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7 anos depois

Larissa

Lorena : Não, eu não quero. - Disse me fazendo bufar.

Larissa : Eu juro pra você, Lorena. Que se não tomar esse remédio eu vou te fazer engolir. - Digo sem paciência.

Lorena : Mas mãe, você que tá com cara de doente eu não.

Larissa : Mas todo mundo precisa tomar remédio, Lorena.

Lorena : Mas você disse que eu não sou todo mundo. - Reviro os olhos.

Larissa : Vai tomar ou vou ter que enfiar isso na sua goela ? - Ela arregala os olhos.

Lorena : Primeiro o tio Leandro. - Olho para Leandro que nega rapidamente, o xarope era horrível eu tinha que admitir, mas era o único jeito de fazer a filha de Cristo tomar.

Leandro : De novo não, pelo amor de Deus!

Larissa : Vai Leandro, mostra pra ela como é uma delicia. - Ele bufa. O mesmo toma o xarope da minha mão e toma uma grande quantidade.

Leandro : Olha lá, um avião. - Disse apontando para a porta. Lorena coloca as duas mãos na cintura e arqueia a sobrancelha fico incrédula em como ela pode parecer tanto com aquele embuste.

Lorena : Você não me engana, tio. Pode beber, tem que ficar fortinho! - Leandro suspira engolindo, faço uma careta ao ver o mesmo tossindo. - Toma mais um pouco, ainda não melhorou.

Leandro : Tu para com isso em menina, vou te da uns tapas.

Larissa : Pronto, Lorena. Agora você toma...- Ela nega.

Lorena : Agora o Fernandinho. - Disse apontando para o primo que estava dormindo no sofá.

Larissa : De jeito nenhum. - Ela cruza os braços e me encara com deboche. - Fernandinho já toma remédios, Lore. Deixa de ser implicante.

Lorena : Então a tia Helena.

Helena : Me deixa fora. - Disse se sentando no colo de Leandro.

Larissa : Eu juro que não sei o que faço mais com essa menina.

Lorena : Leva no parquinho, melhor do que remédio.

Larissa : Levo o Fernandinho mas não levo você. já disse pra parar com esse deboche. Eu não sei da onde você tirou isso. - Ela revira os olhos me fazendo fechar os olhos e contar até três. - Vai pro quarto, Lorena. Agora!

Lorena : Eu disse que você estava doente. - Disse saindo da sala jogando o cabelo. A única coisa que tinha puxado de mim.

Helena : Tão nova e tão debochada, Deus me livre.

Larissa : Eu não sei o que fazer...- Digo me sentando e passando a mão no rosto.

Leandro : Eu converso com ela, me da o xarope. - Disse fazendo Helena se levantar de seu colo. Ele caminha até mim pegando o vidro da minha mão e segue em direção ao quarto.

Helena : Esses dias eu peguei ela jogando o sulfato ferroso nas plantas.

Larissa : E por que você não me disse ?

Helena : Você tava trabalhando, chegou cansada. Eu disse que não podia e ela se fez de boba e correu pra rua.

Larissa : Eu to prometendo um coro nessa menina, to te avisando.

Helena : Coro não resolve nada, olha o Fernandinho é um amor.

Larissa : Fernandinho não procura briga com Deus e o mundo, Helena. Com sete anos eu comia terra e não brigava com os outros. - Ela riu.

A FielOnde histórias criam vida. Descubra agora