Capítulo 93

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Capítulo 93 🖤

— E-eu estava bêbada, não acredita em nada que eu disse, está bem? Eu devia estar zoando com a sua cara, é assim que eu fico quando estou bêbada. — Menti e ele abaixou o olhar.
— Acho que nosso final de semana acaba aqui, já podemos ir embora!
— Luan...
— Por favor, Maria Júlia. — Voltou a me olhar e eu suspirei, cabisbaixa. — Eu te pedi pra não brincar com isso. — Se aproximou. — Eu disse que te amava e eu te amo, mas você brincou comigo, sabendo do que eu sentia por você!
— Eu.estava.bêbada. — Falei pausadamente.
— Não justifica! — Se afastou e foi pegando suas coisas espalhadas pela cama.
— Isso que aconteceu muda alguma coisa entre nós dois? — Me aproximei e ele riu.
— Claro que muda, Maria Júlia! — Me olhou. — Como vou te ver só como uma amiga depois do que aconteceu? Eu acho melhor cada um seguir seu próprio caminho!
— Mas eu gosto de você. — Minha voz falhou e ele fechou sua mala.
— Gostar não é amar! Não posso ficar com você. — Desceu sua mala para o chão e meus olhos já estavam marejados.
— Mas Luan...
— Como vou ser amigo da mulher que eu amo, Maria Júlia? — Se afastou e eu suspirei, deixando a primeira lágrima cair. — Eu acho melhor acabar aqui... o que nem começamos e cada um segue seu caminho. — Foi na direção da porta e abriu a mesma. — Vou lá na recepção e depois te espero lá no carro!
Luan saiu do quarto e eu desabei a chorar. Me sentei na cama e chorei feito criança! Sentimentos são uma droga, eu odeio sentir isso, eu odeio o fato de estar apaixonada por ele, eu odeio amar, odeio tudo isso que esta acontecendo! Não vou dizer o que sinto, não quero e não posso. Eu já machuquei ele demais e tenho medo de machucar de novo, tenho medo de machucar nós dois. Não sou a mulher certa pra ele! Luan merece alguém melhor e esse alguém nunca será eu.
Arrumei minhas coisas, passei a mão no rosto e saí do quarto. Talvez esse seja o último momento junto dele. Vou sair do estágio do hospital, vou sumir da vida dele de uma vez por todas.
— O amor é uma merda. — Desci as escadas e Luan estava sentado em um sofá. Entretido com uma criança que brincava de boneca na sua frente. Engoli o nó na garganta e caminhei na sua direção. — Podemos ir?

...

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