CORAÇÃO INDEPENDENTE

Capítulo 62

Capítulo 62 🖤
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Fiquei sentada na sala de espera enquanto Luan atendia os últimos pacientes. Balancei as pernas, impaciente e ele logo apareceu com sua maleta em mãos, fim de expediente.
— Vou embora com você! — Peguei minha mochila.
— Embora comigo? — Arqueou uma sobrancelha.
— Sim, quero ir com você. — Fui saindo na sua frente. — Vou dormir na sua casa!
— Vai dormir comigo, depois acorda, surtada e manda eu transar com outra. — Veio caminhando logo atrás de mim.
— Ai como você é chato! — Revirei os olhos. — Vou pra minha casa mesmo, não quero mais também.
— Eu estou brincando, sem graça. — Bagunçou meu cabelo.
— Não quero mais! — Esbravejei.
— Vai apelar? — Tentou me puxar pelo braço, mas eu me afastei.
— Vou. — Respondi somente e ele riu.
— Você é muito chatinha. — Me abraçou de lado e foi caminhando comigo até a saída do hospital.
— Não adianta, eu não vou mais com você! — Me soltei e peguei meu celular.
— Sua TPM já passou, por que o estresse? — Se aproximou e eu dei de ombros, abrindo o aplicativo do uber. — Para com isso! — Tomou o celular da minha mão.
— Me devolve, eu não vou embora com...
— Vai, sim! — Ele saiu na frente e eu fui logo atrás. Tentei pegar o celular da sua mão, mas ele levantou o braço.
— Entra aí e para de encher o saco! — Colocou sua maleta no banco de trás do carro e o meu celular no seu bolso.
Fomos o caminho todo em silêncio, não trocamos nenhuma palavra. Eu realmente não sei brincar em alguns momentos, portanto, vou morrer com meu orgulho.
Chegamos no seu prédio e eu desci primeiro que ele, peguei minha mochila rapidamente e fui caminhando para o elevador. Nós dois entramos EM SILÊNCIO e eu mesma coloquei o número do seu andar. Me encostei na parede fria do elevador e as luzes começaram a piscar no quinto andar, se ele elevador parar, eu juro que faço um escândalo.
— Pelo amor de Deus, ele vai parar assim? — Grudei na mão de Luan.
— Não, ele está com esse problema desde hoje cedo, mas não parou. — Respondeu e eu apertei sua mão. — Não vai acontecer nada, medrosa! — O elevador abriu no nono andar e eu respirei aliviada. Luan me abraçou de lado e nós saímos do elevador. Eu tremia dos pés a cabeça!
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