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— Miguel não faça nada com a cabeça quente e muito menos sem me ouvir por favor, Migueeeel. (corro atrás dele tentando impedi-lo de fazer o que eu imaginava)

— Vem Clara, repete aqui na frente da sua irmã o que você acabou de me dizer. Conta pra ela também toda a verdade.

— Por favor não faz isso, vamos conversar. (choro e as palavras custam sair)

— O que está acontecendo! (diz Sofia preocupada e não entendendo nada)

— Seu desgraçado! (Miguel parte pra cima de Felippo e eu tento intervir, ele ficou muito alterado, não queria acreditar no que estava acontecendo e também não parava de chorar)

MIGUEL, SOLTA O FELIPPO AGORA! (consigo gritar e ele solta o Felippo)

— Se você não tem coragem de dizer a verdade na frente da sua irmã, eu mesmo digo!  O que está acontecendo Sofia é que eu acabei de descobrir que sua irmã e seu marido vão ser papais. Isso não é lindo?!

— O... que... você disse? Me explica isso direito.

— Eu não sou o pai da criança que a Clara está esperando, é seu marido. Esses dois desgraçados nos trairam bem debaixo de nossos narizes, e eu não consigo entender tamanha cara de pau.

— Isso é verdade Felippo? (pergunta ela olhando para mim e Felippo, e eu apenas consigo acenar a cabeça afirmando)

— Seu desgraçado como que você teve coragem de me trair, e justo com a minha irmã. (parte pra cima de Felippo chorando)

— Calma Sofia, as coisas não vão se resolver assim (finalmente Felippo diz alguma coisa)

— E você sua vagabunda... eu confiei em você, te coloquei dentro da minha casa quando a mamãe te expulsou com o filho do outro nos braços,, sempre procurei te defender do ódio que a mamãe carrega por você e é assim que você retribui?! (parte pra cima de mim também, chorando e muito alterada)

— Sofia por favor me deixa te explicar o que aconteceu de verdade.

Ela para na minha frente, olha nos meus olhos por alguns segundos me encarando e depois me dá uma bela bofetada na cara com toda força, o que me faz cair encima de uma poltrona com as mãos no rosto.  Em seguida começa a me dar varios tapas e Felippo vem na intenção de retirá-la de cima de mim, mas é impedido por Miguel que lhe dá um soco, e Felippo reage dando-lhe também um soco, o que faz com que ele caia no chão com o local atingido saindo sangue.

Felippo retira Sofia de cima de mim, vendo o quanto ela estava nervosa e poderia fazer algum mal pro meu bebê.

— Vocês dois se merecem mesmo, seus desgraçados, eu odeio vocês! (chora e depois pega na mão de Miguel e sai)

— Você está bem?! (diz Felippo todo preocupado me ajudando)

— Sim! (não consigo dizer mais nada e o abraço, chorando muito)

***
São Paulo — Miguel;
Assim que termino de tomar um banho, coloco uma bermuda, e desço para sala apagando as luzes deixando tudo escuro e somente a de um abajur ligada e me sento no chão bebendo um copo de whiskey com gelo, não podendo acreditar no que estava acontecendo, eu estava me sentindo um lixo, real,  sem forças pra nada, e não queria saber  ou fazer nada, apenas ficar sozinho e chorar.  Voltei com meu filho pra São Paulo assim que consegui me acalmar um pouco e recolher minhas coisas, por todo trajeto de volta, me fiz de forte na frente dele, e quando cheguei aqui deixei ele na casa do meu pai para ficar à noite lá. Não estava em condições de nada, queria, e só precisava ficar sozinho.

O MARIDO DA MINHA IRMÃOnde histórias criam vida. Descubra agora