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CLARA
Fomos lá para cima e Henrique me levou até o que me parecia seu quarto. Me lembrei da maneira estranha que ele me olhava e do que Gabi me alertou então fiquei um pouco receosa, até também pelo fato de ele estar bem alterado, então qualquer coisa que ele quisesse tentar fazer comigo eu saia correndo ou gritava por ajuda.
– O que você quer pegar aqui Henrique?

– Calma, vai ser bem rápido.

– Assim espero, não quero sumir por muito tempo, estou esperando uma pessoa chegar.

– Está mais parecendo que você está com medo de mim, está Clarinha? (se aproxima)

– Medo de você? (gargalho) E porque estaria?

– Não sei, me diga você! (me dá uma encouchada rápida e eu consigo me esquivar)

– Pare de bobagens Henrique e me fala logo em que você quer que eu te ajude aqui!

– Quero que você me ajude a escolher uma camisa pra vestir. Acabou caindo bebida nessa que estou. (retira a que estava usando)

– O que? Nossa, mais você não poderia fazer isso sozinho?

– Por favor! (insiste)

– Tudo bem, vamos logo com isso. (vou até o closet dele escolher outra camisa e ele logo vem atrás de mim)

...
– O que você está fazendo Henrique? (digo quando sinto ele chegar bem perto de mim e passar a mão nos meus cabelos)

– Você é tão tola ao ponto de não perceber que estou loucamente com vontade de transar com você? Quero te pegar, e você vai aceitar. Vamos, uma rapidinha, olha como estou.

Aquele nojento desgraçado estava com uma ereção evidente dentro da calça, e com o efeito do álcool na cabeça.
Ele pega meus braços apertando forte e me joga encima do sofá que ali tinha, e eu comecei a me debater e gritar por ajuda.

...

– Oi Gabi!

– Oi Miguel. (fico pálida)

– Onde está o meu amor? Não era pra ela estar com você?

– Sim! Mas ela foi com o Henrique lá encima buscar alguma coisa. E me disse pra não deixar você sair de perto de mim enquanto ela não voltasse.

GABI
Ele faz uma cara de poucos amigos depois do que disse, e sai sem dizer nada, indo em direção às escadas que davam acesso até a parte de cima. E eu vou atrás dele, mais à frente encontro Renato bebendo e conversando com outras caras, o puxei pelo braço, para vir comigo até lá encima também e evitar uma possível tragédia.

MIGUEL
Eu já estava imaginando o que estava acontecendo lá encima, o sangue subiu nos meus olhos não me deixando pensar e nem ver nada a minha frente, saio esbarrando em todo mundo com cara de poucos amigos e vou lá pra cima. Ao chegar no corredor dos quartos escuto alguns gritos pedindo ajuda, era a voz da minha princesa, era ela.
Mano, eu vou matar aquele cara! Aperto o passo e quando entro no quarto de onde vinha os gritos encontro ele sem camisa, encima dela que estava deitada em um sofá chorando tentando rasgar seu vestido e ela se rebatendo com ele tentando impedi-lo. Meu sangue ferveu de uma maneira fora do comum nesse momento, e só me passava pela cabeça tirar a minha mulher dali e depois matá-lo.

SOLTA ELA AGORA SEU DESGRAÇADO!

Já digo pulando encima dele aos socos, que cai perto do closet e eu começo a colocar em prática minha sede de vingança com sua morte. Ele também me deu alguns socos, mas não comparado aos meus, que com o efeito da raiva sobre mim nem conseguia sentir dores. Clara estava recuada no canto chorando e gritando pedindo para que parássemos. Em seguida duas pessoas também entram no quarto, era Renato e Gabi que correram para ver o que tinha acontecido, e quando ele viu o estado dela e imaginou o que havia acabado de acontecer também começou a me ajudar a bater no desgraçado do Henrique. E Gabi foi amparar Clara.

Paramos de bater quando ele já estava desmaiado no chão, quer dizer, Renato me tirou, pois por mim acabava de matar aquele desgraçado, maldito, nojento. Depois que saímos do quarto fui correndo até onde Clara estava e a abraço bem forte que chorava e tremia muito.

– Obrigada! Se não fosse você chegar eu nem quero imaginar o que poderia ter acontecido. (me beija)

– Mas aquele desgraçado, filho de uma mãe chegou a fazer alguma coisa a mais com você amiga? (indaga gabi)

– Não, por sorte o Miguel chegou a tempo.

– Que ódio daquele lixo. (diz Renato)

– Eu deveria era ir lá e terminar o que comecei. Matar aquele nojento maldito...

– Não amor, não vale a pena sujar mais as suas mãos com aquele lixo. Só vamos embora daqui e fica bem juntinho de mim por favor?!

– Óbvio! Vem minha princesa vamos embora daqui.

Ele me apoia todo preocupado comigo e todos nós descemos para ir embora. Como o som da festa estava muito alto, ninguém percebeu o que aconteceu. Só alguns amigos do Henrique que quando chegamos lá fora viram a camisa do Miguel e Renato sujas de sangue e entraram para ver o que aconteceu. E a gente foi embora!

Renato e Gabi foram embora para casa no meu carro, eu e Miguel no carro dele, que me leva para o seu "esconderijo".

Estava muito assustada, não parava de chorar, não queria ficar sozinha e todo aquele terror voltava em flashbacks na minha cabeça. Chegando lá subo pra tomar um banho e Miguel vai comigo. Eu não queria que ele saísse de perto de mim nem por um segundo, e depois que saímos do banho ele me dá uma blusa grande dele para vestir e diz que vai fazer alguma coisa pra gente comer enquanto eu me deitava.
Mas eu não estava com fome, me sentia enjoada e só queria mesmo ficar abraçada a ele, ele me passava a calmaria, e um instinto de proteção.


—————
Continuo??

O MARIDO DA MINHA IRMÃOnde histórias criam vida. Descubra agora