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FELIPPO PONTES
Fico a observando até não conseguir resistir ao seu rosto angelical, e passo meus dedos acariciando seus cabelos e rosto. Ela fica da mesma maneira que estava, e eu percebendo que poderia acordar a qualquer momento e ficar brava com minha atitude ou que não iria conseguir resistir a seus encantos mesmo dormindo, desligo a tv, e me retiro indo até a cozinha com o mesmo propósito de beber um copo de água que estava, e depois subo novamente.

No dia seguinte:
Acordo com um cheirinho de café fresco delicioso, e quando percebo já havia amanhecido. Para minha surpresa era Felippo que estava fazendo aquele café que eu com certeza iria atacar, e pelo fato de eu ter passado a noite no sofá da sala. (sorrio ao perceber isso)

— Bom dia!
— Bom dia, nossa que cheirinho bom. (sorrio)
— Me viro como sei.
— Estava tão cansada, que acabei passando à noite aqui no sofá mesmo.
— Eu percebi. 
— Vou subir e já volto!

Subo pro quarto de hóspedes e jogo uma água no rosto terminando de despertar. Desço em seguida para tomarmos café e ao terminar vamos para o hospital buscar Sofia.

— Oi irmã! Como você está?!

— Bem na medida do possível.

— Tenho uma boa notícia pra você.

— Pelo menos uma, em tanta desgraça que está acontecendo na minha vida.

— Aí credo, não fala assim Sofia! Bom, o médico acabou de dizer pra gente que você já pode ir para casa.

— Ainda bem, odeio hospitais! A comida tem gosto de nada, essas enfermeiras despreparadas e um lugar cheio de bactérias.

— Vem, eu te ajudo a se arrumar!

— Onde está meu marido?

— Ele ficou conversando com o médico, e disse que já vem.

Ajudo ela que estava com um pouco de dificuldades a ir se trocar, estava ansiosa para poder sair dali logo. Mas eu não a julgo, também odeio hospitais.  Alguns minutos depois alguém bate na porta, e eram meus pais.

— Filha? Como você está?!

— Eu já estou bem papai. Não precisa se preocupar.

— Me perdoe por não ter estado ao seu lado nesse momento. Acabei ficando preso no aeroporto depois de uma reunião importantíssima.

— Está tudo bem eu já disse papai.

— Eu quero que você saiba que pode contar com o papai pro que precisar ok?! Eu sinto muito pelo que aconteceu, mas você é uma mulher guerreira e vai conseguir.

— A culpa é toda sua! (me puxa pelo braço com brutalidade para o lado de fora do quarto)

— O que eu fiz dessa vez?!

— A culpa é toda sua por sua irmã ter perdido o bebê. Não deveria, em hipótese alguma, ter deixado ela sozinha em casa. Você é idiota ou o que?! Tinha plena consciência de que a gravidez era de riscos, que não poderia deixar a Sofia um só segundo sozinha e você fez o que??...

O QUE? COMO ASSIM? Espera aí dona Sara, não precisa vir destilar esse seu ódio encima de mim não, ainda mais por uma coisa que você não sabe como ocorreu. Uma das pessoas que mais deveria estar ao lado da Sofia na hora que ela mais precisava era você, a mãe dela. E aonde é mesmo que você estava? No shopping, ou em qualquer outro lugar que não fosse ao lado de suas filhas. E agora quer vir pagar de boa mãe e jogar toda a culpa das desgraças pessoais da Sofia encima de mim? Muito pelo contrário do que você pensa, se não fosse por mim chegar lá às pressas assim que ela me ligou, teria acontecido alguma coisa mais séria com ela. Então para a sua informação quem salvou a vida da Sofia parcialmente foi eu.

— Você é uma irresponsável.
(ela fala essa última frase e entra novamente pro quarto bufando)

Senti uma náusea e vontade de chorar enorme depois que ela saiu, mas me contive. A presença e ações da minha própria mãe estavam conseguindo me fazer e deixar mal. Como pode ser uma mulher tão fria, má, e arrogante?! Já desisti de entender o porque ela não gosta de mim, mas essa sua "perseguição", esse ódio, contra mim está começando a fugir do seu controle. Lhe deixando cega.

FELIPPO PONTES;
Estava voltando para o quarto onde Sofia estava quando vejo Clara e Sara conversando em tons mais elevados. E minha sogra aparentemente segurando o braço da doce Clara com violência. Decidi ficar observando de longe aquilo, e ver no que iria sair dali. Não concordo com a maneira que a Sara trata a Clara. As duas parecem cão e gato, quer dizer, a desenrolar das duas mais parecem Gato e Rato. A Sara usa de todas as maneiras possíveis para humilhar a filha, dá a entender que odeia a filha, tem nela a maior e pior inimiga. E aquilo era assustador.
Vejo que ela se senta em uma cadeira depois que minha sogra entra novamente para, e eu vou até ela.

— Está tudo bem?!

— Sim! (limpo meu rosto rápido)

— Acabei de presenciar o que sua mãe acabou de fazer com você. Não consigo entendo porque ela tem essas atitudes tão cruéis.

— Se você não consegue, imagina eu, que cresci imaginando o motivo dela me odiar tanto.

— Não liga para isso, ela não sabe o que está perdendo em ter o previlégio de te amar. Você é uma mulher incrível, doce, simpática e se ela não te ama existem varias outras pessoas que podem suprir esse amor.

Acabo abraçando ele no impulso, que totalmente carinhoso também me abraça forte de alguma forma me acalmando.

——

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O MARIDO DA MINHA IRMÃOnde histórias criam vida. Descubra agora