O MARIDO DA MINHA IRMÃ

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Gabi me aconselhou a mostrar aquelas mensagens a Miguel, e por mais que eu tivesse certeza de que ele iria atrás dela tirar satisfações, decidi mais tarde mostrá-lo mesmo assim. Aquela louca precisava nos deixar em paz e procurar tratamentos psicológicos. Eu e Gabi prosseguimos com a tarde juntas organizando e tendo mais ideias pro casamento. E no fim volto pra casa me arrumar e ir a faculdade.

Conversei um pouco com Miguel por WhatsApp e também pude mandar os prints das mensagens ameaçadoras. Ele ficou extremamente preocupado claro. Mas não pudemos continuar conversando, porque enfim chego na faculdade. Estaciono o carro, pego minhas coisas, e saio.  Sinto que tem alguém me vigiando, olho para todos os lados e não vejo ninguém. Já devia ser paranóias que eu mesma estava começando a criar.  Dou de ombros e entro.

THAÍS ASSUNÇÃO
Aquela sem sal não iria roubar o meu Miguel. Ele era meu, somente meu e de mais ninguém. Sei que iríamos viver felizes ainda juntos e não vai ser ela que irá estragar isso. Resolvo seguir cada passo dela, para saber a hora certa de dar o bote.

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Clara
Uma semana depois e as mensagens pararam de chegar. Por um lado fiquei aliviada, mas por outro extremamente aflita. Aquela sensação de que estava sendo perseguida por todos os lados que ia, continuava.  Reafirmo! Poderia ser uma paranoia da minha cabeça, mas tudo me levava a crer que não, e agora eu já estava começando a ficar assustada.
Era tarde de sábado e eu havia acabado de chegar em casa, fui até o ateliê que iria fazer meu vestido de noiva tirar algumas medidas e experimentar alguns vestidos. Gabi não quis ir comigo, dessa vez, disse ter algo muito mais importante pra tratar. Todos estavam estranhos, e quando cheguei em casa não havia ninguém. Estaria Miguel aprontando alguma coisa?! E como sempre, serei a última a saber.

Subo até meu quarto e quando abro a porta vejo um vestido lindo, branco encima da cama, alguns acessórios e um par de sapatos. E encima, um breve bilhete escrito; Vista!

Estava analisando os detalhes do vestido, que por sinal, eram divinos, quando ouço meu celular tocando. Era Miguel.

- Oi amor!

- Oi, o que você está aprontando dessa vez Miguel?!

- Só confia em mim! Se arruma e coloca esse vestido encima da sua cama. Irá uma pessoa te buscar na portaria do seu prédio às 14:00h.

...
- Mais Miguel!

Clara
Desligou! Eu preciso mudar essa mania dele de sempre desligar na minha cara. O que por sinal me deixava furiosa.  Tomei um banho rápido, afinal, me restava apenas trinta minutos para as 14:00h.  Retoco a minha make, coloco o vestido, sapatos, borrifo meu perfume favorito e desço.

O motorista trajado com terno e gravata, elegantíssimo já estava a minha espera na porta do meu prédio.  Abre a porta do carro quando me vê e eu sinto um certo receio de entrar antes de olhar para os lados. Aquela sensação de estar sendo perseguida dessa vez foi mais forte. Olho para os lados varias vezes e não vejo ninguém suspeito para o meu breve "pânico e alívio." Entro no carro depois de um "Podemos ir senhorita" dito pelo motorista, e eu afirmo que sim, seguido por um simpático sorriso. 

Perguntei ao motorista para onde estávamos indo, mas ele não queria me dizer, nem sob tortura.  No caminho recebo mais uma ligação de Miguel.

- Oi amor! Você já está dentro do carro?

- Sim! Mas eu me recuso a continuar se você não me disser o que está acontecendo.

- Eu já te disse pra confiar em mim. Estou te esperando. Te amo! (desliga)

Ele desliga novamente a ligação na minha cara e eu bufo de raiva.
Alguns minutos depois o motorista estaciona o carro, e abre a porta para que eu saia.  Ele me acompanha até a entrada enfeitada por pétalas de rosas, e depois vai embora.   Havia um simples buquê de flores, e nele mais um bilhete breve escrito: Pegue!
Eu não estava acreditando no que iria acontecer. Meus olhos se enchem e a porta do cartório se abre. Começa a tocar uma música e eu começo a andar. Avistando à frente alguns dos meus amigos e dele também, Madá, Gabi, o Juiz, e Miguel também trajado a um terno branco.

Eu não acredito que ele fez isso comigo, e eu não desconfiei de nada!

Esse estava sendo o meu pensamento naquele momento. Paro no meio do caminho e começo a chorar de tamanha emoção olhando para ele. Que também estava na mesma situação que eu, emocionado, mas tentando se conter.
Continuo andando, e por fim chego no pequeno altar. Damos as mãos e o juiz começa a falar. Por fim, assinamos os papéis , nos beijamos e fomos para uma mini festa que ele mesmo organizou.

- Você ainda vai conseguir me matar de tanta emoção com essas suas surpresas.

- No que depender de mim, todos os dias que eu viver do seu lado vai ser uma surpresa boa pra ver e fazer você feliz todos os dias.

- Eu te amo!

Estouramos um champanhe, e começou a tocar algumas músicas pra animar a festa.

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Continuo?? 💗