Capítulo 59 🖤
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|Maria Júlia narrando|
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Um dia depois e finalmente em casa.
Luan e meu irmão estavam extremamente nervosos, irritados e indignados quanto à postura do tal Olvao Barlett, presidente e dono do hospital das clínicas. Fiquei quieta no sofá da sala observando os dois discutirem sobre o que iam fazer pra mudar essa situação.
— Gente, pelo menos vou ganhar uma grana fodástica. — Falei e eles me olharam ao mesmo tempo.
— Maria Júlia, você não está no direito de opinar em nada. — Meu irmão gesticulou com as mãos e eu revirei os olhos.
— A Ísis quase te matou e o hospital quer acobertar isso, você está entendendo? — Luan colocou as mãos na cintura.
— Gente, é o emprego de vocês, está bem? Não quero que percam o emprego por minha culpa! Infelizmente as injustiças estão por aí, espalhadas em todo lugar, aceitem essa proposta e fiquem em silêncio. É melhor pra vocês e pra mim também, não quero ficar aguentando tanta gente no meu pé. — Levantei devagar do sofá. — Mentira tem perna curta, uma hora todos os podres daquele hospital vão cair na mídia! — Fui caminhando para o meu quarto e deixei os dois em silêncio ali na sala.
Acredito que a justiça deve, sim, ser feita, mas meu irmão batalhou muito pra conseguir esse emprego no hospital. Nosso pai tem dinheiro suficiente pra montar uma clínica para José Henrique, mas acontece que José vem trabalhando com um grupo de pesquisadores ali naquele hospital. Pesquisas serão úteis para o seu pós-doutorado no Canadá.
— Maria Júlia? — Escutei a voz de Luan e ele abriu a porta, entrando no meu quarto.
— Oi? — O olhei e ele entrou, fechando a porta.
— Seu irmão precisou sair e me pediu pra ficar contigo aqui. — Sentou ao meu lado na cama e eu assenti, ajeitando meus travesseiros. — Está se sentindo melhor? A fraqueza já passou? — Me olhou.
— Sim, mas ainda sinto um pouco de sono. — Suspirei.
— São os remédios. — Murmurou. — Vai sentir um pouquinho de sono por uns dias, mas logo passa e você fica boa novamente!
— Ainda não acredito que me salvou. — Segurei sua mão e ele sorriu de lado.
— Entrei em desespero quando te vi desmaiada, ainda bem que pensei rápido.
— Merece um beijinho. — Arqueei uma sobrancelha.
— Só um? — Franziu o cenho.
— Quantos você quiser então! — Respondi e ele riu, aproximando seu rosto do meu.
Luan me deu um selinho demorado e depois partimos para o beijo, mas ele parou assim que comecei a avançar o sinal.
— Você não apaga o fogo nem quando está doente! — Tirou minha mão da sua coxa e eu ri, dando um leve tapa em seu braço.
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CORAÇÃO INDEPENDENTE
Hayran Kurgu- Fanfic inspirada nas músicas "Pássaro de fogo" e "Cancela o sentimento". - Publicada no perfil @umescritoramb do instagram em 2018