Gabriella
Cacete, ele está me beijando.
Sinto o calor dos seus labios e o leve gosto do whisky quando nossas bocas se encontram. É delicioso. Seu gosto é tão bom.
O barulho que sai da sua garganta com seu riso baixo, reverbera dentro de mim e é lindo.Isso não deveria acontecer, deveríamos ser somente amigos, mas ele me deixou em chamas.
Seus dedos se entrelaçam no meu cabelo e Matteo os puxa devagar ao se aproximar mais, a nossa respiração se mistura dentro do carro e eu gemo. Isso está maravilhosamente perfeito.
- Me pede para parar foguinho. - ele sussurra e encosta sua testa na minha - Preciso que você me impeça.
- Por que eu faria isso? - questiono confusa, enquanto recupero o fôlego que a sua boca tomou.
- Porque não vai ter volta. - confessa e percebo quando uma parede se levanta entre nós. O que está acontecendo?
Fico a uma pequena distância dele e o encaro.- Como assim? - pergunto.
- Você quer mesmo isso? - sinto uma leve tristeza na sua voz e fico ainda mais confusa.
- Achei que você fosse mais confiante. - argumento com desdém.
- Isso não tem a ver comigo, Gabriella. - sua expressão se suaviza e ele sorri de um jeito que faz meu coração ficar diferente - Não sei o que rolou com o seu chefe, talvez devêssemos continuar isso amanhã, não quero que pense que estou me aproveitando de você. - ele termina de falar e enfim, entendo.
- Isso não tem a ver com o Marco também. - comento - Eu nem estava mais pensando naquilo, idiota. - digo e ele ri alto.
- Você é adorável. - diz e me observa com atenção - Estamos entendidos, então. - conclui.
- Sim e você estragou todo o clima. - finalizo e no mesmo instante, ele chega perto outra vez.
- Isso não é um problema. - sua mão desliza pela minha coxa, apertando de leve a minha carne e fazendo pulsar uma faísca no meu peito, que antes não tinha - Você é linda.
Não respondo e nem consigo, pois na mesma hora em que ergo o olhar até ele, sua boca voa de encontra a minha novamente e o beijo se torna quase violento. A urgência e a necessidade de estarmos saciando esse desejo é enlouquecedor.
Não fui o forte e nem pretendo ser.
Não essa noite. Amanhã é outra história. Hoje, eu só quero sentir, senti-lo, na verdade.- Porra, foguinho. - ele diz enquanto arrasta seus lábios pelo meu pescoço, fazendo toda a minha pele se arrepiar. Suas mãos exploram o meu corpo e arqueio as costas, quando sua língua desce lentamente pela minha clavícula e o rastro quente me queima. Santo Deus.
Ele se inclina e enrola meu cabelos em seu punho.
-Quero tanto você. - murmura e sinto a vibração da sua voz grossa, percorrendo cada pedaço do meu corpo. Eu também quero.
Não deveria, certo?
Deveria sim, sou solteira e ele é um puta gato. Dane-se.
- Eu também quero você. - digo em resposta.
O clima fica abafado, sufocante. Não sei ao certo aonde por as minhas mãos, ela viaja por toda a extensão das suas costas e a passo a unha por cima da sua roupa, estou perdida nesse mar de tentação que ele causou e nunca tinha sentido isso, essa sensação de querer tanto alguém, de precisar do seu toque.
Matteo dispara beijos lentos e sensuais no pescoço e eu estremeço. Quando abaixo os olhos e vejo o volume nas suas calças, o aperto no meu ventre se torna maior. Estamos no limite. Parecemos dois adolescentes cheio de hormônios, que necessitam se libertar.
Essa brincadeira de amizade desde que nos conhecemos, os sorrisos e os flertes, só fizeram essa momento ser mais forte, mais desejoso. Em uma ousadia, que até eu desconhecia, mordo seu lábio quando sua boca se aproxima, prendendo meu olhar no dele. Deixando evidente essa tempestade entre a gente. Matteo me encara e eu sorrio, estou gostando disso. Até demais, mas ele não retribui. Ele se fecha, como se algo estivesse errado aqui, como se algum limite tivesse sido ultrapassado. O que aconteceu?
Percebo quando seu corpo se afasta e seu olhar muda.
E isso me envergonha. Fui além, me deixei levar e aceitei seu afeto. Um erro, talvez.
- Preciso ir agora. - seu semblante fica sério e sinto o desapontamento ou a raiva nas suas palavras, não sei dizer.
- Por que? - pergunto.
- Só preciso ir, ok? Amanhã passo no bar. - e sem nenhuma explicação a mais, ele destrava as portas, indicando que preciso sair agora, frio e sem qualquer emoção.
- Tchau, então. - me despeço e abro a porta, e enquanto ele vai embora, fico parada na calçada, imaginando que tipo de porcaria ele pode estar escondendo de mim.
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MATTEO Uma noite * livro 2
Romance📣 IMPORTANTE NÃO é necessário ler o primeiro livro, mas existem algumas referências que talvez você não entenda, mas que não impede o entendimentos desse livro. Livro 1 - Uma Noite https://my.w.tt/qhhC1yJhj5 até 29/04 ou completo na Amazon https:...