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LN

Olhei pra Larissa e logo a mesma Bufou. peguei a vodka sério e já abri virando no gole de uma vez pra nem perder a paciência.

Larissa : Vai começar a beber agora pra gente conversar?

LN : Melhor né. Porque aí amanhã já nem lembro mais desse k.o todo.

Larissa : Quando ia me falar?

LN : Do que tu tá falando? - paguei de bobo.

Larissa : To vendo que nunca, né. Qual é o seu problema?

LN : Tá falando de que? Tá doida?

Larissa : Juan soltou sem querer, Lorenzo. Eu queria esse voto de confiança pra...- Já mandei a letra sem paciência.

LN : Pra que? Pra me mostrar que tu consegue fazer teus bagulhos sozinha? Eu to ligado, Larissa. Eu sei disso, eu só quis ajudar, pô. E fez alguma diferença?

Larissa : Eu queria conseguir sozinha....Você não entende.

LN : Que marra do caralho. Eu sei que tu era capaz, mas se eu não fizesse isso tu ia tá sem emprego até agora. Eu não fiz por mal não, pô. - Ela suspira. - Se tu não quiser tu sai da merda daquele lugar. Nem vou me meter mais não.

Larissa : Eu queria mesmo! Mas você ainda não percebeu que eu sou capaz. Porque se não nem tinha se metido!

LN : E por que tu tá querendo chorar? Nem Gritei contigo. - Disse vendo a segurando o choro. - Tá se estressando atoa, ala.

Larissa : Eu não sei. - Disse limpando as lágrimas. Ela fechou os olhos e deu alguns passos para trás. Coloquei a vodka no balcão e tentei me aproximar mas a mesma se afastou. - Deve ser a minha tpm. Deve tá chegando.

Lorena : Mãe ? - Disse fazendo a mesma virar o rosto. - Por que você tá chorando?

Larissa : Nada meu amor. - Lorena olhou pra mim com a cara fechada e se aproximou. - Você sabe ?

LN : Tua coroa não bate bem da cabeça. - Digo me sentando. Puxei a mesma pro meu colo e suspirei. - O que tu tá aprontando?

Lorena : Eu tava olhando o barrigão da tia Emilly. - Logo parou de falar.

Ln : Qual foi?

Lorena : Como eu nasci? - Perguntou me encarando com aqueles olhos negros enormes.

LN : Éé...- Cocei a cabeça. - Ô Larissa! - Chamei ela. . - Me ajuda aqui!

Larissa : Ela perguntou pra você.

Olhei para Lorena e dei um sorriso forçado.

LN : Bora brincar? Papai manda um dos moleques se vestir de boneca. Bora lá. - Digo tentando mudar de assunto.

Lorena : Não...eu quero saber.

Larissa : Lorena, vamos! - Ela bufou saindo do meu colo e indo em direção a mãe.

Valeria: Alguém viu o Fernandinho? Helena está procurando ele.

Larissa : Já tem um tempo. - Voltei a beber minha vodka fazendo Larissa me fuzilar clm os olhos.

LN : Lorena. Cadê teu primo?

Lorena : Sei não, ué. - Disse me fazendo encara-la. - Ele saiu com o Carlos.

LN : Daqui a pouco ele deve tá aqui! É bom que eu já bato o lero com o Carlos. Hoje esse moleque não escapa.

Larissa : Só tome cuidado com o que vai falar.

LN : Só vou mandar ele afastar do moleque e procurar a turma dele. Fernando não tem idade pra ficar seguindo esses moleques não.

Larissa : Conversamos depois pode ser? - Assenti. Ela pegou a mão de Lorena e saiu. Peguei um copo e voltei pra mesa vendo Valeria se sentando em minha frente.

LN : Qual foi?

Valeria : Temos que conversar. - Na hora que ela ia continuar meu rádio tocou. Até tentei ignorar pra ela soltar a letra logo mas nem parava não.

LN : Qual foi? Já disse pra fazer isso quando o bagulho for sério.

XXX : Aí, patrão. Aquele moleque lá tá na Maré.

LN : Quem doido?

XXX : Aquele menino que anda com a tua cria pra cima e pra baixo. Já avisei ele a um tempo, mas ele tá de volta. - Me levantei rapidamente.

LN : Manda essa porra vazar daí, mas manda na cautela.

XXX : Aí, patrão. Já mandei, não é a primeira vez que ele tá colando aqui. Vou tentar tirar ele daqui.

LN : E por que tu não me disse porra? Tu que vai se foder, isso vai custar caro pra tu. - Disse desligando o rádio.

Sai na pressa de lá fazendo todo mundo me olhar. Assim que tirei a chave do bolso avistei Léo. Nem dei ideia já entrei no carro e logo a porta do passageiro foi aberta. Ele entrou e já fechou a porta. Já acelerei e quando tava chegando na barreira já buzinei fazendo os moleques saírem da frente.

Léo : Tá atrás de quem?

LN : Fernando. Ele tá na Maré - Ele ficou calado. O rádio do mesmo apitou e eu só segui calado enquanto ele dava ideia aos meninos. - Não precisa de ninguém vim não.

Léo : Aí, o índio disse que nem precisa colar lá na porta não. Ele pegou o Fernando. - Assenti. Quando chegamos no local combinado vi Fernando chorando com a roupa toda suja de sangue. Já desci do carro e antes de encostar nele Léo me segurou. - Calma, LN. Tu não vai fazer merda.

LN : Eu não vou fazer nada porra. - Disse olhando para Fernandinho que chorava.

Índio : Acho que ele já aprendeu a lição. Namoral e foi da pior forma. - Fiquei sem entender. Nem quis render não, catei Fernando pelo braço e já logo o puxei.

LN : Que sangue é esse ? Cadê o Carlos? - Foi só falar o nome que o moleque chorou mais ainda. - Fala porra. Cadê aquele filha da puta? - Fernando tentava falar mas nem saia nada não. Olhei pro soldado e logo ele bancou a cabeça. - Qual foi?

Índio : Mataram o moleque com três tiros na cabeça. Teve boi não. - Disse me olhando.

LN : Se não caísse na maré ia cair na rocinha. E lá já ia direto pro microondas. - Tirei a arma da cintura e já apertei atirando no pé do mesmo que se jogou no chão gemendo de dor. - A próxima vez que tu me esconder alguma coisa é na cabeça. - Disse vendo Léo ajudando ele a se levantar.

Olhei para Fernandinho que parecia mais desesperado ainda. Ele segurou forte o meu braço. O moleque tava chorando tanto que até soluçava.

LN : Chora mesmo. Porque agora quem vai ter que tomar conta de tu é teu pai.

A FielOnde histórias criam vida. Descubra agora