Capítulo 105

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Capítulo 105 🖤

|Maria Júlia narrando|

— Tudo bem então. — Murmurei cabisbaixa.
— Sua festa estava linda e você também. — Colocou o copo sobre a mesa. — Obrigado por ter me chamado e permitir que eu passasse ao seu lado nesse dia tão importante pra você. — Segurou meu rosto e beijou minha testa.
— Eu que te agradeço por ter vindo. — Passei as mãos em seus braços e ele me soltou devagar. — Te acompanho até a saída do prédio!
— Não precisa! — Luan tirou as chaves do bolso.
— Precisa, sim! — Cruzei os braços.
— Tudo bem então. — Apertou de leve o meu nariz.
Luan se despediu só do meu irmão e eu avisei que o acompanharia até a saída do prédio. Descemos de elevador juntos de um senhor, então não deu pra rolar nenhum beijinho ali.
— Quando te vejo de novo? — Perguntei assim que paramos do lado do seu carro.
— Não sei. — Mexeu na chave. — Espero que em breve. — Murmurou.
— Muito em breve! — Falei e ele voltou a me olhar.
— Você sabe que o que aconteceu hoje, na verdade não devia ter...
— Se não fosse pra acontecer, então não iria. Se aconteceu, algum motivo deve ter!
— É... — Suspirou cabisbaixo. — Vou esperar você subir, pra eu poder ir embora.
— Me dá um beijo antes de ir! — Ergui um pouco meu corpo na ponta dos pés.
Luan segurou meu rosto com as duas mãos e me deu um selinho demorado. Deslizei minhas mãos até sua nuca e ele me beijou finalmente.
Depois do beijo, ficamos um bom tempo abraçados, eu não queria que ele fosse embora, mas era necessário.
— Se cuida, viu?! — Beijou minha testa e me soltou devagar.
— Se cuida também. — Me afastei e ele destravou o carro.
— Vou esperar você entrar no prédio! — Me olhou e eu assenti apenas.
Caminhei até o portão e acenei antes de entrar. Ele acenou de volta e finalmente entrou no carro. Soltei um longo suspiro e caminhei na direção da portaria. Minha vida não vai ser a mesma sem Luan, preciso tomar coragem de uma vez por todas e confessar o que eu sinto. Amanhã mesmo irei atrás dele no hospital e irei conversar sobre o que aconteceu em Búzios.
— Demorou lá embaixo. — José Henrique disse que entrei no apartamento.
— Estava me despedindo dele. — Fechei a porta devagar.
Tantas pessoas ao meu redor e eu me sentia tão sozinha.

...

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