Wenderson
Daniel : Toca, Wenderson. - Gritou.
Olhei para o mesmo e logo toquei. Daniel encheu o pé e chutou pro gol. Dei um sorriso enorme vendo como ele foi todo. Corri até Daniel e o abracei comemorando a vitória de mais uma rodada.
Daniel : Vamos jogar juntos no mesmo time.
Wenderson : É isso aí. - Disse fazendo um toque com o mesmo.
Daniel : Já disse pro seu pai sobre a escolinha? - Neguei.
Wenderson : Ele diz que não quer um filho jogador. Ele diz que...Deixa pra lá. Bora jogar mais uma. - Disse fazendo o mesmo assentir. Avistei minha mãe subindo e logo pedi pra esperarem, corri até ela e já abracei ela de lado.
Daniella : Ta fazendo o que na rua uma hora dessas ? Tá tarde, Wenderson. - Suspirei.
Wenderson: Eu não quero ficar naquela festa, tá chato demais. - Ela rir. A mesma beijou minha testa e me olhou.
Daniella : Eu já conseguir tudo! Nós vamos sair daqui mais tarde e vamos pra longe. E você vai conseguir ser o jogador que você tanto sonha.
Wenderson: E o Daniel? Ele é o melhor amigo.
Daniella : Meu amor, quando a amizade é verdadeira não importa a distância. Vocês sempre irão se ver.
Wenderson : Eu posso contar pra ele ? - Ela nega.
Daniella : Por enquanto não. Agora da tchau ele que nós vamos dormir na sua vó.
Wenderson: Não vai na festa? - Ela nega. - Então deixa eu dormir na casa do Daniel. Só hoje. - Ela suspira.
Daniella : Tudo bem! Mas quero você dormindo em. - Assenti. Beijei seu rosto e voltei pra quadra.
Wenderson : Espera ela subir que nós voltamos.
Daniel : Ela vai xingar, Wenderson.
Wenderson : Ela nem vai saber! - Puxei Daniel e fomos andando sem olhar para trás, depois um tempo olhei e vi que minha mãe não estava mais lá foi quando já voltamos a jogar.
Daniel : Bora chamar o Fernandinho e sua namorada. - Bufei.
Wenderson : Não começa não. - Disse empurrando ele. Ouvi um barulho e logo saímos correndo da quadra foi quando vi a onde meu pai ficava pegando fogo. Os soldados começaram a correr e eu fiquei sem entender.
Daniel : Bora, Wenderson. É melhor a gente ir pro barraco. - Assenti. Corremos pra casa dele e já fomos pro quarto. Me aproximei da janela e vi aquela fumaça negra se espalhando por todo local.
Wenderson : Seu pai ou sua mãe sabe que a gente tava lá na quadra?
Daniel : Meu pai deve tá trabalhando. O buzão demora, já minha mãe deve tá dormindo. - Ele se aproxima. - O que tu acha que rolou ali?
Wenderson : Eu não sei. Acho que vou na minha mãe.
Daniel : Melhor não, Wenderson. - Olhei pra ele e suspirei. - Tá tarde e ainda tá rolando isso. Vai tomar banho cara.
Wenderson : Beleza! - O mesmo foi deitar e eu fiquei observando até o dia amanhecer. Já tava quase caindo de sono, foi quando finalmente conseguiram acabar com o fogo. Olhei para Daniel e suspirei. Sai do quarto e desci as escadas e sai andando. Fui em direção a casa da minha vó, mas minha mãe não estava lá.
Nunes : Tá fazendo o que na rua agora ? Teu pai vai endoidar. - Disse parando com a moto perto de mim.
Wenderson: To procurando minha mãe. Tu viu ela? - Ele nega.
Nunes : Deve tá na sua casa, ué. Sobe aí que eu te levo. - Assenti. Subi com a ajuda do mesmo e logo ele arrastou lá pra casa. - Aí, moleque. Não sai de casa não. - Disse enquanto eu descia da moto.
Wenderson: O que tá rolando?
Nunes : Botaram fogo na boca! Mas todo mundo já tá ligado quem foi. Se tu ver teu pai tu se afasta dele. O cara tão um cão. Qualquer coisa manda a ideia que eu venho te buscar. - Disse me entregando um rádio.
Wenderson: Beleza. - Disse tocando em sua mão. Entrei na casa e já vi tudo bagunçado por causa da festa. Caminhei olhando em todos os lugares até que parei ao lado da porta do quarto onde eles dormiam.
Abri a porta na cautela e de lá vi alguém caído no chão, enquanto meu pai estava sentado e mantinha as mãos na cabeça. Caminhei em desespero até a pessoa e assim que eu a puxei já entrei em desespero.
Wenderson: Mãe, acorda. - Disse a sacudindo. Olhei para o seu rosto onde vi marcas roxas é uma poça de sangue tomou conta do meu campo de visão. Coloquei a sua cabeça em meu colo e dei tapas em seu rosto mas ela estava tão fria. - Mãe....- Disse chorando.
Baiano : Ela ia te tirar de mim. Eu não tive escolha. - Só tinha olhos para a minha mãe naquele momento. - Não seja fraco, Wenderson. Eu vou te ensinar tudo que eu sei.
Wenderson : Eu não quero ser igual a você. - Funguei. - Eu quero a minha mãe.
Baiano : Mas tu vai ser, querendo ou não. - Disse jogando alguma coisa contra a parede. Olhei para o lado vendo a arma em cima da cama.
Wenderson: Me desculpa. Isso é culpa minha. - Sussurrei acariciando seus cabelos. Tirei sua cabeça do meu colo e me levantei caminhando até a arma.
Baiano : Eu a amava! - Disse enquanto cobria seu rosto. Peguei a arma e apontei para ele no momento que eu a destravei ele olhou para trás.
Wenderson : Quem ama não faz isso. - Gritei.
Baiano : Tu vai fazer isso? Tu vai matar teu pai. Então mata, moleque. Assim eu vou ter a certeza que tu é o que eu quero. Minha mão tremeu e meu coração parecia que ia saltar da minha boca.
Wenderson : Eu não sou igual a você. - Digo jogando a arma de lado. Me sentei no chão e fitei minha mãe caída ali. Ouvi seus passos se aproximando e eu logo me encolhi no canto da parede.
Baiano : Mas vai ser. - Disse pegando a arma e saindo do quarto. Eu era um fraco, eu não conseguir defendê-la. Minha mãe estava morta e eu não fiz nada.
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A Fiel
Teen Fiction+18| É como a bíblia diz né, o inimigo não vai te trazer lixo, ele vem com o luxo, mas se você abraçar o luxo, ele te joga no lixo. Portanto é assim, não confiando em qualquer palavra, nem em qualquer sorriso e muito menos em qualquer abraço. O que...