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Felippo Pontes
Já haviam se passado mais de 24 horas depois do ocorrido e nada da Clara acordar. O médico havia nos dito que a anestesia pôs operatório seria forte e que ela demoraria despertar, mas meu coração já não estava aguentando tanta ansiedade. Vê-la ali, dormindo parecendo um anjo só me reforçava a ideia de o quanto ela era especial e o quanto eu amava aquela mulher e não poderia perdê-la, e não vou, não iria colocar ninguém a frente da nossa felicidade juntos, lutarei de todas as formas para fazê-la feliz ao meu lado.
Madalena e os irmãos Cândido depois de muita insistência haviam ido para casa descansar e eu fiquei, a noite caiu e como com certeza me sentiria sozinho em casa, resolvi ficar e passar a noite no hospital, com ela, sempre atento a qualquer notícia.

— Felippo Pontes! (diz o médico que estava cuidando dela)

— Sim, sou eu. Aconteceu alguma coisa com a Clara doutor?!

— Não, muito pelo contrário, a sua namorada acordou, quer ir vê-la?

— Claro que sim! (digo feliz)

Toc, toc...

— Clara, posso entrar?! Trouxe uma visita especial. (diz o médico sorridente)

— Claro! (digo ainda meio grogue)

— Como é bom te ver acordada! ...

— Felippo?!

— Esse papai herói aqui ficou muito preocupado enquanto esteve inconsciente.

— Papai herói?!

— Sim, como você perdeu muito sangue até a ambulância chegar ao local onde tudo ocorreu, chegou bastante mal aqui no hospital e precisou de uma doação de sangue para salvar sua vida. Melhor dizendo... a vida de vocês duas. (sorri)

— E eu seria capaz de doar para elas até a última gota do sangue do meu corpo, se preciso fosse. (se senta em uma cadeira próxima a mim e pega na minha mão)

— Sinceramente não sei nem o que dizer, não lembro de muitos detalhes do que aconteceu. Mas e minha filha, como ela está?!

— Sua filha está perfeitamente bem, não se preocupe mamãe!

— E quando vou poder ir pra minha casa?! Odeio ficar em hospitais.

— Vamos com calma aí né mocinha, acabou de acordar e já está querendo ir embora?! (sorrimos) Como você perdeu muito sangue e passou por uma operação aconselho que fique aqui mais um dia em observação, para o seu bem e o bem da sua filha, depois lhe darei a alta que tanto deseja e você poderá ir para casa.

— Tudo bem! Já que não temos outro remédio né!

— Bom, se me dão licença preciso ir visitar outros pacientes, tenham uma boa noite!

— Boa noite, e muito obrigada por ter salvo a vida das duas mulheres da minha vida doutor. (diz Felippo super feliz)

— Não tem que me agradecer, apenas fiz o meu trabalho! (sorri e vai embora)

— Obrigada por ter contribuído para salvarem a minha vida Felippo. Realmente não tenho palavras pra poder agradecer seu ato heroico, se não fosse você não estaríamos aqui agora.

— Não diz isso por favor! Não posso nem pensar na possibilidade de perder vocês, isso se tornou meu pior pesadelo agora, não suportaria.

(sorrio sem graça e ficamos algum tempo nos olhando até ele quebrar o silêncio que reinava no quarto)

— E como você está se sentindo??

— Ainda me sinto meio grogue e sonolenta por causa da anestesia e remédios, mas estou bem!

O MARIDO DA MINHA IRMÃOnde histórias criam vida. Descubra agora