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Jantamos, namoramos, e minha mãe como sempre pagando de "mãe zelosa" mas só querendo saber o tamanho da conta bancária que ele possuía. As horas se passaram rapidamente e quando marcou 23:00h ele se despede de todos e vai embora.  E eu vou para o  meu quarto poder estudar um pouco e depois dormir.  Quando estava prestes a vestir meu pijama meu celular toca, com uma chamada de Felippo.

– Alô?

– Preciso que venha me ajudar eu estou na rua ...  Off

– Aconteceu alguma coisa com a Sofia? Alô? Felippo?

Desligou, ele disse poucas palavras, mais com dificuldade, será que tinha acontecido alguma coisa? Um acidente talvez?! Preciso ir ver o que aconteceu. (penso)
Anoto em um papel o endereço que ele me disse para não esquecer e pego as chaves (carro e casa) saindo. Não demorei muito para entrar em uma rua totalmente calma, nenhuma movimentação de pessoas, sinal de tumulto ou coisa do tipo. Será que esse mesmo é o endereço que ele me disse? (verifico no papel e era ali mesmo)

Mais um pouco e avisto ele sentado em um meio fio com alguma coisa na mão e a cabeça baixa. Eu vou matar o Felippo! Não acredito que esse idiota me fez ficar preocupada por nada, ele só está bêbado e precisa da minha ajuda para não chegar em casa daquele jeito e minha irmã fazê-lo dormir no sofá.   Pensei em dar meia volta com o carro e voltar para casa, mas senti uma coisa em meu coração e segui em frente; estaciono e desço.

– Felippo! Não acredito que você me fez sair de casa em plena madrugada para vir te "salvar" disso.

– E-eu e su-ua  ir-ma-ãa  bri-ga-mos feio Clarinha!

– Boa coisa você não deve ter feito para isso acontecer, mas vem, se apoia em mim e vamos embora daqui.  (ele se apoia em mim e entra no carro, fomos embora e eu o levo para minha casa, não tendo mais uma opção de onde ir)

Chegando em casa ele estava parecendo um gambá de tão bêbado e fedido de suor. O ajudo a chegar ao quarto de hóspedes e imediatamente digo para ir ao banheiro tomar um banho. Vou ao quarto dos meus pais aproveitando que eles também haviam saído e pego alguma coisa para ele vestir e volto.

– Peguei uma roupa do meu pai para você vestir. Toma!

– Obrigado, me desculpa não queria causar todo esse transtorno pra você. 

Depois do banho com água gelada mesmo, ele melhora um pouco. E até fala mais claramente. Ele sai do banheiro somente enrolado de toalha, com o cabelo todo molhado e cara de "cachorro que caiu da mudança" todo envergonhado.  Quase tive um infarto fulminante naquele momento, ao me deparar novamente com meu cunhado ou ex, sem camisa com aquele corpo desenhado e detalhado por Deus há minha frente.   Como naquela noite na casa deles, pude comprovar que por debaixo daqueles panos habitava um ser maravilhoso. Um espetáculo de homem.   E... meu namorado e minha irmã que me perdoem, mas eu também não estava morta. Comecei a sentir um calor inexplicável por dentro da roupa ao perceber também que ele me olhava da mesma maneira que eu para ele e antes que acontecesse algo que não poderia me pus a ir para meu quarto.

– Não é incômodo algum, descansa e amanhã você me conta o que aconteceu com você e minha irmã. Boa...

– Clara??!

– Sim!

– Obrigada, e me desculpe mais uma vez por te fazer passar por isso. Essa semana já não havia sido uma das melhores, e hoje sua irmã a completou com essa briga sem razão.

– Tá tudo bem Felippo, não precisa se preocupar e eu já esqueci esse seu incidente!

– Posso te perguntar uma coisa?!

– Sim!

– Esse seu namoro... Realmente ama ele?

– É claro que sim! Porque essa pergunta?

– Sua boca diz uma coisa, mais seus olhos dizem totalmente o oposto. (me aproximo dela seguido pelo impulso)

– Como assim?

– Não o ama. Porque então resolveu dar início a esse namoro? Você não pode namorar com ele, porque... 

– Porque??

– Porque eu te amo!

Ele me puxa pela cintura me segurando forte assim que encosta nossos corpos e sem me dar chances de defesa me beija! Senti que foi um beijo verdadeiro, diferente de todos.  Calmo, mas ao mesmo tempo Forte; Doce, mas ao mesmo tempo Intenso;
Com respeito, mas ao mesmo tempo cheio de Tesão e Desejos.

Me separo dele, e em uma troca de olhares depois saio do quarto às pressas indo para o meu, visto meu pijama e ainda anestesiada com o acontecido me deito na cama pensando.

Na manhã seguinte:
Acordo com o sol iluminando meu quarto. Me levanto da cama indo para o banheiro tomar banho e fazer minhas higienes matinais. Visto o roupão ao terminar e vou trocar de roupa, alguns minutos depois ouço alguém batendo na porta.

–Pode entrar! (digo pensando ser Madá)

– Bom dia!!

–Felippo??! (digo surpresa)

– Será que a gente poderia conversar?!

– Só um minuto, vou terminar de me trocar. (volto para o closet corada e o coração disparado)

...

– Pronto, pode falar o que vc quer!

– Queria te pedir um milhão de desculpas pelo ocorrido ontem! Eu fui um tremendo idiota pelo que falei com você e não sei onde estava com a cabeça quando te beijei.

– Realmente, você tem noção de que aquele beijo roubado foi um erro? Você é marido da minha irmã, e eu tenho namorado. Mas, não vou levar aquilo que aconteceu a sério, você estava totalmente bêbado.

– Me desculpe mais uma vez.

– Tabom!! Pare de me pedir desculpas (sorrimos) e me explica o que aconteceu, para que você ficasse naquela situação constrangedora.

– Eu e sua irmã brigamos feio ontem à noite por uma paranóia do psicológico dela que acha que eu tenho outra, e que essa "outra" é a Stella. Falamos algumas verdades um para o outro e eu sai de casa sem rumo até parar naquele bar e beber até o último gole, da última garrafa. Ela me disse estar farta do nosso casamento, estar farta de tudo e todos. Não quero ficar longe da sua irmã, afinal ela é a minha esposa, ou sei lá. Só conversa com ela?! E tenta fazer ela desistir dessa loucura de querer se separar de mim.


—————–
Continuo??

O MARIDO DA MINHA IRMÃOnde histórias criam vida. Descubra agora