Helena
Passei as mãos no rosto e respirei fundo, Larissa tinha saído às pressas sem da explicações e eu estava totalmente preocupada.
Lorena : Tia? Cadê a minha mãe ? - Olhei para a mesma e dei um sorriso.
Helena : Sua mãe foi ali rapidão, ela já tá voltando. Agora vai pra cama! - Ela me olhou e revirou os olhos. - Lorena, eu vou te afogar no vazo.
Loren : Credo, tia. - Disse correndo para o quarto.
Fiquei mais um tempo esperando até que bateram na porta. Caminhei em passos rápidos até ela e assim que abri dei de cara com dois homens. Um deles sempre andava com LN. Emilly deveria está aqui, ela ia amar ver essas duas obras de artes bem aqui na minha porta. Ri dos meus próprios pensamentos e quando foquei no homem que eu nunca tinha visto o mesmo me encarava, desviei meu olhar o fixei no outro.
XXX : Helena, certo? - Perguntou ele. Assenti preocupada até porque eles nunca vinham aqui. - Satisfação, eu sou o Guilherme e esse é o Lucão.
Helena : Gente, entra. Fiquem à vontade. - Ele nega.
Guilherme : Tamo de passagem, tu não viu o LN, não ?
Helena : Não, mas a Larissa recebeu uma ligação e saiu praticamente correndo. Acha que pode ter alguma coisa a ver ?
Guilherme : Eu vou procurar. Tu vai ficar aí? - Olhei sem entender.
Lucão : Vou! - Ele faz um toque com o mesmo. E logo o tal de Guilherme me olha e balança a cabeça e sai me deixando sozinha com ele.
Povo deve tá pensando que aqui é a casa da dona Maria. Só pode!
Lucão : Fica suave, minha tia não vai se esquentar a cachola não, meu. - Suspiro aliviada.
Helena : A família de vocês é bem grandinha, em. - Ele rir.
O mesmo caminha até o sofá e se senta.
Lucão : É...Cadê o Leandro? Tem anos que eu não vejo aquele filho da mãe.
Helena : Ele tá trabalhando, daqui a pouco ele tá aí. - Digo dando um sorriso.
Lucão : É Lorena? Né ? - Assinto. - Onde ela tá ? Sou doido pra conhecer a pirralha.
Helena : Tá dormindo. - Me aproximo. - Vem, eu vou te mostrar os dois.
O mesmo me segue e eu logo abro a porta vendo os dois dormindo, fico na porta achando que ele iria entrar mas não, fechei os olhos e me sentir meus pelos arrepiarem da cabeça aos pés com sua respiração em minha nuca.
Lucão : Ela é a cara do LN. Quem é o menino? - Disse próximo ao meu ouvido.
Helena : Meu filho. - Digo me afastando. - Filho do Leandro. - Olho para o mesmo que me olha sem graça.
Lucão : Tu é mulher do Leandro? - Assinto - Foi mal, pensei que tu era alguma amiga da minha prima.
Helena : Mas sou! - Ele rir. Ouço o barulho da porta e logo saio do quarto e quando chego na sala vendo Leandro com uma mochila, caminho até o mesmo e depósito um beijo em seus lábios.
Leandro : As crianças estão dormindo? - Assinto. - Bora pro quarto? Fiquei pensando em tu o tempo todo.
Helena : Temos visita. - Ele me olhou e arqueou a sobrancelha.
Leandro : Quem? Doida?
Lucão: Olha quem ainda não morreu no movimento! - Disse me fazendo afastar de Leandro. Lucão foi até o mesmo e o abraçou forte e eu cruzei os braços.
Larissa
Fui pega de surpresa com o peso do corpo de LN caindo em cima de mim, mas com muito custo conseguir segurar o mesmo. O deitei no chão e sai o puxando para dentro de casa até chegar no sofá.
Larissa : Acorda, Lorenzo. - Disse o colocando com dificuldades deitado. Andei até o quarto de Emilly e peguei um kit que ela sempre falava que Nunes a mandava a ter caso ele viesse ferido pra cá, peguei um pouco de água e voltei pra sala limpando o sangue. Passei algumas horas com ele ali ainda sem da nem um sinal que estava bem, pensei em ligar pra alguém mas estava com tanto medo.
Todas as vezes que Lorenzo fazia graça comigo no passado eu o desejava morto ou espancado mas ao vê-lo assim me arrependi de todas as palavras. Será que tudo eu fiz foi em vão? porque isso não me impediu de ainda amá-lo.
Me ajoelhei em sua frente e passei a mão em seu rosto. Lorenzo estava destruído, seus olhos estavam cada vez mais inchados. Meu nariz ardeu ao ver ele naquele estado, tentei controlar minhas lágrimas mas foi impossível.
Larissa : Aí meu Deus. - Disse tampando o rosto. - Não deixa nada acontecer com ele, justo agora que Lorena conheceu ele. - Digo limpando as lágrimas. Deitei minha cabeça em seu peito com cuidado e fechei os olhos.
LN : Tu ainda continua a mesma coisa, sempre chorando por qualquer coisa. - Disse me fazendo levantar a cabeça.
Larissa : Eu tenho que ligar pra alguém, você está acabado. Pode acabar...- Ele me interrompe.
LN : diabo não me quer lá em baixo..ainda não. - Automaticamente dei um tapa em seu peito esquecendo. - Aí, buceta.
Larissa : Eu esqueci. - Disse vendo o mesmo tentar abrir os olhos. - Você precisa de um médico.
LN : Eu to suave, só não consigo enxergar mas tá de boa. - Disse em pausas. Olhei incrédula pra ele.
Larissa : Super "de boa". - Suspirei. - O que aconteceu ? Você caçou briga com alguém?
LN : Foi na covardia. - Foi a única coisa que ele disse. Eu não iria mais fazer perguntas, não era hora.
Larissa : Eu vou ligar para o Leandro, ele vai ajudar.
LN : Não, Porra. Só fica aqui, caralho.
Larissa : Pra falar palavrão ninguém tá doente, incrível.
Depois de um tempo, ajudei LN a se sentar no sofá e fui procurar algo pra ele tomar. Peguei um copo de água e abrir o pozinho com o remédio dentro do copo já que ele estava com frescura, com muito custo ele tomou, ajudei ele ir pro quarto da Emilly e se deitar na cama.
Larissa : Tá melhor? - Perguntei assim que ajeitei o travesseiro na cama.
LN : Só depois de uma chupadinha. - Disse fazendo um semblante de dor. - Aproveita aí, da uma sentada.
Larissa : Tá aguentando nada, se eu da uma sentada acabo de te matar.
LN : Larissa, Larissa. Tu não me testa. - Disse me fazendo rir.
Larissa : Não vai fazer nada, Né? Você vai embora e esquecer tudo isso. - Ele fica calado. - Lorenzo....
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A Fiel
Teen Fiction+18| É como a bíblia diz né, o inimigo não vai te trazer lixo, ele vem com o luxo, mas se você abraçar o luxo, ele te joga no lixo. Portanto é assim, não confiando em qualquer palavra, nem em qualquer sorriso e muito menos em qualquer abraço. O que...