O MARIDO DA MINHA IRMÃ

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Sofia Borghetti
Tenho informações suficientes sobre aquele pacotinho de amor pra poder tê-lo muito em breve aos meus cuidados e recebendo todo meu amor. Me apaixonei perdidamente por aquela criança, ele era tudo que eu sempre desejei ter em um filho. Meigo, carismático, lindo, e sem contar que se parece muito comigo. Vou ter aquela criança, só pra mim, de um jeito ou de outro.
Mas antes de colocar meu segundo plano contra a maldita da Clara afetando seu ponto mais fraco, uma vingancinha com a reputação de merda da minha irmãzinha. Ligo pra minha mãe e ela logo me atende.

— Oi minha bonequinha! (Sara)

— Aí mamãe aconteceu uma desgraça, preciso muito de você agora,não sabe o que aconteceu. (faço tom de choro)

— Não diga mais nada, já já a mamãe chega aí. (off)

Perfeito, tudo está saindo como eu planejei, a aliada ideal na batalha contra a maldita traidora, com o ódio da minha mãe contra a Clara devidamente alimentado com o meu "sofrimento", ela vai querer matá-la. (sorrio sarcástica) ...
Hora de colocar meu plano B em ação!

– Você quer uma bomba exclusiva da mais alta sociedade pro seu site de fofoca?!

– Sofia? Sofia Borghetti é você mesmo?!

– Claro que sim, e quem mais seria!

– E o que devo tanta honra?

– Eu quero que você massacre, triture, fuzile, e faça picadinhos da reputação da minha querida ex-irmã no seu sitezinho de quinta. Como disse, tenho uma bomba exclusiva pra você.

– Pois então diga, sou todo ouvidos e estou com a ponta dos dedos afiadíssimos.

– Então anota aí ... (sorrio me sentindo em parte, vingada)

– Meu Deus, ainda bem que eu estava sentado, porque fiquei totalmente extasiado com essa notícia, melhor dizendo, esse bombardeio... mas não seja cruel e me tire uma dúvida, porque está fazendo isso? Expondo a traição do seu marido com a própria cunhada, a gravidez da mesma, e o sequestro do até então enteado dela, para todos. Como conseguiu essas informações sobre o sequestro.

– Eu não tenho que lhe dar mais satisfações, apenas faça muito bem feito o seu trabalho! Ansiosa para resultados amanhã. E não se esqueça, só publique essas informações sobre a criança quando eu disser que é o momento.

– É você que manda. (off)

Vamos ver agora, quem é que vai sair como vítima nessa história toda, traída sim, mas me sentindo vingada de alguma maneira .. (sorrio irônica)

A campainha toca e eu vou atender. Era a minha mãe e hora de começar minha encenação digna de um Oscar. Começo a me descabelar chorando e abro a porta.

— O que aconteceu minha bonequinha?

— Aquela maldita mamãe... acabei descobrindo que o Felippo, meu marido, homem que eu amo, foi seduzido pelos encantos da Clara e acabou caindo nas armadilhas dela, se apaixonou e irão até ter um filho juntos. (choro)

– Como assim, não posso acreditar que isso é verdade?!

– Sente-se aqui mamãe, a história é longa, vou lhe contar tudo o que eu infelizmente descobri na minha viagem de "reconciliação" para Angra.

***

Manhã Seguinte – 8:30h – Sofia Borghetti
Acordo bem cedinho para fazer minhas malas, estava tão nervosa que na verdade nem consegui dormir direito a noite. Finalmente hoje poderei ter meu filho nos meus braços e juntos iríamos para França, elaborei todo esse plano de última hora, assim que cheguei de volta a São Paulo, depois daquele maldito dia e até o presente momento tudo já deu certo.

Os quatro capangas que contratei já estavam a postos, vigiando todos os passos do meu filho e iriam efetuar o trabalho sujo, claro. Assim que fosse o momento exato eles iriam agir. Faço uma bagunça no meu quarto separando tudo que eu achava necessário mas não muita coisa, e deixo para organizar tudo assim que tomasse meu café-da-manhã. Desço com um sorriso no rosto por ser meu último café-da-manhã em São Paulo e a mesa já estava posta.

A tarde cai e eu recebo uma ligação às 15h:30m dizendo que finalmente, depois de varias horas de espera, meu filho finalmente iria ser trazido até mim. Mando uma mensagem para o jornalista da ligação na noite passada, antes de sair, autorizando ele a publicar a matéria.

Coloco minha mala em um táxi, e vou até o aeroporto onde havia um jatinho a minha espera para decolarmos rumo à França. A caminho, mando uma mensagem de um número desconhecido, para minha querida Clara. É impressionante como o dinheiro hoje em dia compra tudo, até mesmo as pessoas.

"E o que dizer desse seu filhinho Lucas, ele realmente é uma criança adorável!"

— E o sentimento bom de vingança começa a tomava conta de tod meu corpo, eu só queria ser uma mosquinha para ver a cara de desespero dela ao ler essa mensagem. Aquela desgraçada vai me pagar muito caro pelo que fez, e o pior de toda essa traição, é que ela vai dar a ele uma filha, em apenas uma oportunidade vai conseguir dar a ele o que em anos eu não consegui. Ela não merece o direito de ter dois filhos, se eu não tenho ela também não pode ter. (sorrio irônica e uma lágrima solitária cai dos meus olhos, mas a limpo rapidamente não me deixando abater)

Clara Borghetti – São Paulo, 16h:30m
Alguma coisa me impulsiona a ir no apartamento da minha irmã, flashbacks do nosso último almoço juntas com todo o seu interesse em saber sobre a rotina e tudo que envolvia o meu filho martelavam insistentemente na minha cabeça. Ela seria a única pessoa interessada em me fazer mal, devido à sua raiva e sabendo que o Lucas é meu ponto fraco deveria estar por trás disso. Chegando lá, toco diversas vezes a campainha e ninguém me atende, desço e o porteiro me disse que ela havia saído alguns minutos em um táxi e uma mala nas mãos. Não me resta mais nenhuma dúvida, infelizmente é a Sofia que sequestrou meu filho, somente para me fazer sofrer.

Ligo pro Miguel indo rumo ao aeroporto mais próximo, conhecendo-a bem com certeza ela iria pegar o próximo voo tentando fugir com o meu filho pra algum lugar distante.

– O que você quer? Eu não tenho tempo para os seus pedidos de desculpas em vão, agora.

– Só me escuta, eu sei onde e com quem o Lucas pode estar, só confia em mim desta vez...pelo seu filho.

– Tudo bem, pelo meu filho.

– Me encontre no aeroporto internacional mais próximo, eu estou indo pra lá.

– Ok! (off)