Capítulo 32

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Antes de começarmos, tenho um recadinho para vocês 😍

Obrigada por cada curtida e cada comentário, sério! Fico muito feliz pelo carinho de cada um com essa nova história 💜 Espero que estejam se divertindo tanto quanto eu!

Um grande beijo 🤗 e vamos lá !

Gabriella

— Como você não se importa? — Matteo me encara surpreso e se senta.  Repito seu movimento e encosto minha perna na sua.

— Esperava um julgamento? — digo ironicamente — Cada um tem a sua própria realidade, não cabe a mim apontar o dedo. — explico sorrindo.

— Você me surpreendeu. — comenta — Fiquei com medo te perder, foguinho. — ele segura minha mão e a beija levemente — Quem aceita isso assim tão naturalmente?

— Quem provavelmente cuida da própria vida. — respondo. Ele ri alto e o som é tão bom, tão maravilhoso, que por um momento, esqueço de como eram frias as minhas noites sem ele. Deixo esse barulho gostoso ecoar dentro de mim e acalmar a tempestade de sentimentos que me confundem quando Matteo fica perto demais.

— Gabriella. — inclino um pouco o corpo para ele e sinto um gelo na barriga quando vejo a sua expressão.

— O que foi? — pergunto preocupada.

— E o matei. 

Não digo nada.

Fico em silêncio por um tempo, mas o problema da quietude, é que você consegue ouvir sua própria consciência e nem sempre ela é agradável. 

Não sou burra.

 O cara não poderia ser da Máfia sendo um monge. Deus sabe o que ele já fez e não é comigo que ele vai acertar suas contas.

— Ei. — sua voz triste me chama, mas não respondo. Levanto o olhar até ele, justamente quando fecha os olhos e suspira pesadamente, passando as mãos no cabelo em aflição.

O homem acaba de me dizer que matou alguém e eu só consigo reparar no quanto ele é bonito.

É tão errado assim sentir atração por esse lado negro dele? 

Acho que não. Quase todos os livros que já li sobre a mocinha, ela acaba ficando com o badboy. Talvez essa seja uma verdade moralmente ignorada. 

— Pelo amor de Deus, foguinho. Fala alguma coisa. 

— Ele mereceu, não é? — murmuro. 

Talvez esse questionamento seja mais para fazer com que eu me sinta menos culpada. Não sujei minhas mãos, mas fui o motivo.

— Mais do que você imagina. — diz.

—  E agora? — questiono — Quem vai ser o chefe do bar? — a minha tranquilidade em lidar com tudo isso me assusta, mas não sinto nada além de alivio pela morte daquele homem. Que Jesus me perdoe, mas eu tiraria a vida dele se fosse corajosa. Vontade nunca faltou. Porco imundo abusador.

—  Não existe mais o bar. — seu timbre calmo me desorienta.

— Como assim não existe mais? — pergunto.

— Pegou fogo. — esclarece.

— Você queimou meu trabalho? — digo divertida.

— Protegi sua honra também. — argumenta e sorri. Seus olhos ficam mais claros quando está feliz e gosto de pensar que sou a razão disso. Gosto muito.

Obrigada. — agradeço e me aproximo — Nunca serei capaz de retribuir. — concluo.

— Você desafia meu autocontrole, mulher. Isso merecia muito um flerte. — ele ri e passa um braço pelo meu ombro, encostando sua cabeça ali — Nunca deixaria alguém te fazer mal, querida. — sussurra.

— Obrigada. — digo novamente envergonhada.

— Não me agradeça por cuidar de você, foguinho. — completa e levo meus dedos até os seus cabelos, sentir a maciez dos fios, enquanto sua respiração faz cócegas no meu pescoço, é um terreno muito perigoso. 

— Preciso de um novo emprego. — digo para mudar o rumo dos meus pensamentos.

— Não. — ele se afasta e me encara — Primeiro vamos cuidar da sua mãe, Gabriella. — fala firme — Não quero te ver naquele estado nunca mais. — finaliza e sinto meu olhos se encherem de água com a emoção que sinto em cada palavra que me diz.

Como pude acreditar que não tinha mais ninguém por mim? Se não fosse tão teimosa, teria enxergado muito antes e impedido toda essa bagunça.

— Gosto de ser a sua amiga. — digo de novo a frase que enviei por mensagem há alguns dias. 

Matteo congela por um instante e fecha os olhos, e quando o azul perfeito brilha mais intensamente quando volta a me observar, sei que estou perdida.

— Que se dane as suas regras idiotas. — ele segura meu rosto e me puxa em sua direção, colando as nossas bocas em um beijo que nunca deveria ter sido evitado.

MATTEO  Uma noite * livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora