CORAÇÃO INDEPENDENTE

Capítulo 48

Capítulo 48 🖤
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|Maria Júlia narrando|
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Luan tinha deixado eu pegar o tanto de pirulito que eu quisesse e de hora em hora, me perguntava se eu estava me sentindo melhor. Impossível não admirar seu jeito fofo comigo, mas eu ainda estava sensível e qualquer coisa me fazia chorar. Uma bebê tomou vacina perto de mim e nós duas choramos, meu coração ficou em pedacinhos ao ver ela chorando.
No final do turno, eu estava cansada, desanimada e emburrada com tudo e com todos, menos com o Luan.
— Eu não quero ficar sozinha na minha casa. — Murmurei assim que entrei no carro com Luan. — Meu irmão tem plantão hoje e a Ivana está brigada comigo, ou seja, não tem ninguém pra ficar comigo quando eu mais preciso. — Senti meus olhos marejarem e escutei Luan rindo. — Qual a graça, seu idiota?
— Você está muito dramática hoje, sabia?
— Tudo é drama, ninguém me entende. Eu estou sensível, entendeu? E as pessoas só procuram piorar a situação. — Solucei baixinho e voltei a chorar.
— Ei, ei não chora! — Luan me abraçou e eu chorei mais alto. — Vamos sair daqui, eu compro alguma coisa pra nós dois comermos e você vai lá pra casa, tá bom?
— Tá bom. — Respondi e ele limpou minhas lágrimas. — Certo, agora para de chorar, não quero te ver triste.
— Já parei. — Respirei fundo e ele sorriu, saindo com o carro.
Fomos o caminho todo conversando, até Luan parar em uma lanchonete e me chamar pra comer. Não pensei duas vezes em aceitar.
— Posso pedir dois? — Apontei para o cardápio.
— Pode pedir o que quiser. — Luan respondeu e eu sorri.
Pedi dois cachorros quentes do maior que tinha e Luan pediu um x-tudo, além do refrigerante de um litro.
— Depois que sairmos daqui, vou passar naquela padaria e você compra cupcake, é bem doce e vai te ajudar.
— Não sei nem como te agradecer. — Murmurei e ele sorriu de lado.
— Não precisa. Espero que te ajudar não seja uma regra proibida. — Me olhou e eu suspirei fundo.
— Não é, esquece essas regras só hoje. — Falei e ele assentiu, sorrindo. — Obrigada por ter paciência comigo e cuidar de mim, mesmo sabendo do meu mau humor. — Falei e o garçom chegou com nosso lanche. — Eu ainda posso dormir na sua casa hoje, né?
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