Antes de acolher alguém na tua favela tu tem que saber o passado. Eu não sei aqui, mas lá no rio vagabundo vacilão morre cedo. Eu te respeito porque tu tá na sua favela, mas não faça passar por cima do meu orgulho. - Ele nem rendeu já vi que nem tem disposição.

Baiano : Meu papo não é contigo e tu sabe disso. E eu vou cortar tua asa da melhor forma e tu sabe bem. - Ele diz mostrando a arma.

LN : Jae, é só tu marcar. Mas peita de frente porque de costas é covardia. - Ele rir entrando no carro.

Fechei a porta e quando me virei dei de cara com Larissa.

Larissa : Lorenzo, sobre o Baiano...

LN : Aí, eu não tenho nada a ver com isso não. Se tu senta ou deixou de sentar pra ele é problema teu. Eu não vou ficar aqui levando desaforo de nego comédia por tua causa. - Digo subindo pro quarto.