CORAÇÃO INDEPENDENTE

Capítulo 145

Capítulo 145 🖤
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|Luan narrando|
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Passei a noite com Maria Júlia. Nós dois, juntinhos aqui no meu apartamento. Fizemos amor até altas horas da madrugada e quando o dia estava quase amanhecendo, Maria Júlia se despediu de mim e foi embora. Ela saiu por aquela porta e levou meu coração junto. Sei que a partir de hoje vai ser mais difícil pra nós dois nos vermos, sei que tudo vai ser mais complicado e pensar nisso, me deixa de desesperado e com medo.
Domingo nunca foi tão odiado por mim. O casamento seria às dez horas na matriz. Liguei para os meus pais e pedi a benção deles, não avisei nada sobre o casamento, mas eu precisava ouvir a voz da minha mãe pra me acalmar. Tentei ligar para Maria Júlia, mas ela não atendeu nenhuma ligação. O único que estava ao meu lado nesse momento, era Nicolas.
— José Henrique disse que não vem. — Nicolas disse assim que parei na porta da igreja.
Os convidados já estavam quase todos presentes, a igreja estava lotada, tudo perfeitamente decorado, como se realmente fosse um casamento por amor. O pai de Emíllia não iria vir, estava doente e muito debilitado na UTI, e mesmo assim ela decidiu fazer uma festa enorme.
— Dou razão a José Henrique por não querer vir. — Murmurei e Nicolas suspirou fundo.
— Vai dar tudo certo, relaxa! — Apertou meu ombro.
Entrei na igreja discretamente e fui para o altar. Os padrinhos já estavam todos posicionados e logo a porta da igreja se abriu novamente, Emíllia vestida em um luxoso vestido de noiva, extremamente exagerado. Todo mundo olhava pra ela, admirado, enquanto eu... eu olhava com total nojo e desprezo. Se eu pudesse saía correndo e abandonava ela nesse altar.
Emíllia subiu no altar comigo e nos viramos frente ao padre. Deus que me perdoe por estar participando dessa palhaçada na sua casa. O padre começou a cerimônia e na hora do “sim”, eu quase engasguei pra responder.
— Se tem alguém nessa igreja que é contra essa união, fale agora ou cale-se para sempre. — O padre disse por fim e eu rezei pra que tudo isso fosse um pesadelo.
— Eu tenho! — As portas da igreja se abriram e eu me virei de imediato. Maria Júlia vinha com um papel em mãos, caminhando na direção do altar.
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