CORAÇÃO INDEPENDENTE

Capítulo 117

Capítulo 117 🖤
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Consegui acalmar Emíllia e agora vou tentar conversar com ela mais uma vez.
— Emíllia, eu preciso que você me entenda, está bem? — Me sentei ao seu lado no sofá.
— Não! — Passou o dorso da mão pelo nariz. — Não consigo te entender! Nós dois estávamos tão bem, mas aí essa vadia apareceu de novo e você se jogou aos pés dela feito um patinho!
— Ela não é uma vadia! — Falei pausadamente.
— É sim! — Cruzou os braços.
— Você está parecendo uma criança mimada! Primeiro, aparece gritando, depois me acerta um tapa no rosto e agora não sabe conversar como uma adulta! — Esbravejei.
— Desculpa pelo tapa no rosto. — Murmurou, cabisbaixa. — Não suporto o fato de saber que aquela menina ainda está perto de você!
— Emíllia, eu não quero te fazer infeliz e se nós dois ficarmos juntos, eu vou te fazer muito mal, não vou conseguir ser sua outra metade, me entende? Eu ainda gosto... da Maria Júlia. E eu também gosto de você, te acho uma pessoa incrível, dedicada, intensa, maravilhosa, mas... mas eu não sou o cara certo pra você, está me entendendo?
— Eu.não.aceito! — Se levantou de imediato e eu passei as mãos no cabelo.
— Estou tentando resolver tudo numa boa, Emíllia! — Me levantei. — Por favor, custa me entender?
— Sim, custa muito! — Gesticulou com as mãos. — Não quero terminar, Luan!
— Mas nós vamos terminar, não posso ficar com alguém sem amor! — Me afastei um pouco.
— Eu acho que não estou me sentindo muito bem. — Emíllia se sentou no sofá e levou as mãos na cabeça.
— Para de drama, Emíllia! — Cruzei os braços.
— Não é drama, eu acho que minha pressão caiu, eu não consigo ver mais nada. — Sua voz era de desespero e por mais que achasse drama, resolvi ajudar.
— Abaixa a cabeça. — Me aproximei e fiz ela abaixar a cabeça o máximo que conseguia. Levantei devagar e fiz ela repetir o mesmo movimento. — Está melhorando? — Murmurei e ela segurou minha mão bem devagar.
— Um pouco. — Piscou os olhos várias vezes.
— Vou pegar um copo d’água!
— Não, não, fica aqui comigo. — Me abraçou apertado. — A gente não terminou e a gente não vai terminar, tá bom? Sei que no fundo você ainda me ama!
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