Capítulo 46

616 21 0
                                    

Capítulo 46 🖤

— Então você e Luan estão se pegando? — José Henrique cruzou os braços.
— Sim, por quê? — Gesticulei com as mãos.
— Nada. — Deu de ombros. — Mas você sabe que ele é do tipo romântico, né? Totalmente o contrário de você.
— Sim, eu sei! — Revirei os olhos.
— Ele é um cara legal, não vai machucar os sentimentos dele não. — Apontou o dedo na minha direção e eu ri.
— Ele está comigo por sexo, somos amigos coloridos, mais nada. — Franzi o nariz.
— Ele vai se apegar, escuta o que estou te falando! Você não vai querer mais e vai magoar ele. — Se levantou do sofá e saiu na direção da cozinha.
— Cuida da sua vida, José Henrique.
— Hoje tem jogo e eu chamei alguns amigos pra assistir aqui em casa, pelo amor de Deus não vai dar em cima deles.
— Eles que dão em cima de mim, meu querido! Não posso fazer nada se não resistem a mim. — Beijei meu ombro e saí na direção do meu quarto.
Entrei, batendo a porta e peguei meu celular pra procurar alguma mensagem do Luan, mas não tinha NADA! Nem mensagem e nem ligação. Suspirei fundo e me joguei na cama. Domingo é um dia insuportável, não tem nada pra fazer, a não ser dormir. Ajeitei meus travesseiros na cama, coloquei meu celular no criado-mudo e aos poucos fui pegando no sono.
...
Acordei com vozes alteradas vindas da sala, gritos e comemoração de gol. Passei o dorso da mão nos meus olhos e peguei meu celular e já fazia quase uma hora que eu estava dormindo. Suspirei fundo e fui me levantando da cama, eu estava morrendo de fome, mas não estou afim de passar lá perto daquele bando de marmanjo sem noção.
— Que saco! — Esbravejei, abrindo a porta do meu quarto e dei de cara com Luan saindo do banheiro no final do corredor. — Tá fazendo o que aqui? — Parei na sua frente.
— Seu irmão me chamou pra assistir o jogo de hoje. — Colocou as mãos no bolso da bermuda.
— Entendi. — Coloquei minhas mãos pra trás. — Pode voltar a ver o jogo! — Saí da sua frente e ele suspirou, passando por mim. — Luan, espera! — Pedi e ele travou o passo. — Está chateado comigo?
— Um pouco, mas vai passar! — Me olhou e eu fiquei em silêncio. — Amanhã a gente conversa melhor no hospital. — Se aproximou e beijou minha testa.

...

CORAÇÃO INDEPENDENTEOnde histórias criam vida. Descubra agora