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— Não é nada filha! Que bom te ver. (diz mada evidentemente nervosa, se embaralhando com as palavras)

— Então porque ficaram tão espantados ao me ver, do que estavam falando que eu não posso saber.

— Madalena já disse que não é nada, então não é nada filha.. Bom, você já estava de saída não é mesmo Madá??

— Sim...Sim, preciso ir embora porque.. a dona Sara está a minha espera.

(fico em silêncio apenas olhando seu nervosismo e a tentativa de fugir daquela situação)

— Depois conversamos Madá!

Ela me dá um beijo e vai embora.

— Fico muito feliz em saber que você já está bem filha. (desvia o assunto)

— Estou sim papai, na medida do possível, aos poucos estou retornando com minha rotina de antes.

— E o que houve?? Você não é aquele tipo de filha zelosa que vem visitar o pai no trabalho simplesmente porque sentiu saudades.

— Você sabe muito bem que eu não gosto de vir aqui para evitar de encontrar com a mamãe. E agora então que ela deve estar querendo me comer viva por causa da Sofia.

— Realmente a sua mãe não está conseguindo digerir bem essa história da Sofia estar presa e por sua culpa, mas acho bem difícil ela se preocupar com você no momento.

— Bem... vamos deixar a mamãe de lado, eu vim aqui para conversar com você outro assunto.

— Diga-me! (se senta na cadeira)

— Queria que me ajudasse e me aconselha-se sobre as papeladas do divórcio.

•••

Os dias foram se passando rápidos e normalmente, sem nenhum tipo de emoções fora do esperado, e os trâmites para o divórcio já haviam chegado a fase final. Amanhã seria o dia da audiência marcada com Miguel e seu advogado para na frente do juiz finalmente assinarmos esse papel e cada um seguir com suas vidas.

Segui para casa depois de um dia exaustivo no trabalho e tudo que eu desejava no momento era um banho e minha cama para descansar, mas infelizmente eu não poderia ter essas lindas e deliciosas regalias no momento, pois tinha que ir me arrumar para ir pra faculdade.

Termino de me arrumar rápido e saio novamente. Dessa vez indo pra faculdade.

Felippo Pontes | Detenção
Resolvi eu mesmo, pessoalmente, trazer esses papéis do meu divórcio para a Sofia também assiná-lós e assim poder me ver livre dessa nova e delinquente mulher que ela se tornou. Passo por todos os procedimentos de revista, e algum tempo depois finalmente fui levado para uma sala e fiquei a aguardando.

— Olha, devo confessar que não esperava você, meu querido marido, ex, ma... aí eu sempre erro, nunca sei como classificá-lo agora... (sorri debochada) ... Estou ansiosa, esperando a visitinha da minha tão amada santa Clara.

— Será que poderíamos conversar?

—Claaaaro... sobre o que vamos tricotar, veio me contar como estão indo as coisas na minha ausência ou veio ver com os próprios olhos onde eu vim parar... por amor.

— Amor não, isso que você diz que sente por mim pode ser classificado de qualquer outra coisa loucura, doença, transtornos, obsessão, ressentimento, raiva, ciúmes, paranóias, dor, enfim, menos de amor.

— Você é o menos indicado para dizer isso, se eu não sei o que é amar, você também não, afinal na primeira oportunidade, pegou todo amor que dizia sentir por mim e jogou no lixo indo me trair com a primeira vagabunda que entrou no seu caminho, e que por uma infeliz coincidência, essa vagabunda é a minha irmã. Você não sabe o tamanho da dor que é descobrir que foi traída, que a pessoa com quem você dividia a mesma cama, teve a coragem de dormir, desejar, transar com outra mulher, e a dor só fez aumentar e se tornar um sensação insuportável, quando eu descobri que a amante por uma noite até então era a minha própria irmã, aquela que eu coloquei dentro da minha casa quando a mamãe a expulsou com aquele filho que nem dela era.

— Quando isso aconteceu e a gente acabou ficando eu e você não estávamos juntos, havíamos dado um tempo no nosso casamento que já não andava tão bem assim por causa das nossas brigas diárias, se lembra?! E ela também, não estava com o Miguel, eles haviam dado um tempo no então noivado. Não houve traição, estávamos ambos separados.

— Você é um desgraçado! Como tem coragem de vir aqui me dizer isso...

— Não quero relembrar coisas do passado, já foi, aconteceu, não tem volta. A única coisa que eu quero de você é que assine esses papéis e que o nosso divórcio saia o mais rápido possível.

— Perdeu o seu tempo, não vou assinar papéis nenhum, e não vou dar o divórcio pra você ser feliz com a vagabunda da Clara!

— PARA... de ofendê-la assim!

— Me diz a real Felippo, o que aquela desgraçada tem que eu não tenho!

— Uma pergunta meio óbvia você não acha Sofia?! Na Clara eu finalmente consegui encontrar o que a tanto tempo acreditei que você me proporcionava. Mas tudo não passou de um jogo. Ela sim conseguiu me proporcionar o que você não foi capaz ao longo desses quatro anos de casamento, e eu não estou falando de filhos, e sim de um amor verdadeiro, puro e sincero, não são como esses "eu te amo" jogados da boca pra fora como qualquer outra palavra. E pode parar, a gente não tem mais nenhuma chance de voltar a ser como éramos.

— Você vai se arrepender amargamente de todas essas merdas que você acabou de me dizer. Aquilo foi apenas o começo, eu vou fazê-la pagar por tudo que me fez e eu juro que essa conta não vai sair barato. Eu odeio você, odeio ela, odeio essa criança que está para nascer, se depender de mim, eu a amaldiçôo e desejo que esse bebê de vocês morra (sai gritando e rindo debochadamente enquanto a carcereira a levava de volta para cela e eu sinto todo meu corpo se arrepiar)

Pelo menos a assinatura dela eu consegui. Pego minhas coisas em seguida e vou embora daquele lugar, finalmente para casa. Tudo que eu queria era ver se estava tudo bem com minha mulher e minha filha.

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———— 💛 eu amo vocês, obrigada por estarem sempre aqui comigo, mesmo nas minhas demoras nas postagens não desistiram de mim! bjus

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O MARIDO DA MINHA IRMÃOnde histórias criam vida. Descubra agora