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Larissa

Me aproximo da calçada e me sento observando o movimento, a comunidade estava como sempre...bastante movimentada. Era incrível como tinham pessoas que ainda estavam se divertindo no meio de tanta violência.

Vejo algumas crianças brincando e dou um sorriso admirando aquilo, como deveria ser mãe ? Qual será a sensação de ver alguém gritando e correndo pela casa chamado "mamãe"

LN : Um dia tu vai ter, morena. Nós vamos ter uma creche inteira. - Disse me tirando dos meus pensamentos.

Larissa : Como sabia que eu estava pensando nisso ?

LN : Eu te conheço, meu. Daqui a pouco To ensinando a jogar bola ou correr de homem. - Disse me fazendo rir.

Larissa : O que tem na mochila ? - Digo quando o mesmo se senta ao meu lado.

LN : Uns bagulhos pra eu experimentar. - Suspiro voltando a minha atenção para as crianças. - Vem, bora jogar bola com os moleques.

Larissa : Eu não sei jogar, Lorenzo. - Disse quando o mesmo se levanta e me puxa.

LN : Tu vai aprender. - Disse sorrindo. Ele tira a mochila das costas e coloca encostada no canto, vejo o mesmo tirar sua arma e colocar dentro da mesma e assim volta segurando a minha mão. - BORA MOLECADA.

Acabei ficando na de fora, me sentei ali e fiquei observando Lorenzo jogando com as crianças, os garotos faziam gols e corriam junto com o Lorenzo comemorando. LN se dava bem com crianças, isso era bem visível.

LN : Tua vez, vai lá. - Nego. - Anda Larissa.

Larissa : Só um pouco.- Digo tirando meus saltos.

(...)

LN : Bora, Larissa..já passou sua vez.

Larissa : Fica na sua, eles me querem jogando. Não é? - O time contra assente.

LN : Claro, Tá só fazendo gol contra. - Disse me fazendo o encarar.

Larissa : Claro que não, ninguém me falou qual era o gol certo.

LN : Aquele ali, Larissa. - Disse apontando para a direção contrária.

Larissa : Olha o gol. - Pego um impulso e chuto a bola com força, mas a mesma não vai em direção do gol e sim da janela de vidro de uma das senhoras insuportáveis do morro.

Antes de ter alguma reação às crianças saíram correndo.

Larissa : Lorenzo? - Digo vendo o mesmo pegando a mochila e colocando nas costas, ele pega meu salto e corre em minha direção me puxando me fazendo correr. - Tá fazendo o que ?

LN : A mulher vai recitar a bíblia. - Disse ainda correndo. Começo a rir e logo perco as forças fazendo o mesmo me encarar sério.

Larissa : Eu não aguento mais correr, sério. - Respiro fundo.

LN : Não acredito que estou voltando pra casa antes das duas.

Larissa : Se o churrasco for importante pra você, a gente vai...

LN : Não, se a gente for vamos brigar por algo e eu to tentando o máximo evitar isso. Que tal a gente fazer a mesma coisa de hoje mais cedo. - Disse parando em minha frente.

Larissa : Não, Lorenzo. Estamos resumidos a isso briga e sexo.

LN : Não é a melhor coisa ? Todas as nossas reconciliações são resumidas na cama.

Larissa : Não, eu quero fazer algo diferente.

LN : Tu quer o que ?

Larissa : Ver um filme, o que acha ?

LN : Tu sabe que eu não tenho paciência com isso, Larissa. Bora pro churrasco então.

Larissa : Podíamos sair para um lugar diferente. Que tal uma praia amanhã ?

LN : Estamos resolvendo sobre hoje. Vamos fazer o seguinte nós vamos pra casa e lá a gente resolve, Pode crê?

Larissa : Tranquilo. Mas vamos à praia ?

LN : Não posso. - Ele solta a minha mão e coça a cabeça. - To livre dos Cú azul, mas dos alemães não.

Larissa : Tudo bem. - Suspiro.

LN : Foi mal, nega. Eu juro que queria fazer um a programação diferente contigo. - Disse passando a mão em meu rosto. - A vida que eu levo é assim, mas tu quiser ir pode.

Larissa : E eu vou sozinha? Eu não tenho amigas. Lorenzo!

LN: Então faça, Mano. Isso não é impossível pra ninguém, é só não confiar.

Larissa : Deixa pra lá, vamos embora. - Não falamos nada até chegar em casa, quando entrei a primeira coisa que fiz foi me jogar no sofá. - Eu To morta.

LN : Vai tomar banho o pé preto, se minha coroa te pegar com esse pé preto no sofá dela tu vai ver.

Larissa : Já To indo. - Digo revirando os olhos. Me levanto e subo as escadas. Assim que entro no banheiro tiro minhas roupas e fico e ligo o chuveiro fecho os olhos e me encosto na parede sentindo as gotas em contato com o meu corpo. Sinto as mãos grandes de LN segurando a minha cintura. - Eu vou dormir quicando. - Disse tentado fazer o mesmo desistir dessa ideia.

LN : Eu tava pensando na mesma coisa. - LN começa a beijar meu pescoço enquanto puxava minha cintura para trás me fazendo encostar em sua ereção. O mesmo leva a mão até a minha intimidade e sobe até meus seios apertando o mesmo. Me viro para o mesmo atacando seus lábios, enquanto levo minha mão até seu membro apertando. - Eu não vou ter delicadeza. - Disse entre sussurros.

Larissa : Eu nunca pedi. - senti roçar em minhas costas aquele pau latejando de tão duro, eu já estava mais do que molhada para recebê-lo dentro mim. Instintivamente, ele me curvou para frente, me fazendo apoiar as mãos na parede do banheiro. Empinei minha bunda e ele né segurou com força pelos quadris e meteu de uma só vez, enfiando na maior brutalidade. Com força e habilidade, ele me puxou para mais perto e começou a bombar gostoso, Cada vez mais rápido, nossas respirações foram acelerando no mesmo ritmo LN deu um gemido rouco e ali percebi que ele chegou ao ápice do prazer. Enquanto jorrava seu líquido quente pra dentro de mim, ele usou os dedos para estimular ainda mais. Foi o suficiente para em segundos me arrancar um delicioso orgasmo. Fico alguns segundos tentando regularizar a minha respiração até que LN tira seu membro de dentro de mim e me vira lascando um beijo daqueles, abraço ao seu corpo sentindo minhas pernas bambas e fecho os olhos.

LN : Ainda tenho esperança de ver um moleque ou uma princesinha me chamando de pai. - Sussurrou enquanto me ensaboava.

Engulo seco e dou um sorriso, fiquei mais um pouco no banheiro e sair primeiro enquanto LN acabava de tomar banho. Vesti uma blusa do mesmo e uma calcinha, enrolei a toalha no cabelo e fui até a cômoda pegando o anticoncepcional, tiro um comprimido da cartela e escondo a mesma.

Era meu sonho e o sonho dele também, mas eu não poderia apostar todas as minhas fichas nele, eu teria que ver se ele realmente mudou.

Desço as escadas e vou até a cozinha e pego um copo de água. Coloco o comprido na boca e logo em seguida viro o copo de água.

Carmem : Ele sabe disso? - Perguntou me dando um susto.

Larissa : Não, e nem pode sonhar. - Ela assente. - Eu não posso apostar todas as minhas fichas assim e quebrar a cara novamente.

Carmem : Espero que continue pensando assim. - Dou um sorriso sem mostrar os dentes.

A FielOnde histórias criam vida. Descubra agora