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Não demorei muito e por sorte não me encontrei com Bianca ou o pai deles por lá, e como a febre já havia passado e o médico nos liberou volto para casa com ele dormindo no meu colo idêntico a um anjinho.

Na manhã seguinte:
Depois de um resto de noite de preocupações, insônias e babando por Lucas, me levanto 8:00Hs da manhã. Passo um café e logo em seguida Felippo também aparece de pé e somente com uma bermuda da Calvin Klein vermelha e sem camisa. Como conseguia? Ser mais lindo do que já era com a cor vermelha. Ou ele estaria fazendo aquilo de propósito somente porque sabia que me afetava vê-lo seminu ou porque realmente dormia daquela maneira.

– Bom dia Clara!

– Bom dia Felippo

– Você que passou esse cafézinho com o cheirinho tão bom? (sorri)

– Sim.. Por incrível que pareça sei me virar bem em algumas coisas na cozinha.

– Olha, em tantos anos de uma convivência mais ou menos diária é a primeira vez que vejo isso então.. (diz servindo uma xícara de café para si mesmo)

Sentamos no balcão e ficamos conversando sobre a "minha nova vida de mãe" e o suposto porque Sofia me aceitou com uma criança que nem conhecia debaixo do seu teto. Vocês até podem imaginar né! Porque ela acredita que cuidando dessa criança, ou tendo uma em sua casa, possa tapar um pouco do imenso buraco que ela tem no peito com todas as suas gestações anteriores que deram errado. Até Lucas acordar chorando e eu ir averiguar o que havia ocorrido. Mas não era nada demais. Somente fome. Aquela criança se igualava facilmente a mim, só pensava em comida ou dormir. (solto uma gargalha com meus meus pensamentos e vou fazer uma mamadeira pra ele)

Quando desci novamente Felippo já havia saído para o trabalho. Sofia acordou às 11h:30m da manhã quando eu já estava de saída. Precisava muito ir resolver algumas coisas sobre a faculdade, agora com tudo isso que estava me acontecendo a minha única maneira era tranca-lá , até tudo se resolver e voltar ao seu devido lugar novamente. E também dar uma passadinha no hospital e ver como estava Miguel. Deixei a empregada com Lucas prometendo não demorar muito. Até porque, já fiquei em um estado de apego com aquela criança que não aguentaria passar muito tempo longe daquele pacotinho de bochechas, muito amor e fofura.

Peguei um táxi ao sair do apartamento onde agora "resido" e vou ao meu antigo endereço.
Era estranho chamar de antigo. Afinal a menos de dois dias era ali que eu morava. Mas enfim... Subo até a cobertura dos senhores Borghetti para pegar mais umas coisas minhas e o meu carro que havia deixado para trás devido a correria da noite passada. Mamãe não estava lá e somente meu pai e Madá.

– Clara, filha! Soube que você saiu de casa. Me explica essa história.

– Não foi bem assim papai, eu não sai de casa. A mamãe que depois de uma discussão sem motivos plausíveis que me colocou para fora com o filho do Miguel.

– Como assim?! Você está grávida do seu marido?!

– Não papai, sente-se vou te explicar o que aconteceu.

E como todos os outros , ele foi mais um que tive que explicar toda a história e o porque mamãe e eu brigamos.

A idéia de estar sendo um estorvo na vida e na casa da minha irmã não me agradava em nada. Mesmo ela dizendo que aquilo era idéia da minha cabeça e que podíamos ficar o tempo que fosse necessário lá.

Depois foi a vez de conversar e implorar a Madá que me ajudasse a cuidar de Lucas. Pelo menos no período em que eu estivesse no hospital com Miguel. Dividir meu tempo entre essas diversas coisas e agora não dormir direito estava começando a ficar impossível.  Madá prontamente aceitou me ajudar. Disse que poderia contar com ela pro que precisasse, como sempre faço. E que ao fim da tarde estaria na casa de Sofia.

