CORAÇÃO INDEPENDENTE

Capítulo 71

Capítulo 71 🖤
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|Luan narrando|
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Se Maria Júlia sente ciúmes de mim, então algum sentimento existe entre nós dois. Mal sabe ela que também sinto muito ciúmes dela e fico louco só de imaginar outro cara por perto.
— Me acompanha até o vestiário? Tenho medo de ir sozinha. — Gesticulou com as mãos.
— Claro, vou aproveitar e me trocar também. — A abracei de lado e nós fomos caminhando na direção do vestiário. — Então você sente ciúmes de mim? — Perguntei ainda sem acreditar.
— Ah, eu não vou falar de novo! — Esbravejou e eu comecei a rir.
— Também sinto ciúmes de você. — Falei e ela me olhou.
— Sente? — Semicerrou os olhos na minha direção.
— Sim, muito ciúmes! — Respondi e ela riu, me abraçando mais forte.
Chegamos no vestiário e ela foi para os boxes femininos trocar de roupa. Fiz o mesmo que ela e me troquei rapidamente.
— Vai me levar pra casa? — Maria Júlia pegou sua mochila e eu guardei meu jaleco no armário.
— Vou te levar naquela lanchonete primeiro, depois vamos jantar. — Balancei a chave do carro.
— Ai que maravilha! — Levantou as mãos pra cima e eu ri, negando com a cabeça.
Saímos do vestiário e Maria Júlia praguejou baixinho ao ver Emíllia parada no corredor conversando com uma enfermeira.
— Boa noite. — Emíllia virou em nossa direção e a enfermeira saiu.
— Boa noite. — Respondi e Maria Júlia apenas forçou um sorriso.
— Como foi o estágio, Maria Júlia? — Emíllia cruzou os braços.
— Legal, Ângela é uma ótima pessoa, porém prefiro ficar com o Luan. — Deu de ombros.
— Bom, mas tudo já se acertou agora e então podemos seguir normalmente. — Falei, tentando amenizar a situação.
— É verdade! — Emíllia concordou. — Me desculpa pelo transtorno hoje de tarde, viu Maju?
— Maria Júlia, okay? Pra você é Maria Júlia. — Colocou as mãos na cintura e Emíllia a encarou.
— Então... vamos, né Maria Júlia? Precisamos comer, mais tarde temos plantão! — Segurei seu braço e fui saindo dali rapidamente.
— Ridícula, cobra, eu vou pisar na cara dela ainda. — Maria Júlia sussurrou e eu ri. — Para de rir, senão piso na sua também! — Se soltou de mim e olhou pra trás. — Loira oxigenada, plastificada! Eu sou natural, ela não. — Arrebitou o nariz e saiu caminhando na minha frente.
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