O MARIDO DA MINHA IRMÃ

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Nem papai e muito menos Felippo atenderam minhas ligações. A cada minuto que se passava mais nervosa eu ficava por não ter notícias.

Um tempo depois Guilherme chega para ficar comigo e papai também chega lá, todo preocupado e surpreso ao me encontrar.

— Filha? O que você está fazendo aqui?

— Papai... porque você não atendeu minhas ligações... (começo a querer chorar)

— Eu estava ocupado com algumas coisas, não ouvi o celular. Aconteceu alguma coisa com você ou sua filha...

— Não, graças a Deus estamos bem. Estou aqui é com a Ma... mamãe.

— O que aconteceu com a Madalena?

— Aquela louca, desgraçada da sua esposa que quis tirar a vida da minha mãe, mas espera aí... se você não está aqui pelo que aconteceu com ela, é por qual motivo?!

— É melhor dizer a verdade, ou você vai descobrir de qualquer maneira mesmo. Bem, eu estou aqui com a Juliane, ela é minha vamos dizer, namorada, e agora a pouco a louca da sua... a Sara, praticamente passou com o carro por cima dela.

— O que? Como assim? Ah meu Deus, acho que estou começando a passar mal também.

— Clara, pelo amor de Deus, se senta aqui, você está grávida, gestação de riscos, esqueceu que não pode sofrer fortes emoções?

— Tem razão Gui, mas com tudo isso que está acontecendo ao meu redor não tem como não sofrer fortes emoções. Vem pai, sente-se aqui e comece a me contar tudo que aconteceu, enquanto eles não vem nos dar notícias.

— E eu vou pegar um copo de água
pra você e comer alguma coisa. (diz Guilherme)

— Já tem um bom tempo que meu casamento com a Sara não estava indo tão bem, aliás, ele nunca foi o casamento perfeito das inúmeras capas de revistas que nossa família fez e deixava transparecer. E eu vinha empurrando essa mentira com a barriga, achando que tudo seria passageiro. Mas a cada dia que se passava ficava pior, tentei de todas as maneiras possíveis, mimei com jóias, cartões ilimitados, jantares românticos, e viagens para lugares que a agradecem. Essa nossa recente viagem para Miami foi a gota d'água, a última tentativa de salvar nosso casamento. Brigamos feio, Sara ficou completamente transtornada depois que Sofia foi presa, e deixei que o  tamanho ódio e sentimento de vingança que sentia por você, tomasse conta. E foi aí nessa briga, que pude perceber a mulher perversa que tinha ao meu lado, a maldita cobra que "fui obrigado" a dividi anos da minha vida. Ela não aceitou o meu pedido de divórcio, disse que se eu não fosse somente dela, eu não seria de mais ninguém, e enfim...
Voltei para o Brasil, só, em um voo pela manhã decidido a entrar com os papéis do divórcio assim que colocasse os pés aqui em São Paulo, e então ela também chega logo após. Do aeroporto internacional fui direto para meu outro apartamento e fiquei lá até a tarde descansando, não tive notícias. E ela, provavelmente foi prestar contas com a Madalena, depois de descobrir que ela era a mãe da criança recém-nascida que apareceu na nossa porta aquela época, ou seja, você.
Depois de descansar um pouco, tomei um banho e fui buscar a Juliane no hotel para sairmos, ela com certeza depois do que fez com a Madá fugiu, e acabou encontrando com a gente onde estávamos. Querendo se vingar de mim, atropelou a Ju.

— Meu Deus, eu não sei nem como reagir depois de tudo que você acabou de dizer papai. Essa maldita precisa ser presa o mais rápido possível.