Subi ao meu ex quarto e resgatei o que havia ido pegar, devolvi um molho que tinha das chaves de casa e depois peguei a chave do meu carro, me despedi de papai com um abraço e um beijo, indo embora em seguida.

Passei na faculdade para tranca-lá por um tempo como mesmo decidi, de lá, fui até nosso apartamento, digo "esconderijo" como mesmo meu marido gosta de intitular, para ver como estava o andamento das obras, (em uma lentidão enorme como podem imaginar) e por último, não mais importante, indo ao hospital.

Chegando no hospital:
Chegando lá ainda encontrei com Bianca e o pai que estavam eufóricos a minha espera e procura.

– Onde você se meteu cunhada, já não te encontrávamos a quase dois dias.

– Estava resolvendo um outro probleminha, e que tem haver com a surpresa maravilhosa que tenho para vocês.

– Que surpresa? (Pergunta Bianca curiosa)

– Depois a gente conversa sobre isso. Quero saber sobre notícias do Miguel. Alguma novidade?

– Tudo na mesma! (diz meu sogro desanimado)

– Ele vai sair dessa Rodolfo, ele precisa sair dessa, se Deus quiser. Eu acredito sim que esse milagre vai acontecer. Aliás, eu sei e tenho o milagre que ele precisa...

– Amém! Mas, como assim?! (dizem os dois não entendendo nada)

Expliquei a eles que só tinha passado ali para ver o estado de Miguel e agora não poderia ficar. O médico também nos disse que aquilo seria em vão. Passar horas e horas do dia e da noite sentados em uma cadeira dura de espera do hospital aguardando notícias. Qualquer notícia por mínima que fosse ele ligaria para gente e nos informaria. O que nos fez cair em si e perceber que ele estava certo sobre o que dizia.
Antes de ir embora passei e o fiquei olhando através do vidro mesmo e desejando que ele melhorasse o mais rápido possível porque aqui fora não era somente eu que aguardava a sua volta. Fomos embora depois disso e eu retorno para a casa de Sofia.

Chega a noite e a minha irmã havia saído com suas amigas, Victória e Luize (duas cópias da própria Sofia). Cuido de Lucas dando-lhe banho, comida e ele cai no sono antes das 20:30, devido ao cansaço de ter ficado brincando e pulando à tarde toda. Eu já estava pegando o jeito daquilo.
Como a empregada não trabalhava mais no turno da noite, eu mesma tive que me virar com o jantar. Tomo um banho rápido, e depois começo a fazer uma massa, tomando algumas taças de vinho, ao som de uma música bem lenta.

O relógio marca 21:00h e Felippo chega do trabalho exausto pelo que me parecia. Bem na hora do jantar ficar pronto. E não ficou muito feliz ao saber que sua mulher havia saído para não sei qual lugar com as amigas sem lhe avisar. Ele toma um banho também e depois volta para jantarmos juntos. Um fazendo compainha ao outro.

Ele toma algumas taças de vinho o suficiente para lhe deixar um pouco alegre. E eu que já estava bebendo desde o começo do preparo do jantar tambem já estava um pouco solta demais. Ao terminamos de jantar invento de ir lavar as louças que sujamos e ele se oferece para me ajudar. Mas como a pessoa que vós fala é mais desastrada do que tudo. Escorrego com o chão que estava um pouco molhado fazendo com que um prato se quebrasse e cortasse meu dedo.  Felippo prontamente põe-se a me ajudar fazendo um curativo. Ele estava tão perto de mim, nossos corpos estavam quase colados que eu conseguia sentir seu calor se juntando ao meu, seus lábios insistindo por um beijo assim como os meus... Mas eu não iria fazer aquilo.

Continua...

Qual apelido vocês acham que poderíamos dar pro Lucas?! (Filho do Miguel) Deixem nos comentários! 👇🏼😊💕

O MARIDO DA MINHA IRMÃOnde histórias criam vida. Descubra agora